Foto: Antonio Augusto/TSE/Divulgação
Trechos do relatório anual de direitos humanos do Departamento de Estados dos EUA obtidos pelo jornal americano “The Washington Post” mostram que o documento, preparado pela gestão Trump, deve criticar o governo brasileiro e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes por uma suposta perseguição ao ex-presidente, Jair Bolsonaro, e seus aliados.
O relatório deve ser apresentado ao Congresso dos EUA nesta terça-feira (12).
Segundo o Post, “no rascunho do relatório sobre o Brasil, o Departamento de Estado acusou o governo de esquerda do país de ‘suprimir desproporcionalmente o discurso de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro’, acusado de tentar se manter no poder por meio de um golpe violento”.
“O relatório menciona especificamente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal”, prossegue a reportagem, “afirmando que ele ‘determinou pessoalmente a suspensão de mais de 100 perfis de usuários na plataforma de mídia social X (antigo Twitter)’, de uma forma que impactou os apoiadores de Bolsonaro na extrema direita.”
No último dia 30 de julho, o governo Trump sancionou Moraes com a Lei Magnitsky, que impõe sanções econômicas a estrangeiros acusados pela Casa Branca de violações graves contra os direitos humanos. O criador da Lei Magnitsky foi contra a aplicação do dispositivo contra o juiz do STF.
O relatório de direitos humanos de 2025, que será apresentado nesta terça, é produzido pelo pela gestão Trump e diz respeito a eventos ocorridos em 2024.
Procurado pelo “Post”, o Departamento de Estado se recusou a comentar a reportagem. De acordo com o jornal, no entanto, um funcionário disse, sob a condição de não ter sua identidade revelada, que “governos em todo o mundo continuam a usar a censura, a vigilância arbitrária ou ilegal e leis restritivas contra vozes desfavorecidas, muitas vezes por motivos políticos e religiosos”.
Deu no G1