VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES
O PL do ex-presidente Jair Bolsonaro celebrou na sexta-feira (1º/8) o que considera ser o primeiro sinal de reação efetiva na batalha digital contra o governo Lula nas redes sociais, no contexto do tarifaço dos Estados Unidos e das sanções da Casa Branca ao Supremo Tribunal Federal (STF). O resultado vem após a sigla estabelecer estratégia e disputar palmo a palmo, ou tuíte a tuíte, no X, a hegemonia da opinião digital sobre a Corte.
Nos bastidores, lideranças da legenda compartilharam prints do resultado da guerra digital. O termo “Brasil acima do STF” atingiu o primeiro lugar nos assuntos mais comentados de política na rede social, com 123 mil menções na tarde de sexta. Ultrapassou o “Brasil com STF”, levantado pela esquerda, que ficou no segundo lugar. Outra tag da direita – “Brasil com Bolsonaro” – foi levantada na esteira da primeira e também ganhou destaque.
Uma das máximas adotadas na estratégia foi falar menos do tarifaço e mais sobre a atuação do STF em processos polêmicos. Nessa ofensiva, os influenciadores da direita voltaram a alardear pautas com reação popular, como supersalários do Judiciário.
Segundo os caciques do PL, a reação tem a assinatura dos deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO). Eles coordenam o grupo de trabalho de comunicação estabelecido pelo partido após o ministro do STF Alexandre de Moraes impor medidas restritivas a Jair Bolsonaro, como uso de tornozeleira eletrônica e recolhimento domiciliar às noites no decorrer da semana e durante fins de semana e feriados.
A ordem no partido é reagir imediatamente a qualquer ofensiva digital da esquerda. A sigla avalia que levou a pior nas últimas batalhas e viu, de fato, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avançar na popularidade ao apostar no discurso “ricos contra pobres”, no contexto do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), e também na bandeira da “soberania nacional” após os Estados Unidos anunciarem o tarifaço contra o Brasil.
Deu no Metrópoles