Lara Abreu / Arte Metrópoles
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anuncia, nesta semana, as primeiras medidas em resposta à tarifa de 50% aplicada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a produtos brasileiros. A taxa foi oficializada na última semana e entra em vigor na próxima quarta-feira (6/8).
Atualmente, a equipe econômica alinha os detalhes finais do plano de contingência para socorrer empresas e evitar demissões em massa. Na sexta-feira (1º/8), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que as medidas estão sendo “calibradas” e devem ser discutidas com sindicatos antes do anúncio.
O vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), deve voltar a receber empresários de setores afetados para avaliar o impacto das tarifas. Ele lidera os esforços do governo nas negociações sobre o tarifaço. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), 35,9% das exportações brasileiras estão sujeitas à taxa de 50%.
Como mostrou o Metrópoles, o governo pretende lançar medidas específicas por setor, sem necessariamente apresentar um pacote único. As ações podem envolver compensações, incentivos e outros tipos de apoio às empresas. Ainda de acordo com o ministro Haddad, esse conjunto de medidas não vai impactar a meta fiscal.
Ao mesmo tempo em que busca conter os danos do tarifaço, em outra frente, o governo atua para manter as negociações com os Estados Unidos. Auxiliares defendem que é necessário insistir na via diplomática, e utilizar reações mais duras apenas em última instância. A Secretaria do Tesouro dos EUA já procurou o ministro da Fazenda para uma nova rodada de reuniões. O titular do órgão, Scott Bessent, esteve com Haddad em maio, quando o tema foi tratado pela primeira vez.
Deu no Metrópoles