Oposição estuda reação a operação contra Bolsonaro; veja opções

Vinícius Schmidt/Metrópoles

A operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (18/7) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou a oposição atônita. Nos bastidores, lideranças da direita têm afirmado que é preciso digerir as medidas restritivas ao ex-mandatário para entender a extensão do seu impacto e, somente após a montagem do panorama, definir estratégias de reação.

A operação foi determinada pelo ministro da Corte Alexandre de Moraes, que impôs uma série de medidas restritivas a Jair Bolsonaro. O ex-presidente não pode usar redes sociais, terá de usar tornozeleira eletrônica, se recolher em casa todas as noites e está proibido de se aproximar de embaixadas.

Reação

Apesar de ainda a situação ainda estar sendo avaliada, uma alternativa citada por lideranças bolsonaristas é via Legislativo. Uma ala do PL defende conversar com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre três pautas anti-STF paradas na Casa. São elas:

  • A instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do abuso de autoridade;
  • O projeto de anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro, que poderia beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro;
  • A proposta que limita decisões monocráticas de ministros do STF.

Os bolsonaristas sentem que há espaço para conversar com Motta sobre as pautas, pois o STF impôs nesta semana uma derrota à Câmara. A Corte, também por decisão de Moraes, fez voltar a valer o decreto do presidente Lula para reajuste do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O aumento havia sido derrubado pelo Legislativo.

Outro ponto que a oposição pode explorar com relação a Hugo Motta é a insatisfação da casa com o presidente Lula, que vetou o aumento do número de deputados. A proposta, impopular, foi a saída do Legislativo para impedir que estados que perderam população proporcional percam também representantes na Câmara.

 

Deu no Metrópoles

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