Entidades privadas já habilitadas para gerir UPAs atuam em 15 estados

As Organizações Sociais de Saúde (OSs) até então habilitadas para gerir as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Natal têm expertise em estados como São Paulo, Amazonas, Rio de Janeiro e Bahia, além de atuarem em hospitais regionais, infantis, unidades básicas de saúde e centros de reabilitação. Nesta quarta-feira (16), uma nova empresa foi habilitada pela Prefeitura a concorrer no edital. Até agora, são seis empresas aptas a participar da seleção. Juntas, elas atuam em 15 estados, sendo 5 deles no Nordeste.

Segundo o secretário de Saúde de Natal, Geraldo Pinho, o próximo passo a partir de agora é a fase de esclarecimentos junto às empresas participantes. Posteriormente, as empresas habilitadas farão visitas técnicas às UPAs que têm interesse em gerir e apresentarão os planos à comissão da Secretaria Municipal de Saúde.

 

 

“Em cima da visita técnica e o que esperamos que a empresa faça na gestão, ela vai elaborar um plano com metas, indicadores e valores e a comissão de seleção desses projetos começa a avaliar. É um misto de pontuação, tanto a questão do preço como também a capacidade técnica. O resultado preliminar será divulgado, teremos prazos para recursos e depois o prazo definitivo, com a transição para que de fato elas entrem no serviço e façam a gestão das UPAs”, cita.

 

 

O prazo para entrega das propostas de trabalho por parte das empresas junto à prefeitura está previsto para 04 de agosto. A previsão é que elas assumam a gestão das quatro UPAs de Natal em 15 de setembro deste ano.

 

 

A TRIBUNA DO NORTE pesquisou os portfólios das empresas e as áreas em que essas organizações atuam. Há casos de OSS que atuam em capitais e também no interior do Estado. A empresa mais recentemente habilitada pela Prefeitura do Natal, o Instituto de Desenvolvimento, Ensino, Assistência e Saúde (Ideas), de Santa Catarina, é responsável pela administração de nove UPAs e 10 hospitais, além de maternidades e Serviços de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A empresa atua no estado de origem e também no Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo.

Outra empresa selecionada é o Centro de Pesquisas em Doenças Hepato-Renais do Ceará. A organização atua em gestão de UPAs e unidades básicas de saúde no seu estado de origem, além de gerir um hospital municipal, um laboratório e serviço de hemodiálise. Também habilitada no processo está o Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), de Minas Gerais, que atua na administração de cinco UPAs, 10 hospitais e um centro de inclusão e reabilitação no seu estado de origem, no Pará, Amazonas, Santa Catarina e Paraná.

 

 

O Instituto Saúde e Cidadania, fundado em Brasília, atua em seis estados gerenciando 11 unidades públicas, sendo 5 UPAs, hospitais regionais, multicentros de saúde, centros de reabilitação, ambulatórios e pronto atendimento infantil.

 

 

Também habilitado está o Instituto Humaniza, de São Paulo, que administra cinco UPAs, um hospital e pronto atendimentos municipais nos estados do Ceará, Sergipe e Paraná. O Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), da Bahia, administra cinco hospitais, duas UPAs e outras unidades de saúde, em São Paulo e Minas Gerais.

Além disso, o Diário Oficial do Município também trouxe que 10 empresas foram desabilitadas da participarem do processo. No entanto, há um prazo para recurso por parte dessas empresas, que caso venham a requerer e serem novamente aprovadas, poderão participar.

 

UPAs devem ter nova gestão em setembro

 

A Prefeitura do Natal anunciou que a gestão das Unidades de Pronto Atendimento da capital (UPAs) passará a ser feita por entidades privadas sem fins lucrativos. O edital de seleção foi lançado e a expectativa da Prefeitura é já repassar a gerência das unidades às Organizações Sociais de Saúde (OSS) em setembro deste ano.

 

 

A Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS) publicou editais de convocação pública para seleção de Organizações Sociais de Saúde (OSS), entidades privadas sem fins lucrativos, que vão passar a gerir as quatro UPAs da cidade: UPA Satélite, UPA Esperança, UPA Potengi e UPA Pajuçara. O secretário de Saúde de Natal, Geraldo Pinho, disse que a intenção com o edital de terceirização das UPAs é maximizar o atendimento e reduzir custos para a Prefeitura que podem chegar a R$ 18 milhões/ano.

 

 

De acordo com a secretaria de Saúde de Natal, a Prefeitura gasta mensalmente R$ 10 milhões com a gestão das UPAs na capital, tanto no custeio quanto na contratação de mão de obra para as unidades. Com a nova modalidade de contratação, a prefeitura acredita ser possível reduzir custos.

 

 

“Essa medida visa a dar economicidade aos custos. Estimamos uma economia de R$ 15 a R$ 18 milhões nas nossas quatro UPAs. Além disso queremos dar mais celeridade e agilidade nos processos, questões de segurança de dados, do atendimento, o abastecimento de insumos será melhor trabalhado. Esses projetos também visam a melhoria das infraestruturas das quatro UPAs. É fazer o que está acontecendo em todo o país”, disse, acrescentando ainda que Natal é uma das últimas capitais do Nordeste a aderir modelos semelhantes.

O modelo de terceirização das Unidades de Pronto Atendimento em Natal (UPAs) pode amenizar o déficit de profissionais na saúde da capital. É o que avalia o titular da pasta, Geraldo Pinho, que cita que atualmente o déficit é de pelo menos 33% dos profissionais que a cidade deveria ter para atendimento nas UPAs, Unidades Básicas de Saúde e hospitais da rede municipal. Com a redução do déficit, esses profissionais podem ser realocados justamente para as unidades da rede, incluindo o Hospital Municipal, com previsão de entrar em funcionamento em breve.

Deu na Tribuna do Norte

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