Pelo 2º dia consecutivo, Trump defende Bolsonaro e critica o Brasil

Mark Wilson/Getty Images

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a comentar publicamente sobre a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro no Brasil. Em nova declaração, defendendo novamente Bolsonaro, nesta quarta-feira (16/7), Trump classificou como “uma vergonha” o tratamento que o governo e o sistema de Justiça brasileiros têm dado a Bolsonaro.

“O que o Brasil está fazendo com Bolsonaro é uma vergonha. Conheço Bolsonaro e acredito que ele é um homem honesto”, afirmou Trump, ao reforçar a defesa.

É o segundo dia consecutivo em que o norte-americano critica a condução dos processos envolvendo o ex-mandatário brasileiro.

Defesa pelo 2º dia consecutivo

Na última terça-feira (15/7), Donald Trump já havia declarado seu apoio a Bolsonaro, enquanto afirmava que o brasileiro não era seu amigo, mas um conhecido.

“Ele não é meu amigo, mas é alguém que conheço. Representa milhões de brasileiros, pessoas maravilhosas. Ama o Brasil e lutou muito por essas pessoas”.

O presidente dos EUA ainda comparou o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para que o Supremo Tribunal Federal (STF) condene Jair Bolsonaro por três crimes — tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e participação em organização criminosa — a uma “caça às bruxas”.

“Agora querem prendê-lo. Isso me parece uma caça às bruxas, e acho muito triste”, afirmou Trump.

Além de minimizar o vínculo pessoal com Bolsonaro, o líder republicano declarou que “conheceu muitos chefes de Estado”, mas considera Jair Bolsonaro um “bom homem” e “não um homem desonesto”.

Para Trump, embora eles tenham divergido em negociações comerciais, Bolsonaro agiu com firmeza para defender os interesses nacionais. “Ele foi duro nas negociações porque queria garantir um bom acordo para o Brasil”, disse.

Pedido de condenação

As falas ocorreram após a PGR formalizar o pedido de condenação de Bolsonaro ao STF, em documento de mais de 500 páginas.

O procurador-geral Paulo Gonet afirma que o ex-mandatário agiu para desestabilizar o Estado Democrático de Direito, usando a estrutura do governo para espalhar desinformação.

Bolsonaro e Trump mantiveram uma relação próxima durante seus mandatos, com apoio mútuo em fóruns internacionais e políticas públicas similares em diversas áreas.

Apesar de afirmar que não são amigos, o gesto de Trump foi recebido com um olhar entusiasta de Bolsonaro, que, em entrevista ao portal Poder360 na terça, afirmou ser “apaixonado” pelo presidente norte-americano.

“Trump é imprevisível. Eu gosto dele. Eu sou apaixonado por ele. Nunca escondi isso. Trump sempre me tratou como um irmão”, declarou.

Deu no Metrópoles

Deixe um comentário

Rolar para cima