Exclusivo: Hamas detalha negociações de trégua em Gaza com Israel

Mahmoud Issa/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

 

Após mais de uma semana de negociações, estagnadas até o momento, o Hamas culpou o governo de Israel por não corresponder as “mínimas necessidades” para um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. A informação foi divulgada ao Metrópoles pelo porta-voz da ala política do grupo Khaled Qaddoumi, que também atua como representante da organização extremista no Irã.


Trégua anterior

  • Em janeiro deste ano, Israel e Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo após mediação de Catar, EUA e Egito.
  • A expectativa era que o plano de paz fosse implementado em três fases. Na primeira delas, ocorreu a troca de reféns sequestrados pelo Hamas por prisioneiros palestinos.
  • A segunda fase do cessar-fogo seria negociada a partir de março, mas foi suspensa, pois o governo de Israel não cumpriu o que havia sido acordado e exigiu uma extensão da primeira etapa e a libertação de todos os reféns que ainda estão em Gaza.
  • Com isso, Israel intensificou os ataques contra a Faixa de Gaza.

Desde o último dia 6 de julho, negociadores israelenses e palestinos tentam chegar a um consenso para uma nova trégua. As discussões foram retomadas após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar um acordo de cessar-fogo de 60 dias na guerra em Gaza, no início do mês.

Inicialmente, ambos os lados expressaram posições positivas sobre a nova trégua, e passaram a discutir pontos no texto final.

“Mantemos a mente aberta, acolhemos as propostas dos mediadores, estudamos a proposta dos americanos e enfatizamos que, para um acordo viável, deve haver a garantia de um cessar-fogo permanente, um fluxo tranquilo de ajuda humanitária, abertura das fronteiras e retirada das forças beligerantes israelenses [da Faixa de Gaza]”, disse Qaddoumi à reportagem.

Em meio às negociações, o grupo acusou o governo de Benjamin Netanyahu de não enviar respostas que correspondam a “mínima necessidade de um acordo sólido e sério”. Nas palavras do porta-voz do Hamas, o premiê israelense tem se deixado a levar por pressões políticas internas da coalizão governamental que o mantém no poder, como aconteceu no primeiro cessar-fogo em Gaza, em janeiro deste ano.

Na época, o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, chegou a abandonar o governo por ser contra a primeira trégua com o Hamas.

Em meio às negociações, o grupo acusou o governo de Benjamin Netanyahu de não enviar respostas que correspondam a “mínima necessidade de um acordo sólido e sério”. Nas palavras do porta-voz do Hamas, o premiê israelense tem se deixado a levar por pressões políticas internas da coalizão governamental que o mantém no poder, como aconteceu no primeiro cessar-fogo em Gaza, em janeiro deste ano.

Na época, o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, chegou a abandonar o governo por ser contra a primeira trégua com o Hamas.

Deu no Metrópoles

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