Fluminense e Chelsea decidem vaga na final do Mundial de Clubes nesta terça-feira

Foto: MARCELO GONÇALVES

East Rutherford (AE) – Único brasileiro vivo no Mundial de Clubes, o Fluminense decide com o Chelsea quem será o primeiro finalista da competição. Brasileiros e ingleses se enfrentam nesta terça-feira, às 16h (de Brasília), no MetLife Stadium.

O vencedor encara Paris Saint-Germain ou Real Madrid, que duelam na quarta-feira, também às 16h, no mesmo estádio. O time que avançar à final já garante ao menos mais US$ 30 milhões (R$ 163 milhões), que é a premiação dada ao vice. O campeão leva US$ 40 milhões adicionais (R$ 221 milhões). O Flu já assegurou US$ 60 milhões brutos (R$ 327 milhões) por enquanto.

Pelo poder aquisitivo e o elenco bilionário, o favoritismo é todo do Chelsea, reconhecem os líderes do Fluminense. “Não adianta a gente querer jogar de igual pra igual. Os caras estão em um nível acima do nosso”, admite o capitão Thiago Silva.

O jogo é ainda mais especial para o experiente zagueiro, ídolo dos dois times. Foi criado pelo Fluminense, prometeu que voltaria e cumpriu a promessa. No Chelsea, foi campeão europeu e até hoje os ingleses sentem falta do defensor.

“Do lado de lá tem muito respeito pelo nosso futebol”, ressalta o capitão do Fluminense. A postura, ele diz, tem de ser a mesma exibida nos jogos anteriores. Nas oitavas, os brasileiros eliminaram a poderosa Inter de Milão e o bilionário Al-Hilal.

“Temos que ser perfeitos, mas sabemos que não vamos ser. Então precisamos minimizar os erros como fizemos nos outros jogos”, afirmou Thiago Silva. O mesmo pensamento tem o colombiano Jhon Arias, um dos astros deste Mundial. “A gente também tem nossas armas, nossas ferramentas para competir, como temos feito contra todos os clubes que enfrentamos até aqui”.

Este será o sexto jogo no campeonato com a sexta escalação diferente do Fluminense – e isso tem sido um trunfo de Renato Gaúcho. Além das mudanças táticas implementadas pelo técnico, durante o campeonato, dois desfalques o obrigam a alterar o time diante dos ingleses.

O zagueiro Freytes e o meia Martinelli estão suspensos. Eles estavam amarelados nas quartas, contra o Al-Hilal, e cada um acumulou uma nova advertência. Hércules, que entrou no lugar de Martinelli e fez o gol da classificação, deve ser o titular contra o Chelsea. Thiago Santos pode entrar na linha de três zagueiros. Nesse caso, Renê ou Fuentes jogariam na lateral-esquerda. A tendência é a volta do camisa 6, mais defensivo. Renato não quis abrir o jogo. “O esquema, o time, vocês só vão saber na hora do jogo”.

“Estou feliz com o sucesso que estamos fazendo. Não viemos para participar, viemos para vencer. Estão deixando, degrau a degrau, estamos na semifinal”, destacou Renato Gaúcho.

Há um ex-jogador do Fluminense do outro lado: o atacante João Pedro, relevado pela equipe tricolor e que foi comprado pelo Chelsea na semana passada junto ao Brighton por mais de 55 milhões de libras (R$ 407 milhões, na cotação atual).

O atacante afirmou que não vai comemorar contra o ex-clube caso faça gols. “Sou grato por tudo que o Fluminense fez por mim, mas não vou deixar de fazer meu trabalho. Que vença o melhor”.

Enzo Maresca tem um de seus craques de volta. O equatoriano Moisés Caicedo cumpriu suspensão e retoma sua vaga no meio de campo. “O Fluminense tem muitos bons jogadores, muita experiência e qualidade. Precisamos estar atentos e cuidadosos com muitas coisas”, afirmou o italiano que comanda o Chelsea.

Elenco do Flu vale 13 vezes menos o do rival

São Paulo (AE) – O Fluminense é o único time fora da Europa nas semifinais do Mundial de Clubes. Chelsea, Paris Saint-Germain e Real Madrid são as outras equipes que seguem vivas no torneio. Entre os quatro times que restaram na competição da Fifa, o Fluminense é o de elenco menos valioso. De acordo com o site especializado Transfermarkt, o time carioca tem valor de mercado de 86,15 milhões de euros, cerca de R$ 548 milhões.

Trata-se de cifra bem inferior em comparação aos três europeus que também estão nas semifinais. O elenco do PSG, por exemplo, está hoje avaliado em 1,12 bilhão de euros (R$ 7,1 bilhões na cotação atual). Já o time do Chelsea tem valor de 1,27 bilhão de euros (R$ 8 bilhões). O elenco do Real Madrid vale, segundo o Transfermarkt, 1,34 bilhão de euros (R$ 8,5 bilhões), ocupando o primeiro lugar da lista.

“Não tem jogo fácil e esse Mundial tem provado isso. Não adianta você ter um time de R$ 400, R$ 500 milhões. O futebol é decidido dentro do campo e esse Mundial, volto a repetir, tem mostrado isso”, disse o técnico Renato Gaúcho ainda antes da disputa do mata-mata.

Nas oitavas de final, o Fluminense eliminou a Inter de Milão, que tem elenco avaliado em 759 milhões de euros (R$ 4,8 bilhões) Nas quartas, o time carioca passou pelo Al-Hilal, que possui elenco no valor de 161 milhões de euros (R$ 1 bilhão).

O Fluminense encara o Chelsea na semifinal do Mundial de Clubes nesta terça-feira. A outra semifinal, entre PSG e Real Madrid, acontece na quarta-feira.

Fifa muda as cores da bola para as semifinais

A Fifa divulgou a nova bola que será utilizada nas semifinais e na grande decisão do Mundial de Clubes. A cor foi modificada. Fluminense, Chelsea, Paris Saint-Germain e Real Madrid são as equipes que seguem sonhando com o título.

A bola usada até agora no Mundial é predominantemente vermelha, misturada com as cores azul e branca, homenageando a bandeira dos Estados Unidos, sede da competição.

A partir das semifinais, a bola será azul, branca e dourada, para simbolizar a proximidade do troféu. Mas os detalhes seguem fazendo referência à bandeira dos Estados Unidos.

A bola é criada pela Fifa em parceria com a Adidas, fornecedora de material esportivo da entidade.A outra semi acontece na quarta-feira, também às 16 horas (de Brasília), entre Paris Saint-Germain e Real Madrid.

Cucurella dá receita para passar pelo Tricolor

A primeira semifinal do Mundial de Clubes, que acontece nesta terça-feira, no MetLife Stadium, em Nova Jersey, apresenta o confronto de uma equipe brasileira, o Fluminense, diante de um oponente da Inglaterra, o Chelsea.

E no duelo do futebol europeu contra o sul-americano, o lateral esquerdo Cucurella aparece como uma das lideranças do time azul. Para esse jogo, ele destacou a evolução da equipe ao longo do torneio. O espanhol elogiou a atuação e união do Chelsea na partida de quartas de final, quando os Blues derrotaram o Palmeiras por 2 a 1.

“O vínculo que criamos fora de campo nos ajudou muito dentro das quatro linhas. Isso ficou evidente contra o Palmeiras. No primeiro tempo, dominamos. No segundo, mesmo tendo sofrido o gol, nos mantivemos juntos. Isso tem sido muito importante para nós e tem sido um tema fundamental durante nossos treinamentos”, disse Cucurella, ao site do Chelsea.

O jogador comentou sobre como o time inglês deve se comportar na semifinal diante do Fluminense. “Continuar com o nosso trabalho duro antes da semifinal de terça-feira contra o Fluminense. O treinamento tem sido bom e precisamos nos lembrar de que estamos aqui por uma boa razão: nosso trabalho duro e esforço”, afirmou. “Nós merecemos estar aqui e queremos jogar a final. Agora, é a hora de mostrar isso”, complementou.

O Chelsea foi vice-líder do Grupo D na primeira fase do Mundial e amargou um revés de 3 a 1 para o Flamengo na segunda rodada. No mata-mata, os ingleses eliminaram o Benfica com uma goleada de 4 a 1 nas oitavas de final e venceram o Palmeiras nas quartas pelo placar de 2 a 1.

 

Deu na ‘Tribuna do Norte’ 

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