Isabela Castilho | BRICS Brasil
Rio de Janeiro — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou os recursos gastos com armamento durante a sessão de paz e segurança e reforma da governança global, na cúpula do Brics, na manhã deste domingo (6/7). O chefe do Planalto afirmou que a decisão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) de destinar 5% do PIB para gastos militares “alimenta a corrida armamentista”.
“É mais fácil destinar 5% do PIB para gastos militares do que alocar os 0,7% prometidos para Assistência Oficial ao Desenvolvimento. Isso evidencia que os recursos para implementar a Agenda 2030 existem, mas não estão disponíveis por falta de prioridade política. É sempre mais fácil investir na guerra do que na paz“, criticou.
Ao longo do discurso, o petista fez duras críticas ao que chamou de “paralisia” do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) na mediação de conflitos mundiais.
“As reuniões do Conselho de Segurança da ONU reproduzem um enredo cujo desfecho todos conhecemos: perda de credibilidade e paralisia. Ultimamente sequer é consultado antes do início de ações bélicas. Velhas manobras retóricas são recicladas para justificar intervenções ilegais.”
Lula também manifestou preocupação com a “instrumentalização dos trabalhos da Agência Internacional de Energia Atômica”, que, segundo ele, ameaça os esforços de paz.
“Assim como ocorreu no passado com a Organização para a Proibição de Armas Químicas, a instrumentalização dos trabalhos da Agência Internacional de Energia Atômica coloca em jogo a reputação de um órgão fundamental para a paz. O temor de uma catástrofe nuclear voltou ao cotidiano”, disse.
Deu no Metrópoles
