Foto: Anderson Régis
O preço da cesta básica em Natal registrou alta acumulada de 5,48% nos primeiros seis meses de 2025, segundo pesquisa divulgada pelo Procon Natal. O levantamento mais recente revelou um aumento de 0,45% em junho, o equivalente a R$ 2,05 a mais no bolso do consumidor, elevando o valor médio para R$ 455,03.
O levantamento revela que o valor médio da cesta no semestre foi de R$ 451,18 com o maior patamar registrado em abril, quando chegou a R$ 454,21. Após uma sequência de aumentos desde o início do ano, o preço recuou levemente em maio, com queda de 0,93%. No entanto, em junho, voltou a apresentar alta.
Durante junho, a pesquisa semanal do Procon identificou oscilações nos preços. Na primeira semana, a cesta custava em média R$ 457,29, caindo para R$ 454,68 na segunda. A terceira semana registrou nova alta, chegando a R$ 458,37, seguida de redução na quarta semana, com preço médio de R$ 449,60.
Entre os 40 itens analisados, 25 apresentaram aumento de preço em comparação ao mês anterior. Na categoria de mercearia, os destaques foram o feijão-carioca (kg), com alta de 4,90%, o macarrão espaguete (500 g), com 2,46%, e o café (250 g), que subiu 1,79%.
No setor de carnes, o filé de merluza (kg) teve reajuste de 3,63%, seguido pela carne de segunda (kg), com 2,31%, e a carne de sol (kg), com 1,07%. Já no hortifrúti, o chuchu (kg) subiu 3,04%, a banana pacovã (kg) aumentou 3,72%, e o tomate (kg) teve elevação de 1,16%.
Produtos de higiene e limpeza também registraram altas, como o sabão em barra (200 g), com aumento de 2,19%, o creme dental (90 g), com 1,78%, e o sabonete (85 g), com 1,75%.
O consumidor em Natal segue enfrentando perda no poder de compra. Atualmente, o custo da cesta básica consome cerca de 32,32% do salário-mínimo, o que representa aproximadamente 65,78 horas de trabalho por mês para garantir apenas os itens essenciais de alimentação. Segundo o Núcleo de Pesquisa, para atender às necessidades básicas de uma família de quatro pessoas durante um mês, o salário-mínimo ideal deveria ser de R$ 5.528,79, considerando os preços registrados na capital potiguar no primeiro semestre de 2025.
De acordo com o Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor, o levantamento tem o objetivo de oferecer aos consumidores uma visão atualizada do comportamento dos preços, ajudando no planejamento de compras e na comparação entre estabelecimentos. O órgão também reforça a importância de pesquisar antes de comprar, para minimizar o impacto das constantes oscilações no custo da cesta básica.
Deu na ‘Tribuna do Norte’