Lula perdeu influência fora e é impopular no Brasil, diz The Economist

(Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo)

A revista britânica The Economist afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está “perdendo influência no exterior” e “cada vez mais impopular” no Brasil. Na publicação, a postura do mandatário brasileiro é criticada por tornar o país “mais hostil ao Ocidente” e pela falta de aproximação com os EUA desde que Donald Trump assumiu como presidente. O artigo também justifica a queda de aprovação interna do petista pelo crescimento do número de evangélicos e pela reputação do PT ligada à corrupção.

A publicação classifica como “agressivo” tom adotado pelo Ministério de Relações Exteriores brasileiro durante o confronto entre Israel e o Irã, quando o Itamaraty publicou uma nota afirmando que o governo “condenava veemente” ataques feitos pelos EUA a instalações nucleares iranianas. A revista também afirma que a aproximação entre o Brasil e o Irã pode se estreitar durante a cúpula do Brics na próxima semana. “Originalmente, ser um membro ofereceu ao Brasil uma plataforma para exercer influência global. Agora, faz o Brasil parecer cada vez mais hostil ao Ocidente”, diz a matéria.

(Foto: Reprodução/The Economist)

A The Economist também afirma que Lula não fez “nenhum esforço para estreitar laços com os Estados Unidos desde que Donald Trump assumiu o poder”, em janeiro de 2025. “Em vez disso, Lula corteja a China”, diz trecho do artigo, que destaca a preferência do petista por se aproximar do líder chinês Xi Jinping e de Vladimir Putin, da Rússia. A matéria, em seguida, diz que o petista “se aproximou da Europa”, mas que não exerce “o pragmatismo próximo”, ao não conversar com o presidente argentino, Javier Miliei, por “diferenças ideológicas”.

A revista também menciona a recente queda da aprovação do petista e justifica a queda de popularidade dele pela “inclinada do país para a direita”, ligada ao aumento no número de evangélicos e à associação feita pela população do PT à “corrupção”. O artigo menciona como contraponto a aproximação entre representantes do movimento MAGA (Make America Great Again) e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Bolsonaro provavelmente será preso em breve por supostamente planejar um golpe para permanecer no poder após perder uma eleição em 2022. Ele ainda não escolheu um sucessor para liderar a direita. Mas se o fizer e a direita se unir a essa pessoa antes das eleições de 2026, a presidência será deles”, diz o texto.

Deixe um comentário

Rolar para cima