Síria manifesta desejo por paz na fronteira com Israel, diz enviado dos EUA

 

O enviado americano para a Síria, Tom Barrack, afirmou neste domingo, 29, que o presidente sírio, Ahmed al-Sharaa (foto), e o Líbano podem chegar a um acordo de paz com Israel.

“O presidente (Ahmed) al-Sharaa indicou que não odeia Israel… e que quer paz naquela fronteira. Acredito que isso também acontecerá com o Líbano. É necessário um acordo com Israel”, disse Barrack em entrevista à agência de notícias turca Anadolu.

Desde a criação do Estado de Israel, em 1948, a Síria travou guerras contra os israelenses.

Na Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel conquistou as Colinas de Golã, que era um território sírio, e considerado estratégico pelas Forças de Defesa de Israel (FDI).

Os dois países, portanto, não assinaram acordos de paz desde então.

O Líbano também já travou batalhas contra Israel, o mais marcante sendo a guerra de 2006 entre as FDI e o grupo terrorista libanês Hezbollah.

A fronteira sul do Líbano com Israel permanece instável, apesar de acordos pontuais de paz.

Queda de Assad

Em dezembro do ano passado, o grupo terrorista Hay’at Tahrir al-Sham (HTS), comandado pelo al-Jolani – hoje presidente da Síria com o nome de Ahmed al-Sharaa, derrubou o regime de Bashar Assad.

A ditadura síria era financiada por inimigos de Israel, entre eles o Irã.

O governo de Sharaa, porém, aproximou-se de países europeus e reconstruiu relações diplomáticas com os Estados Unidos.

Em maio, o presidente americano Donald Trump retirou as sanções econômicas aplicadas ao então regime sírio. As primeiras punições foram aplicadas pelos EUA no fim de 1979, quando a Síria foi incluída na lista de “Estados patrocinadores do terrorismo”.

“Eu estarei ordenando o cessar das sanções contra a Síria para dar a eles uma chance de grandeza”, afirmou o republicano, sendo aplaudido de pé pelo ditador saudita Mohammed bin Salman e pelo bilionário Elon Musk.

Ajuda humanitária

Desde janeiro, representantes sírios também têm se reunido com líderes de países europeus.

Logo após a queda de Assad. a comissária europeia para Preparação e Gestão de Crises, Hadja Lahbib, esteve em Damasco onde prometeu o envio do primeiro pacote de ajuda humanitária no valor de US$ 240 milhões.

A presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen, anunciou a ampliação para “cerca de 2,5 bilhões de euros” destinada à reconstrução da Síria.

“A medida que abordamos as necessidades imediatas dos sírios, devemos começar a nos preparar para o futuro .Há cidades inteiras para reconstruir e economias inteiras para reiniciar.

A Síria era uma das potências econômicas do Oriente Médio. E queremos ser parceiros na recuperação e no crescimento de uma nova Síria, afirmou Ursula.

Deu no ‘O Antagonista’

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