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Cumprindo agenda política em Belo Horizonte (MG) nesta quinta-feira (26/6), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de um encontro do diretório estadual do partido, realizado na Casa Pampulha, com foco na articulação para as eleições de 2026. Durante discurso, mencionou as investigações judiciais das quais é alvo, incluindo o processo em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Durante a fala, Bolsonaro afirmou que vem sendo alvo de diversas acusações nos últimos anos e classificou o processo como “um julgamento político”, mas que “o que vier a acontecer, suportaremos”. O ex-presidente retomou sua agenda de viagens nesta quinta, após cancelar compromissos na semana anterior devido a uma crise de enjoo e soluços. Esta é a primeira vez, em seis dias, que ele volta a participar de atividades públicas.
“Fizeram de tudo na minha vida, reviraram tudo. Me acusaram por cinco anos de ser o mentor da morte de Marielle Franco. Foram atrás de mim até na questão da baleia. Questões de presentes [joias], vacina, imóveis comprados lá no Vale do Ribeira, região mais pobre do estado de São Paulo. Tudo vem caindo por terra”, discursou a apoiadores.
Bolsonaro agradeceu ainda o apoio financeiro de seus seguidores, mencionando os R$ 17 milhões recebidos via transferências via Pix, que, segundo ele, viabilizaram sua defesa. “Se não fosse isso, não teria como ter uma boa defesa no meu processo. Tem ajudado outras pessoas também, mas não vou citar nome de ninguém aqui”, completou.
O evento do PL contou com a presença de parlamentares aliados do ex-presidente, como os deputados federais Nikolas Ferreira, Junio Amaral e Eros Biondini, o deputado estadual Bruno Engler e os vereadores belo-horizontinos Pablo Almeida, Vile e Cláudio do Mundo Novo, todos do mesmo partido.
Réu e Inelegível
Desde junho de 2023, Bolsonaro está inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o considerou responsável por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho de 2022. No encontro, ele questionou, sem provas, a integridade do sistema eleitoral brasileiro.
Além disso, em março deste ano, o ex-presidente se tornou réu no STF por suposto envolvimento na articulação de uma tentativa de golpe após sua derrota nas urnas. A denúncia foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que aponta Bolsonaro como líder do plano para manter-se no poder.
Deu no ‘Metrópoles’