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O deputado republicano e presidente da Comissão de Direitos Humanos, Christopher H. Smith, enviou um carta, nessa quarta-feira (25/6), ao Secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, exigindo a implementação de sanções “urgentes” ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes com base na Lei Global Magnitsky.
O parlamentar acusa Moraes de levar “o Brasil, outrora parceiro democrático regional”, a uma “ruptura institucional” com os EUA.
O pedido por sanções a Moraes acontece após o jornalista e youtuber bolsonarista Paulo Figueiredo Filho, denunciado pela Procuradoria-Geral da República ao STF por suposta tentativa de golpe de Estado em 2022, ir a uma audiência no Congresso dos Estados Unidos nessa terça-feira (24/6).
“Ontem, Paulo Figueiredo, jornalista investigativo brasileiro, prestou um testemunho convincente e alarmante ao Congresso, afirmando que o governo do Brasil continua a perseguir e assediar brasileiros dentro dos Estados Unidos. Anexo seu depoimento por escrito para sua análise”, diz trecho da carta.
Figueiredo, que é neto do general João Batista Figueiredo, último presidente da ditadura, durante a audiência afirmou que Moraes o insultou publicamente ao defini-lo como um “pseudojornalista” e “fugitivo”.
“Tem um mandado de prisão secreto contra mim, onde não posso me defender porque não fui formalmente acusado e não sei se meu nome foi incluído de novo na lista da Interpol. O meu caso não é isolado mas parte de uma campanha sistemática”, denunciou Figueiredo.
Segundo o parlamentar, a extensão da repressão transnacional promovida pelo governo do Brasil dentro dos Estados Unidos e sua “relutância em reformar-se ou responder ao contato do Congresso tornaram suas ações uma preocupação doméstica também, pois elas diminuem os direitos das pessoas nos EUA, a soberania de nossas instituições e a integridade de nossa infraestrutura legal e tecnológica”.
Marco Rubio, confirmou, no dia 21 de maio, na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos EUA, que o ministro Alexandre de Moraes pode ser alvo de sanções norte-americanas com base na Lei Global Magnitsky.
Deu no ‘Metrópoles’