No último dia 12 de junho, Lula esteve em um evento em Contagem, Minas Gerais. Teria sido uma boa oportunidade para o petista explicar os escândalos, os rombos nas contas públicas, os aumentos sucessivos de impostos — e por aí vai. Mas, sem grandes avanços para apresentar, preferiu usar o palco e tentar aparecer usando o meu nome, ao afirmar que “Minas não merece um Nikolas”, se referindo ao governo do estado.
Mas sabe o que Minas Gerais realmente não merece? Um governo de esquerda — como foi o do petista Fernando Pimentel, que quebrou o nosso estado e deu calote no salário dos servidores.
Por falar em Pimentel, ele foi candidato a deputado federal em 2022, mesma eleição em que fui eleito, e conseguiu somente cerca de 3% da quantidade de votos que recebi — e não foi eleito. O recado das urnas foi claro, assim como em 2018 quando Dilma Rousseff amargou o quarto lugar na disputa pelo Senado em Minas e também não se elegeu.
Indo além: não só os mineiros, mas todos os brasileiros não merecem um Lula na presidência — alguém que fez diversas promessas durante a campanha e pouco cumpriu.
Os principais “marcos” da atual gestão têm sido: a incompetência dos ministros, os gastos exorbitantes com viagens, nas quais as gafes de Janja ganham mais repercussão que qualquer acordo firmado, e vergonhas como o roubo do dinheiro dos aposentados — caso em que os governistas deveriam ser os primeiros a apoiar uma CPI para investigar e punir os culpados, além de ressarcir quem foi prejudicado.
A menção que Lula fez a mim, ao mesmo tempo em que endossa o nome de Rodrigo Pacheco ao governo de Minas, mostra o quão frágil está seu atual mandato. Enquanto meu nome aparece em primeiro lugar em todos os cenários nas intenções de voto para o governo estadual — conforme pesquisa do Instituto Futura Inteligência divulgada nesta quarta-feira, 18 — Lula vê sua rejeição aumentar a cada pesquisa.
Como nenhum nome do próprio partido em destaque, e após o fracasso da candidatura petista à prefeitura de Belo Horizonte na última eleição — que teve menos votos que alguns vereadores apoiados por mim — Lula viu em Pacheco uma alternativa a ser avaliada. Mas Pacheco, assim como ele, não sai às ruas. Recebeu vaias quando foi votar em 2022.
A realidade é que os governistas perceberam que o povo está vendo o estrago que eles estão fazendo no país
A imprensa, inclusive, já repercutiu que após 6 meses da “nova Secom” sob a gestão de Sidônio Palmeira, nada mudou em termos positivos, até porque o problema não é a comunicação e sim o comando.
Agradeço ao “descondenado” por citar o meu nome em minha terra natal e lamento (ou não) pelo fato de ele não conseguir sair às ruas devido à sua baixa popularidade. Poucos visitam Minas e não têm a oportunidade de receber a verdadeira hospitalidade mineira, amplamente reconhecida.
A esquerda pode ficar tranquila: nosso trabalho continuará, não só para evitar que destruam o nosso estado, mas impedir que continuem arruinando o nosso país.
Deu na Gazeta do Povo