Medicamentos em Natal têm aumento médio de 4,58%, diz Procon

Uma pesquisa recente do Procon Natal identificou um aumento médio de 4,58% no preço dos remédios na capital potiguar. O levantamento também revelou diferenças de preço superiores a 300% para o mesmo medicamento entre farmácias distintas. O percentual médio de aumento apurado ficou 0,75 ponto percentual acima do reajuste oficial. O governo federal havia autorizado um aumento de 3,83% em 31 de março.

A coleta de preços ocorreu em 45 estabelecimentos localizados nas quatro regiões da cidade. Foram visitadas farmácias e drogarias, incluindo grandes redes e pequenos comércios. A pesquisa considerou unidades próximas a hospitais e também em bairros mais afastados. Conforme o Procon Natal, 33 farmácias apresentaram uma quantidade considerada satisfatória de medicamentos para a análise.

Isso representa mais de 50% de uma lista pré-definida com 29 itens. A lista continha oito medicamentos genéricos e 21 de referência. As categorias farmacológicas incluídas foram analgésicos, antialérgicos e antibióticos. Também foram pesquisados anticonvulsivantes, antidepressivos, antidiabéticos e anti-hipertensivos. A lista se completava com anti-inflamatórios, antiparasitários e contraceptivos hormonais.

Variação de Preços

O Procon Natal alerta o consumidor para a necessidade de pesquisar antes de comprar. Foi verificada uma variação considerável nos preços dos medicamentos pesquisados, especialmente quando se compara produtos de laboratórios diferentes. A maior diferença encontrada foi no anti-inflamatório Diclofenaco de Sódico. A versão de 100 mg com 10 comprimidos, de um mesmo laboratório, apresentou variação de 323%.

O menor preço encontrado para este produto foi R$ 10,24, enquanto o maior atingiu R$ 43,34. O mesmo medicamento, Diclofenaco de Sódico 100 mg com 10 comprimidos, mas fabricado por outro laboratório, também mostrou diferença expressiva. A variação neste caso chegou a 243%. O maior preço constatado foi R$ 49,90 e o menor, R$ 14,54.

O órgão de defesa do consumidor ressalta que o laboratório fabricante interfere diretamente no preço final. A análise do Procon considerou os preços cheios, sem aplicação de descontos. O instituto lembra, contudo, que descontos podem ser obtidos no momento da compra. Essas vantagens variam conforme a rede de farmácias e os programas de fidelidade oferecidos.

Reduções e Orientações

Apesar do cenário de aumento médio, a pesquisa identificou três medicamentos com redução de preço em relação a 2024. O Allegra 60 mg apresentou preço médio de R$ 43,93, uma redução de R$ 3,36. O Diupress 25 mg foi encontrado com custo médio de R$ 30,64, representando R$ 1,44 a menos. Já o Diclofenaco Sódico 100 mg teve preço médio de R$ 16,18, uma queda de R$ 4,08.

O Procon Natal reforça que o objetivo principal da pesquisa é informar a população. O levantamento busca auxiliar os consumidores a encontrar medicamentos com preços mais acessíveis na cidade. O órgão também orientou sobre a diferença entre os tipos de medicamentos existentes no mercado. O medicamento de referência possui marca registrada e tem sua eficácia terapêutica comprovada cientificamente.

O similar é produzido após o vencimento da patente do medicamento de referência. Ele possui nome de marca próprio e sua eficácia também é comprovada. As planilhas completas com todos os dados da pesquisa estão disponíveis para consulta no site do Procon Natal. Denúncias sobre preços ou outras irregularidades podem ser feitas presencialmente na sede do órgão ou pelo e-mail procon.natal@natal.rn.gov.br.

Informações do Novo

Deixe um comentário

Rolar para cima