Unimed — Pense no seu amanhã. Por Aragão

Peço isso porque a gestão atual fez uma campanha como se não houvesse amanhã. Promoveu ataques gratuitos contra ex-presidentes, adotou narrativas agressivas e protagonizou uma tentativa de se manter no poder que causou surpresa dentro e fora da instituição — evidenciada quando ultrapassou os limites do razoável e proibiu alguns cooperados de votar. Todos foram atingidos por essa medida absurda, posteriormente revertida pela Justiça.

É bem verdade que a gestão atual construiu o hospital — o problema foi querer reconstruir o passado com uma narrativa inverídica de que Márcio Rêgo era contra sua construção. Nunca foi. Por zelo e cuidado, cumpria seu papel de coordenador do conselho fiscal.

Lembremos alguns pontos que a Deloitte evidenciou na auditoria sobre a construção do hospital:

— Falta de controle orçamentário detalhado e de justificativas para certos aditivos contratuais.

— Ausência de critérios objetivos para medições, resultando em avaliações subjetivas.

— Compras sem licitações, exigindo maior controle sobre cronograma e custos.

— Planejamento deficiente na aquisição de materiais, comprometendo a eficiência financeira.

— Não existia estudo de viabilidade. Só ficou pronto no último trimestre de 2024.

A gestão atual é honesta. Porém, ficou evidente que o problema foi de organização e planejamento. E esse pode ser o cerne da questão que explica outros problemas igualmente preocupantes. O market share da Unimed Natal caiu de 36,14% em 2020 para 29,72% em 2024. Isso não é narrativa, não é opinião — é um fato: a Unimed perdeu 12.086 usuários.

Por que a Unimed encolheu? E mais: por que, no mesmo período, a despesa administrativa saltou de 7,18% em relação ao faturamento para 9,5% em 2024? — em números absolutos, saiu de R$ 73.243.430,94 em 2020 para R$ 129.322.028,52 em 2024. A tentativa de continuidade de uma gestão marcada por perdas relevantes exige, no mínimo, uma reflexão séria por parte dos cooperados que irão votar nesta segunda (31).

— O passado te preocupa? Pense no seu amanhã.

— Será que algumas categorias tiveram seus honorários reajustados recentemente ou foram chamadas para conversar a respeito? — O cooperado sabe.

— O médico cooperado sabe que esperou oito (8) longos anos da gestão atual para ter a justa valorização e a redução dos custos administrativos. É justo receber novas promessas para atender antigas demandas? — É preciso mudar isso.

— Tudo tem limite. Mas os R$ 126 milhões de prejuízo da Unimed neste último mandato parecem extrapolar o razoável.

— A hora da verdade está chegando.

Chega de passado. — Amanhã há de ser outro dia.

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