Chamou atenção esse áudio reproduzido na imprensa potiguar, com o Dr Fernando Pinto confessando que a Unimed-Natal passa por uma situação de “aperto” para justificar que empreendeu meios para não contatar uma auditoria requerida pelo então conselheiro fiscal, Dr Márcio Rêgo.
Confira abaixo o áudio :
Não vamos adentrar nos méritos “Interna corporis” da gestão da cooperativa, mas no objeto principal que movimenta toda a sociedade, sobretudo para os clientes da Unimed numa cidade carente de serviços de saúde, o bendito hospital da Unimed, uma das maiores e importantes obras privadas do RN
A obra é suntuosa, magnânima e necessária, com uma previsão de chegar a ter mais de 350 leitos, 7 UTIs e 16 salas de cirurgias, onde já foram investidos centenas de milhões de reais e neste mês, às vésperas da eleição da nova diretoria, foi inaugurada uma primeira fase dos dois novos blocos e uma reestruturação da parte existente.
Fica a dúvida, pelo tempo e recursos empreendidos na obra: O que foi entregue é ou não satisfatório? Vem aquela história do copo pela metade, está quase cheio ou quase vazio? Falando em vazio, de toda a edificação pronta, parece que são 7 andares vazios, mesmo com a recente inauguração.
Entre a expectativa e a realidade fico com uma percepção absolutamente pessoal, pelos anos de obra e recursos empreendidos, que o hospital estaria noutro estágio de conclusão. Este é apenas um sentimento de quem já passou madrugadas com filho pequeno na urgência pediátrica do hospital da Unimed na expectativa de um serviço melhor.
Para deixar uma analogia no ar… é como alguém anunciar um restaurante com ilha de carnes, de massas, de comida japonesa, de doces, sorvetes e sobremesas e inaugurar apenas um bom café. Há um sentimento de frustração entre a expectativa e a realidade.
Como cliente da Unimed, por fim, só tenho mais duas observações, a obra é fundamental, virtuosa e representará um salto de qualidade na prestação do serviço, mas é importante que haja auditorias, quantas forem necessárias, pois toda vigilância e transparência é bem-vinda, sem que isso traga desconfortos e desencontros. Afinal de contas, quem não deve, não deveria temer.