Lula cede a pressão de Janja e indica ex-advogada de Gleisi como ministra do Superior Tribunal Militar

Sob pressão de Janja, Lula indica segunda ministra mulher ao Superior Tribunal Militar. (Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República)

O presidente Lula (PT) oficializou, neste sábado (8), em uma edição extra do Diário Oficial da União (DOU), a indicação da advogada Verônica Sterman para o Superior Tribunal Militar (STM), atendendo mais uma vez à influência da primeira-dama Janja da Silva.
Além do apoio de Janja, a advogada também conta com o respaldo da ministra Gleisi Hoffmann e do ex-ministro Paulo Bernardo, seus antigos clientes em processos como na operação Lava Jato. O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) também teria apoiado a indicação desta que será a segunda mulher a ocupar uma cadeira na corte militar, se passar pela sabatina no Senado.
A escolha ocorreu justamente no Dia Internacional da Mulher, uma exigência de Janja, que atuou diretamente para garantir a nomeação. A decisão tem gerado críticas nos bastidores, principalmente pela falta de experiência de indicada na área militar. Além disso, há dúvidas sobre sua aprovação na sabatina do Senado.
Se ela passar pela etapa no Senado, vai assumir a cadeira designada à advocacia, que será deixada em abril pelo ministro José Coêlho Ferreira, atual vice-presidente da Corte que se aposenta no próximo mês. O governo vinha sendo pressionado por não indicar mulheres para os tribunais, e até a presidente do Superior Tribunal Militar, Maria Elizabeth Rocha, havia cobrado Lula sobre a questão.

Nas redes sociais neste sábado, Gleisi Hoffmann postou vídeo e fotos da indicação e lembrou se tratar da segunda mulher a integrar o Tribunal. “Importante destacar que a primeira, Maria Elizabeth Rocha, também foi indicada pelo presidente Lula, no dia 8 de março de 2007”, escreveu.
Em um vídeo publicado nas redes sociais ao lado de Janja, a advogada indicada ao STM e de Gleisi Hoffmann, Lula disse ter certeza que a advogada, ao lado da já ministra do STM que assume a presidência da corte na próxima semana “irão mudar a história do Supremo Tribunal Militar, para melhor”.
“Um Supremo Tribunal Militar que tenha a compreensão do que é crime militar e o que é crime comum. Eu acho que vai ser bom para a sociedade brasileiras, vai ser bom para o Suprem Tribunal Militar e vai ser bom para as mulheres”, disse. Outro fator determinante na escolha foi uma suposta “dívida” de Lula com a advogada, após tê-la preterido em uma indicação para o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) no passado. A vaga acabou ocupada por Marcos Moreira, próximo do ministro do Trabalho, Luiz Marinho.

Informações da Gazeta do Povo

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