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A busca por melhor desempenho nos treinos tem levado muitos praticantes de musculação a recorrerem a suplementos e substâncias que prometem aumento de energia.
Entre essas, a Tadalafila, um medicamento indicado para o tratamento de disfunção erétil, vem ganhando popularidade como um suposto “vasodilatador” pré-treino, apesar da falta de comprovação científica para essa finalidade.
Uso sem prescrição médica
A Tadalafila é facilmente encontrada em farmácias e, embora sua embalagem indique que a venda é “sob prescrição médica”, a aquisição do medicamento costuma ocorrer sem dificuldades, muitas vezes sem orientação de um profissional da saúde.
Nas redes sociais, influenciadores do meio fitness compartilham experiências com o uso da substância como um suposto reforço no desempenho físico. No entanto, especialistas alertam para os riscos dessa prática.
Médicos alertam para os riscos
O presidente da Sociedade Latino-Americana de Medicina Sexual, Fernando Facio, reforça que não há estudos que comprovem que a Tadalafila melhora o rendimento muscular ou tenha alguma influência positiva na força e na resistência. “Não é um estimulante e não tem nenhuma ação na musculatura”, explica o especialista.
O uso inadequado do medicamento pode trazer sérios efeitos colaterais, especialmente para quem faz uso de outras medicações. Segundo Facio, a interação com medicamentos para hipertensão, incontinência urinária e antidepressivos pode causar quedas bruscas de pressão arterial, levando o paciente a desmaiar e sofrer consequências graves, como traumas na cabeça.
Falta de estudos sobre os efeitos no treino
Apesar da popularidade crescente da substância entre os frequentadores de academia, não existem pesquisas científicas que sustentem o uso da Tadalafila como um reforço no desempenho esportivo. O uso sem orientação profissional pode trazer riscos desconhecidos e efeitos adversos inesperados.
Especialistas recomendam que qualquer substância utilizada para potencializar os treinos seja prescrita por um profissional qualificado, evitando riscos desnecessários para a saúde.
Deu no SBT News