Romeu Zema chama fala de Lula de “lorota econômica” sobre deixar de comprar alimentos caros

Governador mineiro se somou à oposição para criticar Lula por sugerir aos brasileiros que não comprem alimentos caros. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

 

O governador mineiro Romeu Zema (Novo-MG) voltou a criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após a declaração de que as pessoas deveriam deixar de comprar alimentos caros para forçar uma redução dos preços. Sem mencionar diretamente o nome do presidente, Zema ironizou a ideia e classificou a fala como “lorota econômica”.
“Café reaproveitado e desculpas esfarrapadas são difíceis de engolir. Quando o bolso do brasileiro aperta surgem as ideias mais absurdas. E você, qual foi a maior lorota econômica que ouviu por aí”, questionou o governador em suas redes sociais neste final de semana.
A declaração de Lula gerou forte reação de políticos de oposição. Além de Zema, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados criticaram a fala.

Parlamentares governistas também manifestaram desconforto com a sugestão do presidente, que gerou debates sobre a responsabilidade do governo no combate à inflação.
Não é a primeira vez que Zema se posiciona contra o governo federal. No mês passado, ele atacou Lula e o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, devido aos vetos presidenciais ao programa de renegociação das dívidas estaduais. O governador mineiro afirmou que os cortes prejudicam Minas Gerais, que tem um passivo de R$ 157,7 bilhões com a União, e chamou a cobrança de “agiotagem”.
” É hora de lutarmos, todos juntos, pela derruba dos vetos. Porém, independentemente do sucesso dessa empreitada, temos a segurança de dizer que o Propag é o caminho que Minas vai seguir para se tonar um Estado sustentável. Romper esse ciclo de agiotagem à qual Minas foi submetida nas últimas décadas pela União é a porta de entrada para um futuro onde os mineiros vão ter os serviços de Educação, Saúde, Segurança e Infraestrutura que merecem”, disse.

O programa citado por Zema, o Propag (Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados), foi criado pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e sancionado no início de 2025 para flexibilizar as regras de pagamento das dívidas estaduais. No entanto, Lula vetou trechos que poderiam comprometer o resultado primário do governo, o que provocou atritos com governadores endividados.
Os ministros Haddad e Rui Costa (Casa Civil) rebateram as críticas e acusaram Zema de tentar transferir para a União a responsabilidade por empréstimos contraídos com instituições privadas. Haddad ainda apontou que o governador mineiro aprovou um aumento de 298% no próprio salário enquanto Minas Gerais enfrenta dificuldades financeiras.
Já Lula classificou Zema e outros governadores como “ingratos” diante dos esforços do governo federal para renegociar os débitos estaduais.

Deu na Gazeta do Povo

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