RN tem 175 mil pessoas vivendo em favelas, aponta IBGE

Quase 16,4 milhões de pessoas moram em favelas no Brasil, revela Censo – Fernando Frazão/Agência Brasil

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (8) dados detalhados do Censo Demográfico 2022 sobre favelas e comunidades urbanas. O estudo aponta que 175.241 pessoas residem nestes territórios no Rio Grande do Norte, com uma leve predominância feminina: 52,1% (91.330) são mulheres e 47,9% (83.911) homens.

Natal concentra 146.017 dos habitantes de favelas e comunidades urbanas, o que representa 72,3% da população nessas áreas em todo o estado. As mulheres são maioria também na capital, compondo 52,3% da população nessas áreas.

No Rio Grande do Norte, o IBGE identificou 101 favelas, com Natal concentrando a maior parte: 73 territórios. Mossoró é o segundo município com mais registros, contabilizou 12 favelas, seguido de São Gonçalo do Amarante, com 9, e Parnamirim, com 6.

Favelas e comunidades urbanas são descritas pelo IBGE como áreas que surgiram por iniciativa da população, que, em resposta à carência de políticas públicas e investimentos, desenvolve infraestrutura básica, comércio e serviços por meio de autogestão.

Segundo o IBGE, estes territórios são caracterizados pela presença de residências com diferentes graus de insegurança jurídica quanto à posse, além de lacunas na oferta de serviços públicos, construções fora dos padrões oficiais e localização em áreas urbanas de risco.

Além da capital, Mossoró é o segundo município do estado em número de moradores em áreas de favelas, com 13.633 pessoas (46,7% homens e 52,3% mulheres). Seguem São Gonçalo do Amarante, com 8.736 habitantes (49,9% homens), e Parnamirim, que registra 6.174 pessoas (49,2% homens). Extremoz apresenta menor número, com 681 moradores.

População feminina predomina nas principais áreas

Entre as comunidades de Natal, Jardim Progresso possui a maior população, somando 20.061 pessoas, seguido pela Vila de Ponta Negra, com 9.877 moradores, e Mãe Luíza, com 9.426. Em todas as dez principais comunidades da capital, as mulheres superam os homens em quantidade. Fora de Natal, as comunidades com maior população são Regomoleiro, em São Gonçalo do Amarante (2.963 habitantes), Beira Rio, em Mossoró (2.423), e Barrocas, também em Mossoró (1.947).

Concentração no Nordeste e participação ativa das comunidades

A colaboração das comunidades e a participação das prefeituras na coleta de dados permitiram ao Censo 2022 uma abordagem mais inclusiva, com informações mais precisas sobre a vulnerabilidade estrutural e jurídica dessas áreas. A cidade de Natal, como evidenciado na pesquisa, representa a maioria das favelas e comunidades urbanas do estado, seguida por Mossoró e São Gonçalo do Amarante, destacando a concentração dessas áreas em regiões metropolitana.

 

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