Vice-prefeita eleita de Natal, Joanna Guerra, trabalhará na transição com foco nos 100 primeiros dias. Foto: Pedro Henrique Brandão
A vice-prefeita eleita de Natal, Joanna Guerra (Republicanos) não terá papel coadjuvante na gestão municipal a partir de janeiro de 2025, como já garantiu o eleito prefeito Paulinho Freire (União), que já na terça-feira (29) retomou as atividades do mandato de deputado federal em Brasília.
Para começar, Joanna Guerra disse que o objetivo imediato é implementar o programa “Fila Zero”, como diz a própria denominação, para zerar já em 2025 a fila de espera nas creches municipais para receber crianças da primeira infância.
Graduada em Políticas Públicas e mestrado em Estudos Urbanos e Regionais, Joanna Guerra, 33 anos, diz que “é um desafio, mas, ao mesmo tempo, um caminho muito natural” ter ingressado na política partidária, agora como presidente municipal do Republicanos e participado da campanha eleitoral, já estivesse atuando “nos bastidores da administração municipal conhecendo e diagnosticando os problemas para contribuir com soluções”.
Joanna Guerra disse que conversou com o deputado Paulinho Freire ainda na segunda-feira (28) sobre a sua indicação para a coordenadora da equipe de transição, “não entramos em detalhes sobre quem vai compor a equipe”.
“O que ele adiantou é que essa composição não necessariamente, tem a ver com o secretariado”, pois como prefeito “vai ficar muito à vontade nesse sentido”.
Ex-secretária municipal de Planejamento na gestão do prefeito Álvaro Dias, Joanna Guerra disse que a partir do trabalho feito durante a transição, vai ser “traçado um plano de 100 dias de gestão”, porque a população “espera algumas respostas imediatas”.
“O que eu quero realmente ter nessa transição não só o aprofundamento em relação à situação atual da prefeitura, porque a gente já conhece a máquina a administrativa, mas a gente precisa se aprofundar no contexto e no cenário atual”, adiantou.
Joanna Guerra afirmou que “obviamente que todas as minhas decisões serão compartilhadas com ele (Paulinho Freire). Para que a gente possa ter êxito na gestão de uma cidade, a gente precisa ter união acima de tudo”.
A futura vice-prefeita resumiu o plano de governo do novo prefeito Paulinho Freire, adiantando que “a área da saúde é uma prioridade nossa, porque a gente tem projetos bons, como a Minha Clínica, que vai conveniar com clínicas particulares para mitigar a fila para exames, para consultas”, como também a própria licitação do transporte público e a questão da cobertura das linhas, que “é um apelo muito grande da população”.
Ela disse que a futura gestão terá atenção com os equipamentos que o prefeito Álvaro Dias vai entregar até o fim do mandato, em dezembro, como o mercado modelo da Redinha, a primeira etapa do Hospital Municipal e a própria engorda da praia da Ponta Negra, vez que já tem uma expectativa que o reveillon (virada do ano) também vai ocorrer em Ponta Negra, assim como na Redinha, Praia dos Artistas, Praia do Meio e Praia do Forte, que estão “sendo modificadas para melhor, então são muitos desafios e a população pode ficar certa de que escolheu o prefeito mais preparado”.
Além de tratar do plano de gestão do município, Joanna Guerra falou sobre a campanha eleitoral, lamentando que afora a preocupação de se apresentar propostas para a cidade, ela e Paulinho Freire tiveram de “desconstruir situações grotescas” de fake news oriundas da chapa adversária, como questões de perdas do bolsa família e do pé-de-meia que eram objetos de queixas de beneficiários. “Até chegaram ao nível de vazarem o número de meu telefone celular no último debate na TV, ainda recebo ligações e mensagens agressivas, situações que vamos apurar na Justiça”, adiantou Joanna Guerra.
A futura vice-prefeita declarou que “isso me aguçou muito, de que as pessoas não fossem enganadas e que as pessoas pudessem, realmente, dar oportunidade a quem merece e que têm capacidade para governar nossa cidade”.
Mas, Joanna Guerra disse que a eleição já passou, e apesar de ter sido disputada, foi importante “por resgatar isso, há bastante tempo Natal não tinha uma eleição tão acirrada e agora a gente precisa agora olhar para a cidade, inclusive retomar o diálogo com o governo federal, independente de quem estar lá”.
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