Senadores e deputados federais de oposição ao governo Lula (PT), além de deputados estaduais de Minas Gerais, têm feito seguidas convocações para a manifestação pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que acontecerá neste domingo (29) em Belo Horizonte, a partir das 10h, na Praça da Liberdade.
O estado mineiro foi escolhido por ser o reduto do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que tem resistido a dar andamento aos pedidos de impeachment contra Moraes.
Neste sábado (28), em vídeo convocando a população para o ato, o senador Jorge Seif (PL-SC) relacionou os atos “Fora Moraes”, que têm sido organizados em diferentes estados, às manifestações que antecederam os impeachments dos ex-presidentes Fernando Collor, em 1992, e Dilma Rousseff (PT), em 2016.
“Nenhum movimento de impeachment iniciou dentro do Congresso Nacional. Sempre iniciou através de apelos populares e mobilização dos eleitores. Desta vez não é diferente. Precisamos nos mobilizar, demonstrar força, volume e vontade de retirar Alexandre de Moraes, o maior ditador da história da República Federativa do Brasil”, declarou.
O senador também pediu aos manifestantes para mostrarem “civilidade e indignação contra tantos arbítrios contra as liberdades individuais”.
Mais cedo, o deputado federal Marcel van Hatten (Novo-RS) foi outro a pedir, nas redes sociais, a presença dos manifestantes no ato em Belo Horizonte. Ao relembrar a nova multa, desta vez de R$ 10 milhões, que Moraes ordenou nesta sexta-feira (27) como condição para desbloquear a rede social X no Brasil – além da cobrança de R$ 300 mil à representante legal do X no país, Rachel de Oliveira Villa Nova –, o parlamentar classificou a ação do ministro como “extorsão” e um novo abuso.
“E é sempre numa sexta-feira, na hora do ‘happy hour’ brasileiro, quando as pessoas estão prestando menos atenção, que Alexandre de Moraes age dessa forma. Por isso o impeachment de Moraes é urgente”, disse. “Pressão total no Senador e em Rodrigo Pacheco pelo impeachment de quem age fora da lei”, prosseguiu.
O deputado Cristiano Caporezzo (PL), da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, engrossou o coro de convocação. O parlamentar classificou a atual tensão envolvendo o ministro do STF como “a maior crise institucional da história” do país e questionou a leniência de senadores com as ações de Moraes.
Mirando Pacheco, Caporezzo disse que há “omissão covarde” por parte presidente do Senado e pediu que a presença da população de Belo Horizonte para dar um “basta a esse absurdo diretamente no estado do presidente Pacheco”.
Deu na Gazeta do Povo