Lula indica Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu o economista Gabriel Galípolo para ser o próximo presidente do Banco Central. Se aprovado pelo Senado, onde passará por sabatina, ele assumirá o posto hoje ocupado por Roberto Campos Neto, cujo mandato termina em 31 de dezembro.

O anúncio foi feito nesta quarta-feira (28) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “O presidente [Lula] me encarregou de anunciar que hoje indicará o Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central”, disse Haddad.

Atual diretor de política monetária do BC, Galípolo estava de “sobreaviso” desde segunda-feira (26), quando foi chamado por Lula para voltar de Teresina, onde participava de um evento em comemoração pelo aniversário de 125 anos do Tribunal de Contas do Estado do Piauí.

Antes mesmo da confirmação, o governo já articulava com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), uma data para a sabatina do economista na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). A ideia é que seja já na próxima semana, última com trabalhos presenciais no Senado antes das eleições municipais.

Indicação de Galípolo para o Banco Central era esperada

O mercado já contava como certa a indicação. Conselheiro da campanha presidencial em 2022, Galípolo ocupou a secretaria-executiva do Ministério da Fazenda como o “número dois” de Fernando Haddad antes de assumir o cargo no BC, em agosto do ano passado.

A princípio, o histórico de declarações heterodoxas de Galípolo geraram apreensão. O diretor chegou a defender conceitos econômicos desenvolvimentistas, como o apoio do Estado na industrialização, e criticou o teto de gastos. Aos poucos, foi incorporando o discurso da responsabilidade fiscal.

Apesar de não ser filiado ao PT, Galípolo tem relações com o partido há mais de dez anos. Em 2010, ajudou na construção do plano de governo de Aloísio Mercadante, que então concorreu ao governo paulista. Hoje Mercadante preside o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A estreia de Galípolo no Comitê de Política Monetária (Copom) do BC coincidiu com a primeira queda da Selic desde o início do ciclo de alta da taxa básica, em março de 2021. Desde então, segue tendo canal direto de interlocução com Lula, por quem já foi chamado de “menino de ouro”.

Deu na Gazeta do Povo

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