Nesta quinta-feira (8), o presidente venezuelano Nicolás Maduro ordenou a suspensão da rede social X, anteriormente conhecida como Twitter, por um período de 10 dias. A decisão foi tomada para que a empresa, de propriedade do magnata sul-africano Elon Musk, apresente “documentos” às autoridades venezuelanas.
Durante um discurso, Maduro afirmou que a rede social, agora chamada X, “incitou ódio, fascismo, guerra civil e morte”, alegando que a plataforma tem violado normas e gerado conflitos entre os venezuelanos. O presidente também mencionou que a empresa violou as leis venezuelanas e que a lei será respeitada.
“A empresa de Musk violou todas as leis da Venezuela. Por isso, assinei um decreto com a proposta da Conatel, a Comissão Nacional de Telecomunicações, que decidiu suspender a rede social X por 10 dias na Venezuela”, declarou Maduro.
Impacto da Suspensão da Rede Social X
A suspensão da rede social X na Venezuela vem levantando muitas questões sobre a liberdade de expressão e o impacto desta decisão nas comunicações do país. Esta medida drástica traz à tona diversos debates sobre o papel das redes sociais em tempos de crise politica.
Com a ausência da plataforma X, diversos usuários e influenciadores políticos terão que buscar alternativas para se comunicar e mobilizar seus seguidores. Essa busca por soluções alternativas pode afetar diretamente o fluxo de informações e a dinâmica social no país durante esse período.
Como os EUA Reagiram à Decisão de Maduro?
O embaixador dos Estados Unidos na OEA, Francisco Mora, advertiu nesta quinta-feira que Nicolás Maduro enfrentará uma pressão internacional “imaginável” caso detenha os líderes opositores María Corina Machado e Edmundo González Urrutia. Mora, em declaração ao Atlantic Council, um centro de estudos em Washington, ressaltou que tal ação poderia mobilizar a comunidade internacional de formas inesperadas para Maduro.
- Advertência dos EUA: Francisco Mora apontou que os Estados Unidos prepararam uma resposta rigorosa, que pode incluir ações específicas na OEA.
- União Europeia e América Latina: Países como Argentina, Peru, Equador e Uruguai se alinharam contra possíveis abusos do governo de Maduro.
- Pressão Internacional: Até mesmo aliados tradicionais de Maduro, como o Brasil, pressionaram por mais transparência nos processos eleitorais venezuelanos.