O preço dos combustíveis dominaram o debate político na última semana. O presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), criticaram o valor de gasolina e diesel e do gás de botijão. A Petrobras, então, veio a público defender sua política de preços.
O presidente da empresa, Joaquim Silva e Luna, alerta que qualquer sinal de represamento de preços pode gerar desabastecimento de combustíveis no país.
No comando da estatal, ele diz que o governo busca alternativas, inclusive revendo impostos, e confirma estudos para criar um fundo de estabilização, capaz de amortecer o impacto ao consumidor, e que seria formado por tributos e dividendos pagos pela própria Petrobras.
“Há um grande desconhecimento do que a Petrobras é, faz, e do que pode fazer. A percepção que se tem da Petrobras é a daquela empresa estatal na qual havia interferência do governo. A partir da Lei do Petróleo, de 2002, a Petrobras passou a sofrer concorrência. É uma empresa de economia mista, tem capital aberto. Do total de investidores que colocam recursos na Petrobras, a média é de 63% de acionistas privados. E a União tem 37%”, disse Silva e Luna em entrevista ao jornal O Globo.
O presidente da petroleira disse ainda que “A União tem capital majoritário sobre o recurso que tem voto. A Petrobras, em 2015, passou a ser a empresa mais endividada do planeta. A Operação Lava-Jato expôs uma série de problemas. Isso gerou a obrigatoriedade de a Petrobras cuidar do seu portfólio, onde vai investir. O que se pagou de dívida nos últimos cinco anos corresponde ao PIB da Hungria. A Petrobras teve que focar onde usar o seu recurso. Essa é a primeira percepção que a sociedade não tem”, finalizou.