Aos 36 anos, a maquiadora natalense Syll Gama já havia conquistado – e muito mais está por vir – aquilo que muitas pessoas levam a vida toda para conseguir e alguns sequer conseguem: respeito e reconhecimento na profissão, uma família linda e saúde de sobra.
Mas de uma hora para outra a potiguar viu sua vida mudar completamente. O que parecia ser apenas o resultado de uma queda durante uma atividade física, na verdade escondia uma realidade desafiadora. “Senti uma franqueza ao praticar atividade física, levei uma queda e bati justamente com fêmur direito em cima do step. Comecei a mancar e procurei um pronto socorro uma semana depois, descobrindo no mesmo dia, através de um raio x, a presença de um tumor”, recorda.
Esse incidente aconteceu em março deste ano. Após cirurgia para a retirada do tumor e inúmeras análises, em setembro veio o resultado que nem mesmos os médicos acreditaram, tanto que as amostras passaram por três laboratórios diferentes para confirmação: tumor miofibroblástico inflamatório no fêmur.
Para se ter uma ideia da raridade do caso, ao pesquisar no Google você encontra alguns artigos sobre o tumor miofibroblástico inflamatório. Segundo uma publicação da Sociedade Brasileira de Urologia, essa doença é definida como uma lesão rara caracterizada pela infiltração de células inflamatórias (linfócitos e eosinófilos) em diversos tecidos do corpo. Apesar de o local mais encontrado ser os pulmões, pode acometer também outros órgãos como bexiga (mulheres com a faixa etária de 40-50 anos), fígado, intestino grosso, baço e o coração. Ou seja, o fêmur sequer é citado. “Senti que o mundo tinha desabado”, relembra Syll da sensação quando recebeu o diagnóstico.
Hoje, poucos dias depois do diagnóstico, a vida de Syll mudou totalmente. “Mudou quase tudo. Sou totalmente dependente da ajuda das pessoas para locomoção. Afetou também financeiramente, pois tive que fechar meu negócio, fora o abalo psicológico”.
Por ser raro e em um local pouco estudado, os tratamentos ainda não são totalmente conhecidos. Inicialmente, enquanto os médicos discutem os próximos passos, Syll fará uso de uma medicação que custa entre R$ 38 mil e R$ 45 mil mensalmente, fora as fisioterapias, outras remédios, cuidadora e as contas normais do dia a dia – o marido que é professor de inglês tem se virado como pode.
Para conseguir arcar com os custos, além de entrar na Justiça para ter direito ao remédio, Syll tem realizado rifas e alguns cursos online de maquiagem.
No Instagram dela você pode saber todas as informações para ajudar a potiguar, além de acompanhar vídeos que mostram que apesar de toda a situação, a esperança e o bom humor seguem sendo primordiais na vida de Syll e família.