Mundo

Multidão faz fila em frente à igreja russa para se despedir de Navalny

 

Milhares de russos se reuniram nesta sexta-feira, 1º, em frente à igreja em Moscou, na Rússia, onde será realizada a despedida do líder opositor Alexei Navalny, que morreu há duas semanas em uma prisão no Ártico.

Segundo porta-voz de Navalny, familiares foram até o necrotério para recolher o corpo do político, mas não conseguiram até o momento. “O corpo não foi entregue até agora”, escreveu Kira Yarmish, em publicação no X (antigo Twitter). Os moscovitas formaram uma longa fila em torno da igreja ortodoxa do bairro de Mariino, três horas antes do início da cerimônia fúnebre.

Tanto junto ao templo, como no cemitério, onde será sepultado o político, foram instaladas cercas metálicas e há um significativo efetivo policial. Câmeras de vigilância e outros dispositivos que podem servir como inibidores de sinal de internet e celular também foram colocados nos postes do cemitério.

A família de Navalny denunciou durante nove dias a recusa das autoridades em entregar o corpo do político após a sua morte. Na véspera, foram divulgados avisos de algumas universidades aos seus estudantes para que não participassem em manifestações relacionadas com Navalny sob ameaça de expulsão.

Mundo

CRUELDADE: Corpo de Navalny é entregue à mãe 9 dias após morte na prisão russa

 

O corpo de Alexei Navalny, líder da oposição russa, que morreu repentinamente na prisão na semana passada, foi entregue à sua mãe, conforme anunciado pela porta-voz Kira Yarmysh neste sábado (24). Yarmysh expressou agradecimentos a todos que apoiaram a demanda pela entrega do corpo.

Lyudmila Navalnaya, mãe de Navalny, permanece em Salekhard, a cidade do Ártico onde o corpo estava retido. A porta-voz destacou que ainda não foram feitos planos para o funeral e expressou incerteza sobre a possibilidade de interferência das autoridades.

A viúva de Navalny, Yulia Navalnaya, acusou o presidente russo Vladimir Putin de ordenar a retenção do corpo para ocultar a causa da morte e por receio de que o funeral atraísse grandes multidões. O Kremlin negou as acusações.

A família de Navalny havia solicitado repetidamente às autoridades russas a liberação do corpo. Na terça-feira, um vídeo foi divulgado mostrando a mãe de Navalny implorando a Putin pela libertação do corpo.

Yarmysh informou na sexta-feira que Navalnaya havia recebido um ultimato para concordar com um funeral secreto ou aceitar que o corpo fosse enterrado na colônia penal do Ártico onde Navalny estava detido.

Este sábado marca nove dias desde a morte de Navalny, um período significativo na tradição cristã ortodoxa, quando orações são oferecidas aos falecidos.

Yulia Navalnaya, em um vídeo divulgado neste sábado, acusou Putin de violar leis humanas e divinas ao recusar a entrega dos restos mortais de seu marido. Ela ressaltou que as ações do líder russo contradizem sua imagem de cristão ortodoxo devoto que protege a fé e o Estado contra influências dos valores ocidentais.

Com informações da CNN

Mundo

Morre na prisão Alexei Navalny, um dos principais opositores de Putin

 

Opositor russo e um dos principais adversários do presidente Vladimir Putin,Alexei Navalny morreu nesta sexta-feira, 16, na prisão do Ártico em que cumpria uma pena de 19 anos de prisão. A informação foi divulgado pelo serviço penitenciário. “Em 16 de fevereiro de 2024, no centro penitenciário N°3, o prisioneiro Navalny A.A. passou mal após uma caminhada (…) as causas da morte estão sendo determinadas”, afirmou o serviço penitenciário da região ártica de Yamal em um comunicado. Contudo, a equipe do exílio do líder opositor afirma não ter ainda a confirmação de sua morte e diz que um advogado está a caminho da colônia penitenciária, localizada no assentamento de Kharp, no Distrito Autônomo da Iamália. “Quando tivermos alguma informação, informaremos”, declarou nas redes sociais a porta-voz de Navalny, Kira Yarmish.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que Putin já foi informado sobre a morte de seu principal crítico. “O presidente foi informado”, declarou Peskov, citado pela agência estatal de notícias TASS. Ele também disse que o serviço penitenciário trabalha nas “verificações e esclarecimento” da causa da morte. A confirmação da morte de Alexei Navalny acontece cerca de um mês antes das eleições presidenciais na Rússia, marcadas para 17 de março. Presidentes e autoridades de outros países se manifestam em apoio a Navalny e culpam o Kremlin pela morte do opositor. Segundo o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, a União Europeia considera que “o regime russo é o único responsável” pela morte. “(Alexei) “lutou pelos valores da liberdade e da democracia. Por seus ideais, ele fez o sacrifício final”, disse Michel em publicação no X (antigo Twitter). “Os combatentes morrem, mas a luta pela liberdade nunca termina”, acrescentou.

Após três semanas desaparecido, Navalny foi encontrado em 25 de dezembro de 2023 numa prisão no Ártico, mais especificamente no assentamento de Kharp, no Distrito Autônomo da Iamália. Na ocasião, a porta-voz Kira Yarmysh informou nas redes sociais que o advogado de Navalny havia o visitado e que o preso estava bem. O desaparecimento do russo ocorreu após sua transferência de uma prisão próxima a Moscou para um local desconhecido, em 15 de dezembro. Conhecido por suas críticas a Putin e ao Krelim, Alexei foi preso em janeiro de 2021 e condenado a 19 anos de prisão sob a acusação de “extremismo”, que se somam a outros nove por “peculato”, o que resultou na sua transferência. As prisões de “regime especial” na Rússiacostumam ser localizadas em regiões extremamente isoladas e possuem condições mais rigorosas. Durante a condenação, em agosto do ano passado, a Promotoria alegou que Navalny criou uma organização que minava a segurança pública mediante “atividades extremistas”.

Mundo, Política

Veto a opositora mantém método Putin de eleições sem adversários de verdade

 

Como todo autocrata, Vladimir Putin só gosta de disputar “eleições” em que sua vitória é garantida. Isso ficou comprovado mais uma vez no fim de semana, quando a ex-jornalista de TV e pré-candidata independente Yekaterina Duntsova, contrária à guerra contra a Ucrânia, teve seu nome barrado pela Comissão Eleitoral Central da Rússia.

Ela, portanto, não poderá concorrer na eleição presidencial de março, quando Putin deverá ser reeleito para governar até 2030 (entre a presidência e o cargo de primeiro-ministro, ele comanda o país desde 1999).

O nome de Duntsova foi vetado três dias após ela apresentar sua candidatura, e a justificativa oficial da Comissão Eleitoral Central é que seu formulário de inscrição para participar da disputa apresentava erros.

“Você é uma mulher jovem, tem toda a vida pela frente. Qualquer coisa negativa sempre pode ser transformada em algo positivo. Qualquer experiência ainda é uma experiência”, disse a chefe da Comissão Eleitoral Central da Rússia, Ella Pamfilova, após a decisão. Duntsova recorreu à Suprema Corte russa.

Nesta terça-feira (26), Pamfilova disse à agência Tass que mais de 30 pessoas protocolaram inscrições para a eleição presidencial. “Claro que a campanha será competitiva, porque é óbvio que haverá mais do que um candidato”, afirmou a coordenadora.

Entretanto, analistas já projetam que o pleito de março será semelhante aos anteriores: apenas candidatos de oposição de fachada ou inexpressivos devem ser autorizados a concorrer, abrindo caminho para Putin permanecer no Kremlin.

Nas eleições anteriores, candidatos “incômodos” também foram vetados, e o caso mais emblemático foi o do opositor Alexei Navalny, barrado da disputa em 2018. Ele quase morreu envenenado em 2020 e foi preso ao retornar à Rússia em 2021.

Em agosto deste ano, Navalny foi condenado a 19 anos de prisão pela acusação de criar um grupo “extremista”, financiar atividades extremistas e outros crimes. Ele já cumpria pena de 11 anos e meio por fraude e outras acusações.

Entretanto, não é apenas na eleição presidencial que a Comissão Eleitoral Central, subserviente a Putin, costuma agir para barrar nomes que possam fazer frente a ele. Em 2021, nas eleições para a Duma, a câmara baixa do Parlamento russo, aliados de Navalny desistiram da disputa ou foram barrados sob o argumento de integrarem uma organização “extremista”.

Outros pré-candidatos foram vetados, como a oposicionista Yulia Galyamina, devido a uma condenação em dezembro de 2020 por realização de protestos que teriam desrespeitado a legislação russa.

A “limpeza de rotina” pré-eleições, aliada à notória falta de transparência nos processos eleitorais no país, já faz Putin e seus aliados cantarem vitória: em agosto, o porta-voz da Presidência da Rússia, Dmitry Peskov, declarou que “teoricamente” a eleição presidencial de 2024 poderia nem ser realizada, dado o favoritismo do atual presidente.

“Nossa eleição presidencial não é realmente uma democracia, é uma burocracia cara […]. O senhor Putin será reeleito no ano que vem com mais de 90% dos votos”, afirmou o porta-voz.

Informações da Gazeta do Povo

Mundo

Rússia assume o controle “temporário” dos ativos de Danone e Carlsberg

 

O governo de Vladimir Putin na Rússiaassumiu o controle “temporário” das subsidiárias da francesa Danone e da dinamarquesa Carlsberg no país.

A medida foi estabelecida por meio de um decreto assinado por Putin e direcionado, segundo o governo russo, a empresas de países “hostis”.

Segundo o texto editado neste domingo (16/7), a Rússia assume “provisoriamente” a custódia de 98,5% das ações da cervejaria russa Baltika – que pertence à Carlsberg – e de milhares de ações das subsidiárias da Danone no país.

Esta é a segunda vez que Moscou recorre ao decreto para controlar ativos de empresas que atuam no país. Antes, o Kremlin já havia assumido o comando de concessionárias da Fortum Oyj, da Findlândia, e da Uniper, da Alemanha.

Em outubro do ano passado, já com a guerrana Ucrânia em andamento, a Danone anunciou que planejava vender a maior parte de seus negócios na Rússia, mas que manteria cerca de 25% das ações para suprir as “necessidades essenciais da população civil”.

Em março de 2022, cerca de um mês depois da invasão russa na Ucrânia, a Carlsberg informou que venderia ativos no país. Desde o início da guerra, amplamente repudiada pela comunidade internacional, várias companhias multinacionais deixaram a Rússia ou suspenderam suas atividades no país.

Guerra

De vendedor de cachorro-quente a líder mercenário. Veja quem é Yevgeny Prigozhin

 

O homem que desafia o presidente da Rússia, Vladimir Putin, tem perfil tão surpreendente quanto a rebelião dos mercenários que lidera dentro do exército russo. Yevgeny Prigozhin, até o início da invasão à Ucrânia, era amigo próximo de Putin; ele já vendeu cachorro-quente, foi dono de restaurantes e, hoje, é procurado pelo FBI, a polícia federal dos Estados Unidos.

Nessa sexta-feira (23/6), Prigozhin chamou a atenção do mundo ao usar o grupo Wagner, sob sua liderança, para invadir Rostov-on-Don, a maior cidade do sul da Rússia e capital da região de Rostov — fica ao lado de partes do leste da Ucrânia, onde ocorre a guerra.

Nascido em São Petersburgo, mesma cidade natal de Putin, Prigozhin perdeu o pai cedo e, após praticar alguns assaltos no fim de 1980, acabou condenado a 13 anos de prisão. Segundo o jornal The Guardian, depois de solto, ele comandou um pequeno negócio de cachorro-quente e cresceu no ramo empresarial, tendo participação em uma rede de supermercados. Em 1995, abriu restaurantes com sócios.

Foi em um desses restaurantes que Prigozhin se aproximou de políticos russos e espiões da KGB, principal organização de serviços secretos durante o período soviético. A partir de então, ele trilhou uma carreira meteórica no governo da Rússia, culminando com a criação do Grupo Wagner, em 2014. De acordo com a BBC, Prigozhin usou o conhecimento das prisões da Rússia para recrutar mercenários, sem se importar com a gravidade dos crimes cometidos.

Inicialmente, a empresa paramilitar contratada pelo Kremlin atuou ao lado da Rússia na guerra contra a Ucrânia, mas se rebelou depois que Prigozhin acusou o exército de Putin de lançar um ataque com foguetes que matou dezenas de combatentes do Grupo Wagner. Em abril, ele já havia criado mal-estar com o líder russo ao defender o fim da guerra da Ucrânia.

Em uma escalada na rivalidade entre Prigozhin e comandantes militares russos, o líder mercenário afirmou que as forças dele marchariam sobre Rostov. Foi o que aconteceu.
Além do papel de Prigozhin na Guerra da Ucrânia, a crueldade e a violência nos campos de batalha fizeram com que o FBI prometesse a recompensa de US$ 250 mil a quem der informações sobre o líder do Grupo Wagner. Segundo o The Guardian, ele é movido pela crença de que luta contra as elites corruptas. Prigozhin também é conhecido por executar desertores.

 

Deu no Metrópoles

Mundo

Putin diz que ataques são uma resposta dura à Ucrânia e ameaça endurecer bombardeios

putin russia ucrania

 

Após voltar a atacar Kiev, capital ucraniana, nesta segunda-feira, 10, após meses sem concentrar suas ações na região, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que o ataque é uma resposta dura à Ucrânia , acusada de realizar múltiplos ataques terroristas no que afirma ser território russo, e ameaçou com mais “firmes respostas”, como o ataque com mísseis de hoje.

“No caso de continuar as tentativas de cometer atentados terroristas em nosso território, a resposta da Rússia será firme e por sua envergadura serão correspondidas com o nível de ameaças à Federação Russa”, indicou o chefe de Estado, durante uma reunião do Conselho de Segurança do país. Segundo Putin, a inteligência ucraniana realizou “três atentados terroristas contra a central nuclear de Kursk, ao atacar em várias ocasiões às linhas de alta tensão”.

O presidente russo indicou que “com suas ações, o regime de Kiev se colocou ao lado das mais odiosas organizações terroristas internacionais”.”Já estava impossível deixar sem resposta, crimes deste tipo”, garantiu o chefe de Estado. Putin confirmou ataque em massa com mísseis contra alvos civis em várias cidades ucranianas, em resposta a um atentado ocorrido no último sábado em uma ponte na Crimeia, península anexada por Moscou, em 2014, e explicou que “por proposta do Ministério da Defesa e de acordo com o plano do Estado Maior Geral da Rússia, foi feito um ataque em massa com armas de alta precisão de deslocamento aéreo, naval e terrestre contra alvos de energia, direção militar e comunicações da Ucrânia.

Ele também garantiu que “ninguém pode ter nenhuma dúvida” que Moscou realizará novos ataques desse tipo, caso persistam as ameaças ucranianas. “Assassinatos de ativistas sociais, jornalistas, pesquisadores, tanto na Ucrânia, como na Rússia. Bombardeios terroristas do Donbass, durante mais de oito anos. Atos de terrorismo nuclear, me refiro aos ataques com mísseis e artilharia da usina nuclear de Zaporizhia“, disse o presidente russo.

Deu na Jovem Pan

Mundo

Após referendos, Putin deve oficializar anexação de territórios ucranianos à Rússia nesta sexta-feira

 

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, deverá ratificar nesta sexta-feira, 30, a anexação dos territórios da Ucrânia que foram dominados pelas forças russas após invasão ao país vizinho. O anúncio deverá ser feito em cerimônia no Kremlin na qual Putin discursará. “Uma cerimônia de assinatura de acordos sobre a entrada de novos territórios na Federação da Rússia acontecerá amanhã (sexta-feira) às 15h00 (9H00 de Brasília) no Kremlin”, informou Dmitri Peskov, porta-voz da presidência da Rússia, que continuou: “Vladimir Putin pronunciará um discurso no evento”.

O anúncio será feito após a realização de referendos de anexação de quatro regiões ucranianas que estão sob o domínio de Moscou: Donetsk, Luhanks, Kherson e Zaporizhzia. Kiev e os demais países ocidentais chamaram as votações de “farsas”, dizendo que não reconhecerão a anexação dos territórios. O mesmo aconteceu em 2014, quando a Rússia anexou a península da Crimeia e o feito não foi reconhecido pela comunidade internacional. A decisão da anexação marca uma nova escalada na ofensiva russa.

As autoridades e analistas russos afirmaram que, com a anexação das regiões, o governo russo deverá usar armas nucleares para defender os novos territórios. Recentemente, Putin disse que a Rússia está disposta a recorrer a “todos os meios” de seu arsenal para proteger seu território.

Deu na Jovem Pan

Mundo

Filas de reservistas recrutados por Putin causam tumultos na Rússia

 

Centenas de pessoas começam a formar as linhas que vão reforçar o exército russo depois da convocação do presidente Vladimir Putin para a guerra contra a Ucrânia.

Os acompanhantes dos militares foram às lágrimas quando viram os ônibus lotados de jovens em direção a Moscou, capital da Rússia. Na semana passada, o presidente russo fez um pronunciamento com tom de ameaça e disse que poderá usar todos os meios disponíveis para proteger o país, incluindo armas nucleares.

A onda de protestos contra a decisão de Putin gera uma convulsão interna na Rússia. Em Moscou, cerca de 1.300 manifestantes foram presos por protestar contra a convocação de 300 mil reservistas para reforçar o exército na guerra contra a Ucrânia.

A insatisfação também fez milhares de russos causarem um congestionamento de carros ao tentar deixar o país rumo à Finlândia. A imagem acima mostra, novamente, o desespero dos familiares de pessoas que foram convocadas para a guerra na Ucrânia.

Deu no R7

Mundo

Putin mobiliza cidadãos reservistas para combater na guerra contra a Ucrânia; Decreto prevê convocação de 300 mil pessoas

 

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quarta-feira, 21, que assinou uma ordem de mobilização parcial para cidadãos reservistas irem combater na guerra contra a Ucrânia. A ordem será aplicada imediatamente pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial. Putin ainda alertou que, se o Ocidente continuasse sua “ameaça nuclear”, a Rússia responderia com toda a sua força militar e todos os seus meios.

“Se a integridade territorial de nosso país estiver ameaçada, usaremos todos os meios disponíveis para proteger nossos cidadãos. Isso não é um blefe”, disse ele em um discurso televisionado à nação. Putin alegou que altos funcionários de vários estados membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) mostraram à Rússia a possibilidade de usar armas nucleares.

Ele também acusou o Ocidente de arriscar uma “aniquilação nuclear” ao permitir que as forças ucranianas bombardeassem a usina nuclear de Zaporizhia, ocupada pela Rússia. “A agressiva política anti-Rússia do Ocidente ultrapassa todos os limites (…) Aqueles que tentam nos chantagear com armas nucleares devem saber que os ventos podem mudar”, afirmou.

O discurso de Putin veio depois que o exército russo sofreu uma derrota decisiva no nordeste da Ucrânia, com avanço das tropas ucranianas e recuo das russas. A escolha do presidente foi então pela escalada do conflito  bélico. ”Considero necessário apoiar a proposta [do ministério da Defesa] de mobilização parcial dos cidadãos na reserva, aqueles que já serviram (…) e que têm experiência pertinente”, declarou.

“Estamos falando apenas de uma mobilização parcial”, insistiu. Nos últimos dias, os rumores sobre uma mobilização geral provocaram preocupação entre muitos russos. O ministro da Defesa do país, Serguei Shoigu, explicou que a ordem envolve 300 mil reservistas, o que, em suas palavras, representa apenas “1,1% dos recursos que podem ser mobilizados”.

Mikhailo Podolyak, conselheiro do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ironizou a medida. “Tudo isto continua seguindo de acordo com o plano, certo? A vida tem um grande senso de humor (…) 210º dia da ‘guerra de três dias’. Os russos que pediam a destruição da Ucrânia acabaram com: 1. Mobilização. 2. Fronteiras fechadas, bloqueio das contas bancárias. 3. Prisão por deserção”, escreveu Podolyak no Twitter.

A embaixadora dos Estados Unidos na Ucrânia, Bridget Brink, afirmou que a medida representa um “sinal de fraqueza” de Moscou, que precisa lidar com uma escassez de militares em sua ofensiva na Ucrânia, que esta semana completa sete meses. O Reino Unido seguiu a mesma linha. O secretário britânico de Defesa, Ben Wallace, afirmou que a decisão de Putin mostra que sua ofensiva “está falhando” e destacou que “a comunidade internacional está unida, enquanto a Rússia está virando um pária global”.

Deu na Jovem Pan