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RN tem 2º menor número de casos de violência política no Nordeste

 

O Rio Grande do Norte está entre os estados do Nordeste que registrou o segundo menor número de casos de violência política no Nordeste no período de julho a setembro deste ano, perdendo apenas para Sergipe (SE). Ao todo, foram quatro casos, sendo um ligado  a ameaça, dois de atentado e um de homicídio. Junto ao estado potiguar, Ceará e Pernambuco apresentam o mesmo número total de casos da violência. Na sequência, aparecem  Maranhão (5),  Piauí (6), Bahia (9) e Alagoas (11) e Paraíba (12).

Os dados são do 11º boletim trimestral do  “Observatório da Violência Política do Brasil” e correspondem ao número de violência política  registrados de julho a setembro de 2022. Dos 26 estados do país, segundo a pesquisa,  25 apresentaram algum caso do gênero nesse período.  Os casos são agrupados em cinco tipos diferentes: agressão/agressão familiar/; ameaça/ameaça familiar; atentado/atentado familiar; homicídio/homicídio familiar e sequestro/sequestro familiar.

Desse grupo, o Rio Grande do Norte não registrou casos de agressão e nem de sequestro. Considerando todos os estados contemplados,  São Paulo permanece na liderança com o maior número: 30 (14,2%). Em seguida, surgem o Rio de Janeiro, com 24 (11,3%), Minas Gerais com 22 (10,4%) e Paraíba com 12 (5,7). Não foram identificados casos de violência política no Acre e no Amapá.

Judiciário

Fachin afirma que não irá tolerar violência política

Edson Fachin

 

 

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, recebeu nesta terça-feira, 26, o grupo de Prerrogativas – coletivo formado por advogado, juristas, juízes, pesquisadores e professores de direito – e, durante a reunião, afirmou que a Justiça não medirá esforços para coibir a violência como arma política e classificou a prática da disseminação de informações falsas como uma “prática do caos”.

O magistrado, que também ocupa uma cadeira de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), ressaltou que o Tribunal não tolera o “negacionismo eleitoral”e voltou a assegurar a confiabilidade das urnas eletrônicas. “Não toleraremos violência eleitoral, subtipo da violência política”, disse.

Fachin aproveitou o encontro para elencar sete premissas que fundamentam a democracia e formam uma rede de proteção: a sociedade civil; a imprensa livre; o Parlamento, através de eleições periódicas; as forças de segurança; o entendimento de que a democracia deve ser uma ‘casa comum’ para todos; o Ministério Público; e a Justiça Eleitoral. “Vossas senhorias têm a relevante missão de contribuir para iluminar o tempo do porvir e para obstar que um grande ocaso novamente se abata sobre o Brasil“, declarou.

Política

Polarização e fanatismo geram riscos a candidatos à Presidência, dizem especialistas

 

Oatentado contra o ex-ministro japonês Shinzo Abe, de 67 anos da idade, deixa um alerta aos candidatos brasileiros à Presidência da República em 2022.

Os presidenciáveis ficam expostos em aparições públicas e estão sujeitos a atentados do mesmo tipo. Duas palavras são analisadas neste momento por especialistas: polarização e fanatismo. Os primeiros colocados nas pesquisas de intenção do votos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) já aderem ao uso do colete a prova de balas, para tentarem se proteger contra eventuais atentados.

A desembargadora Ivana David alerta sobre os riscos das aparições públicas dos pré-candidatos à Presidência da República.

“A gente percebe que estamos vivendo uma época muito tensa, como já vivemos. Nessa época eleitoral, os ânimos se tornam particulares. Então, por motivo pessoal se tem a possibilidade de agredir um eventual candidato. E isso só importa maior responsabilidade por exemplo do Ministério da Justiça, que tem como uma obrigação fazer a segurança desses pré-candidatos”, afirma.

A desembargadora lembra que a questão política inflama as pessoas e foge da esfera legal de respeito ao próximo. “A gente está vivendo um país que está muito áspero, muito polarizado, se discute muito, muita gente armada. Se mudou a lei de armamento, então, hoje, quem não tinha arma tem. Tem porque gosta e, mesmo com autorização, com licença, então você tem mais pessoas armadas e isso, logicamente, gera mais tensão e mais perigo. Qualquer pessoa que se coloque numa situação que chama atenção e que importe em debater, olhares diferentes, tintas diferentes, acaba se tornando um alvo, eventualmente, daquele que pensa diferente da sua visão, daquilo que ele defende. E, por isso, sempre corre risco”, diz.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) já vem usando colete a prova de balas há algum tempo, desde que sofreu um atentato a facada em Juiz de Fora, Minas Gerais, durante a campanha presidencial de 2018.

O autor da facada foi Adélio Bispo de Oliveira, que se aproximou do então candidato Bolsonaro quando ele era carregado nos ombros de apoiadores. Bolsonaro foi socorrido para a Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, sofreu lesões nos intestinos delgado e grosso e passou por uma cirurgia que durou cerca de duas horas.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também aderiu recentemente ao colete balístico, temendo ser alvo de opositores. A última aparição do ex-presidente Lula no Rio de Janeiro terminou com a prisão em flagrante de um apoiador de Bolsonaro.

Vestido com uma camisa preta e adesivos do PT colados no peito, André Stefano Alves de Brito, de 55 anosse infiltrou no meio da multidão e jogou um artefato com explosivo e fezes em direção ao comício de Lula.

As ações da Polícia Militar e de testemunhas foram fundamentais para a prisão em flagrante do homem. Levado à delegacia, André Stefano confessou o crime, mas voltou atrás sobre ser apoiador de Bolsonaro, como havia dito no momento da prisão. O homem, que quase foi linchado, disse não ter inclinação política e se negou a prestar depoimento.

Em outro evento do PT, em um hotel em São Paulo, o ex-presidente Lula foi surpreendido por apoiadores de Bolsonaro que xingaram o petista e o seu vice na chapa pela Presidência da República, Geraldo Alckmin (PSB). Eles foram contidos pela segurança do evento.

As hostilidades também recaem sobre o judiciário. O juiz Renato Borelli, que autorizou a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, teve o carro atacado enquanto dirigia em Brasília. Um objeto jogado contra o para-brisa do carro fez com que a visão do juiz ficasse comprometida enquanto dirigia. Mesmo assim, ele conseguiu controlar o carro e não se feriu.

Deu na Jovem Pan