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Vetos a leis de apoio à cultura podem cair, sinaliza Rodrigo Pacheco

 

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que os vetos presidenciais às leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo podem ser derrubados pelo Congresso.

Segundo ele, os temas em questão têm amplo apoio na Câmara e no Senado.

Pacheco fez questão de destacar que a aprovação de matérias pelos congressistas, a sanção ou veto do chefe do Executivo federal e a derrubada ou manutenção de vetos integram as funções constitucionais do regime democrático.

— Eu imagino que, pela força que esses projetos ganharam no âmbito do Congresso Nacional, a boa aceitação junto aos parlamentares, pode, sim, haver uma tendência pela derrubada do veto. Mas é algo também que não é uma decisão da presidência, mas da maioria dos senadores e deputados federais — garantiu o senador ao informar que haverá, sim, sessão do Congresso para votar vetos na próxima quinta-feira (12). A pauta, por ora, ainda não está definida.

Os vetos

Conforme registrou o Conexão Política, o presidente Jair Bolsonaro (PL) vetou integralmente a nova Lei Aldir Blanc. A decisão do mandatário foi publicada na edição desta quinta-feira (5) do Diário Oficial da União. Ao aplicar veto, o presidente alegou que o projeto é “inconstitucional e contraria ao interesse público”.

A União repassaria R$ 3 bilhões (anualmente) aos governos estaduais e municipais, por cinco anos. O montante deveria ser entregue por meio de uma única parcela. Essa foi a segunda lei de auxílio ao setor cultural a receber o nome do músico Aldir Blanc. A primeira destinou R$ 3 bilhões emergenciais a iniciativas de cultura durante o pico da pandemia.

Há um mês, Bolsonaro vetou outro projeto de lei destinado ao setor cultural. Nomeada de Lei Paulo Gustavo, ela propunha ao setor cultural o repasse de R$ 3,8 bilhões para o enfrentamento dos efeitos da pandemia da Covid-19.

Deu no Conexão Política

Cultura

Bolsonaro veta integralmente lei Aldir Blanc, que destinaria R$ 3 bilhões por ano à cultura

 

O presidente da República Jair Bolsonaro (PL) vetou integralmente a lei Aldir Blanc, que destinaria R$ 3 bilhões por ano até 2027 para o segmento da cultura. A decisão foi publicada no Diario Oficial da União (DOU) nesta quinta-feira, 5. O projeto de lei já havia sido aprovado pelo Senado Federal no dia 23 de março e visava a transferência de recursos a Estados e municípios, que seriam os responsáveis pela administração e financiamentos de projetos culturais.

Como argumento, Bolsonaro informou, no DOU, que a lei contraria o interesse público e que é inconstitucional. “Senhor Presidente do Senado Federal, comunico à Vossa Excelência que, nos termos previstos no § 1º do art. 66 da Constituição, decidi vetar integralmente, por contrariedade ao interesse público e inconstitucionalidade, o Projeto de Lei nº 1.518, de 2021, que ‘Institui a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura’”, inicia o texto do veto.

Ainda segundo o texto, a inconstitucionalidade da proposta estaria na não observância da Lei de Responsabilidade Fiscal, da Lei de Diretrizes Orçamentárias 2022 e do teto de gastos, “Tendo em vista que haveria a ampliação da despesa primária obrigatória, de natureza corrente, com duração de cinco exercícios financeiros, sem a apresentação das medidas de compensação em relação a aumento permanente de receita ou diminuição permanente de despesa, cujas fontes de financiamento propostas não garantiriam impacto neutro”. Dentre as fontes para bancar a lei Aldir Blanc, a proposta previa a utilização de recursos do superavit do Fundo Nacional da Cultura apurado em 31 de dezembro do ano anterior, provenientes da arrecadação da Loteria Federal da Cultura, que ainda deveria ser criada por outra lei específica, das aplicações em títulos públicos federais e ainda de subvenções e auxílios de entidades de qualquer natureza, incluindo organizações internacionais.

Deu na Jovem Pan