Saúde

Profissionais de saúde do RN fazem manifestação a favor do piso da enfermagem nesta quarta-feira

 

O ato a favor da implantação do piso salarial para os profissionais da enfermagem teve início na manhã desta quarta-feira (21), na praça 7 de setembro, na Cidade Alta, zona Leste de Natal. A movimentação começou com a participação de centenas de enfermeiros, técnicos e auxiliares que atuam em Natal e na Região Metropolitana. Durante 24h , a ação é seguida de uma paralisação de parte dos profissionais nos segmentos de saúde, tanto em hospitais e postos públicos, quanto privados.

Durante a manhã, são realizadas oficinas de confecção de cartazes, apresentações culturais e informes jurídicos. Membros da assessoria do Sindisaúde vão tirar dúvidas dos profissionais. A diretora da pasta de aposentados do Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação do Ensino Superior (SINTESTRN) e Técnica em Enfermagem, Celita Pessoa, reivindica a aplicação e mantimento do piso salarial. “Foi uma decepção muito grande, porque estávamos presentes em um ato na aprovação do piso e comemoramos bastante”, relembra.

A movimentação ocorre com palavras de ordem e, às 10h, ainda havia pessoas chegando ao ato. O presidente do Conselho Regional de Enfermagem (COREN), Manoel Egídio, enalteceu o protesto. “É um direito da classe trabalhadora, das formas de luta, já discutido, mais do que debatido”, afirma.

Parnamirim

A Secretaria Municipal de Saúde de Parnamirim, Região Metropolitana de Natal, comunicou que as unidades de saúde da cidade terão atendimento temporariamente reduzido nesta quarta-feira (21). Em nota, a pasta informou que a decisão ocorre em virtude do movimento nacional dos profissionais da enfermagem pela implementação do piso salarial da enfermagem.

Segundo a Secretaria, os atendimentos de urgência  e emergência serão mantidos com o mínimo obrigatório por lei, conforme acordo com solicitação feita junto a categoria.  Em Natal, a paralisação vai ocorrer o dia todo, a partir das 9h, na praça 7 de setembro, localizada no bairro Cidade Alta, Zona Leste de Natal. Enquanto que pela manhã, serão realizadas oficinas de cartazes, apresentações culturais e informes jurídicos, à tarde o tempo será dedicado ao ato público.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SindSaúde/RN), podem participar do ato tanto profissionais de enfermagem da rede pública quanto da privada. Mas, conforme adverte o Sindicato, pelo menos 30% desses profissionais precisam ser mantidos em serviços de alta e média complexidade nos hospitais, Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em seus postos de atuação.

Informações da Tribuna do Norte

Saúde

Fechamento do Hospital Ruy Pereira reflete na fila de pacientes que aguardam cirurgia vascular, diz Sindicato

 

Uma matéria do jornal Tribuna do Norte, publicada nesta terça-feira (26), denuncia que atualmente o Rio Grande do Norte tem uma fila de 147 pacientes que estão na espera por um procedimento vascular na rede pública do Estado.

Após o fechamento total, em 2021, do Hospital Ruy Pereira- unidade referência na realização de cirurgias vasculares e no tratamento de pessoas com doenças como “pé diabético”- o Hospital Central Coronel Pedro Germano (Hospital da PM) passou a atender com dificuldade essa demanda e hoje opera com sua capacidade máxima, que gira em torno de 25 a 30 leitos vasculares.

Em 2020, antes mesmo do fechamento total da unidade acontecer, o Sindsaúde/RN já denunciava que mesmo o Ruy Pereira tendo uma estrutura precária e insuficiente para atender a demanda, na época, de 280 mil pacientes diabéticos que dependem da rede pública de saúde, o fechamento da unidade deixaria a população potiguar ainda mais desassistida.

Dois anos depois, o cenário é exatamente esse: pacientes com início de necrose dos membros tendo que aguardar em casa o surgimento de uma vaga para realização da cirurgia. Em entrevista à Tribuna do Norte, José Leonilson, esposo de uma paciente que aguarda uma operação, relata: “ Ela sente dores 24 horas por dia, não dorme direito, não come direito. É um sofrimento grande e o medo é que a gente tenha que amputar a perna toda porque a necrose é muito rápida”.

Mesmo diante dos relatos sobre o sofrimento da população que necessita de tratamentos vasculares, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) segue negando a relação do fechamento do Hospital Ruy Pereira com o caso e Cipriano Maia, o titular da Sesap, chegou a afirmar em entrevista que, pelo contrário, a assistência melhorou após o encerramento do serviço. Infelizmente, as estatísticas e relatos provam o contrário.

Nós, do Sindsaúde/RN, seguimos repudiando toda e qualquer forma de ataque aos serviços e reiteramos nossa defesa por uma saúde pública e estatal que é um direito da população.

Deu na Tribuna do Norte