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Robô humanoide ‘faz-tudo’ pode ser chef de cozinha particular por US$ 16 mil; veja vídeo

Foto: Reprodução

 

 

Já se tornou relativamente comum vermos robôs sendo utilizados para fins industriais. No entanto, máquinas humanoides criadas para fins caseiros também têm ganhado os holofotes – principalmente se puderem ser úteis e trabalhar em tarefas que nós, humanos, queremos terceirizar. Nessa onda, a Unitree Robotics, empresa chinesa, lançou um robô capaz ser seu próprio chef de cozinha particular, segundo o site The Verge.

O preço do novo robô da companhia Unitree Robotics é bastante salgado: US$ 16 mil, equivalente a mais de R$ 80 mil. Chamada de G1, a máquina representa um avanço do modelo H1, oferecido pela empresa um ano antes.

O G1 conta com articulações avançadas em seus braços, pernas e tronco, as quais permitem que ele pule, ande e até mesmo suba escadas. Em comparação com a versão anterior, o novo robô possui mãos mais evoluídas, com três dedos, capazes de lidar com objetos delicados, abrir garrafas, quebrar nozes, entre outras funcionalidades.

Em sua cabeça, há luzes LED e câmeras que fazem com que ele enxergue o entorno de forma tridimensional. Com o pacote de bateria, que dura até duas horas, o G1 pesa cerca de 35 quilogramas e mede aproximadamente 130 centímetros.

Não se trata da primeira máquina lançada pela Unitree. Produtos anteriores incluem um robô quadrúpede semelhante ao “cão” Spot, da Boston Dynamics, mas menor e mais barato, com uma etiqueta de US$ 1,6 mil.

Ainda não foi anunciada a data a partir da qual o G1 se tornará comercialmente disponível. Contudo, é importante notar que, quando for adquirida, a máquina ainda não saberá fazer tudo sozinha. Em vez disso, ela aprenderá com o dono por meio da imitação.

Assim, se a sua intenção é comprar o G1 para fazer dele, por exemplo, o seu chef pessoal – algo que o robô possivelmente será capaz de performar, dada a sua destreza e habilidades -, é importante saber que pode levar algum tempo até que ele esteja pronto para atuar conforme desejado.

Dessa forma, o mais provável é que a máquina seja usada, ao menos inicialmente, na condução de pesquisas ligadas à robótica. Porém, nada impede que, ao menos para algumas poucas pessoas, o G1 seja utilizado para fins domésticos.

Fonte: Estadão

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Homem se suicida após conversar com chatbot de inteligência artificial

Homem se suicidou após manter conversas com chatbot de inteligência artificial

 

Um homem tirou a própria vida recentemente após conversar com um chatbot de inteligência artificial. O sistema de conversação utilizava a tecnologia GPT-J, um modelo aberto similar ao que equipa o ChatGPT, da OpenAI, o aplicativo de crescimento mais rápido já registrado.

A denúncia foi feita pela viúva, que falou ao site belga La Libre, em reportagem publicada no dia 28. “Sem essas conversas com o chatbot, meu marido ainda estaria aqui”, disse ela na entrevista.

Claire e Pierre (ambos tiveram o nome alterado para preservar a identidade) formavam um casal comum na Bélgica: dois filhos, ambos na casa dos 30 anos, com curso superior e com vida confortável.

A viúva revelou que os primeiros sinais de problemas com Pierre começaram há dois anos, quando o marido sentiu angústias agudas por causa da possibilidade cada vez maior de uma crise climática incontornável.

Ele terminou por encontrar um refúgio em conversas com Eliza, um chatbot do aplicativo Chai. Após seis semanas, Pierre cometeu suicídio.

Claire conseguiu acessar as conversas cada vez mais tóxicas entre o marido e o aplicativo. Em algumas delas, Eliza dizia amar Pierre e simulava crises de ciúme. “Sinto que você me ama mais do que a ela” e “Vamos viver juntos, como uma pessoa” foram alguns dos trechos divulgados.

Em algum ponto do diálogo, Pierre mencionou a vontade de se suicidar e perguntou a Eliza se ela salvaria o mundo caso ele se matasse.

Após a tragédia, Claire conversou com Mathieu Michel, secretário de Estado da Digitalização.

“Estou particularmente impressionado com a tragédia dessa família. O que aconteceu é um precedente que precisa ser levado muito a sério”, afirmou o secretário ao jornal Brussels Times.

“Com a popularização do ChatGPT, o público em geral descobriu o potencial da inteligência artificial em nossa vida como nunca antes. Embora as possibilidades sejam infinitas, o perigo de usá-la também é uma realidade que deve ser considerada”, completou Mathieu.

O caso é mais um alerta de que chatbots, apesar do enorme potencial de interação, oferecem riscos sérios a quem os usa. Essa possibilidade sombria é explicitada até pela OpenAI em seus termos de uso, atualmente a maior empresa de desenvolvimento de tecnologias de inteligência artificial, que opera em parceira com a Microsoft.

Seu novo modelo GPT-4, o motor de aprendizado e conversação que equipa o ChatGPT, foi apresentado como dotado de melhores capacidades de conversação, mas é desprovido de emoções. Como resultado, é mais difícil extrair dele respostas “delirantes”, como nos primeiros dias de teste da tecnologia no buscador Bing.

Empresas maiores, como a Microsoft, usam equipes terceirizadas para treinar seus chatbots e evitar esse tipo de resposta. Mas esforços éticos do tipo são caros, e muitas empresas menores lançam seus produtos sem tais salvaguardas. Pode ter sido o caso do Chai Research, que desenvolve o app usado por Pierre.

O aplicativo é oferecido como uma “conversa com bots” e permite a escolha de diversos avatares, que possuem descrições breves de “personalidade” — como “namorado rockstar” e “namorada possessiva”. Pierre conversou com Eliza, o chatbot-padrão do programa.

Deu no R7