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STTU ignora pedido dos empresários e descarta levar possível aumento de tarifa para discussão em Conselho de Mobilidade

 

A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana de Natal (STTU) convocou para a próxima quinta-feira (26) uma reunião do Conselho Municipal de Mobilidade, que é formado, entre outros membros, por representantes da prefeitura, dos usuários e dos operadores do sistema de transporte.

Apesar do pedido dos empresários, a reunião, no entanto, não vai tratar do possível reajuste nas tarifas do transporte. Em nota, a STTU destacou que a reunião vai discutir apenas as regras para distribuição para as empresas de uma verba federal que está em posse da gestão municipal.

A STTU vem adiando a discussão sobre o repasse dos recursos há pelo menos quatro meses. Em agosto, o Governo Federal repassou R$ 2,5 bilhões para estados e municípios transferirem para as empresas de ônibus para cobrir parte dos custos com o transporte gratuito de idosos. Natal recebeu cerca de R$ 10 milhões, mas até agora não efetuou o repasse. A justifica é que as regras de partilha entre as empresas precisam ser definidas.

Tarifa

Em nota à imprensa, a STTU confirma ter recebido das empresas de ônibus um pedido para que inclua na pauta do Conselho Municipal de Mobilidade a questão do possível reajuste tarifário. “Mas, conforme já esclarecido, este assunto não será tratado na próxima reunião do Conselho”, afirma a secretaria.

As empresas alegam que estão com dificuldade financeira para fechar as contas. Alegam que o número de passageiros no sistema de transporte vem caindo, ao mesmo tempo em que sobem custos de operação, como combustíveis e salários de motoristas e cobradores. A tarifa é a mesma desde maio de 2019, quando a passagem foi fixada em R$ 4,00.

O último reajuste tarifário apreciado no conselho, passando a passagem para R$ 4,25, foi em 28 de fevereiro de 2020. Na época, o prefeito de Natal, Álvaro Dias (PSDB), vetou o aumento.

Os empresários têm solicitado aumento de tarifa para R$ 4,85 ou o pagamento de um subsídio para arcar com parte dos custos. Para isso, cobram que a prefeitura divulgue a planilha tarifária atualizada.

Deu no Portal da 98

Economia

Taxas extras da conta de luz terão reajuste de até 63,7% em julho

 

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (21), os novos valores de bandeira tarifária, montante que é cobrado de forma adicional na conta de luz de acordo com as dificuldades de geração de energia, e quando é necessário acionar usinas termoelétricas.

Os aumentos irão de 3,2% a 63,7%, nos valores das bandeiras tarifárias amarela e vermelha 1.

Os aumentos não encarecerão as contas de luz porque, desde abril, a bandeira tarifária está verde, quando não ocorre cobrança adicional. Os valores entrarão em vigor em 1º de julho e serão revisados em meados de 2023.

Segundo a Aneel, a alta reflete a inflação e o maior custo com as usinas termelétricas em 2022, acionadas em momentos de crise hídrica.

A proposta estabelece o valor da bandeira amarela terá aumento de 59,5%, de R$ 1,874 a cada 100 quilowatts (kWh) consumidos para R$ 2,989. Já a bandeira vermelha 1 vai de R$ 3,971 para R$ 6,500 a cada 100 kWh, alta de 63,7%.

O patamar mais caro da bandeira, a vermelha 2, passou de R$ 9,492 a cada 100 kWh para 9,795, aumento de 3,2%.

A diretora-geral interina Camila Bonfim ressaltou que, apesar dos aumentos, os patamares seguem abaixo da chamada bandeira “Escassez Hídrica” que foi adotada entre agosto de 2021 e abril deste ano para bancar os altos custos de geração diante da escassez hídrica vivenciada no período.

O patamar extraordinário resultou em cobrança extra de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos.

Ela ressaltou ainda que a definição dos valores não significa sua aplicação imediata uma vez que a bandeira tarifária é definida mensalmente pela agência reguladora. Desde 16 de abril, vigora no Brasil a bandeira verde, quando foi antecipado o fim da bandeira de escassez hídrica.

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a bandeira verde será mantida até dezembro, por causa da recuperação dos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas no início do ano.

Apesar da sugestão feita por distribuidoras de energia de criação de maneira permanente de uma bandeira tarifária para situações extremas, conforme mostrou o Broadcast Energia, a agência decidiu, neste momento, apenas revisar os valores de cada uma das bandeiras.

O diretor Ricardo Tili sugeriu, no entanto, que a agência aproveite a “calmaria” que deve haver sobre o tema considerando as boas condições climáticas para que a metodologia das bandeiras tarifárias seja estudada mais a fundo.

Informações da Tribuna do Norte