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Professor é afastado de coral da Escola de Música da UFRN após denúncias de assédio

 

Um professor substituto da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) foi afastado das atividades no coral Madrigal, da Escola de Música da instituição, após uma série de denúncias de assédio sexual e moral, realizadas por estudantes universitárias.

Por meio de nota, a universidade afirmou que abriu uma Investigação Preliminar Sumária (IPS), para coleta de informações. A apuração tem prazo de 180 dias e pode resultar na instauração de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), arquivamento ou assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta.

“O afastamento temporário das atividades do Madrigal – onde ocorreram as denúncias – foi uma decisão da Escola de Música, para preservar as pessoas envolvidas”, informou a reitoria.

Ainda de acordo com a instituição, o afastamento definitivo ou qualquer medida punitiva só podem ser aplicados após Processo Administrativo Disciplinar transitado em julgado, “respeitado o direito de defesa e do contraditório previsto na Constituição Federal e legislação complementar”.

A coordenadora do Diretório Geral dos Estudantes (DCE) da UFRN, Maria Eduarda Catunda, afirmou que os estudantes cobram a demissão do professor.

“Nós queremos muito mais do que isso. Não apenas o afastamento, mas a exoneração. Que haja uma consequência prática, real, que vá para o Ministério Público, enfim, que a gente consiga de fato dar uma punição adequada a essa atitude tão inaceitável para um ambiente como esse e qualquer outro ambiente. Sem mais a UFRN estar acobertando, encobrindo esses casos de assédio”, afirma.

Denúncias

Os casos vieram a público após a publicação de uma nota do DCE da UFRN, em apoio às estudantes. Os alunos também realizaram protesto cobrando medidas contra casos de assédio na instituição.

O Madrigal retornou às atividades em abril de 2022, após a suspensão por causa da pandemia da Covid-19. “Infelizmente, esse retorno veio acompanhado de diversos casos de assédio direcionados especialmente às mulheres do coral. O professor substituto (maestro do coral), que já foi denunciado na Ouvidoria da UFRN por assédios morais e sexuais em 2018, vem perseguindo cerca de 5 coralistas”, afirmou o DCE.

“São mais de 6 denúncias institucionalizadas e 10 informais contra o mesmo professor que não foram pra frente pois hoje a UFRN não tem uma política de anti-assédio que formalize no amparo às vítimas, e sim no acobertamento dos assediadores.”, disse o diretório.

Após a repercussão das denúncias, a reitoria da universidade realizou uma reunião com as estudantes na última terça-feira (26), quando o reitor em exercício da UFRN, Henio Ferreira de Miranda, comunicou ao Conselho Universitário (Consuni), as medidas referentes às acusações de assédio no âmbito da Instituição de Ensino.

Como funciona a investigação

Segundo a UFRN, as manifestações oficializadas são encaminhadas à autoridade universitária competente.

Em seguida, há a abertura de procedimentos investigatórios, onde são apreciados depoimentos, além de possíveis documentos e provas admitidas pelo direito brasileiro.

Por fim, a comissão conclui pela aplicação de penalidade ou pelo arquivamento da apuração.

Estudantes cobram outras medidas

Segundo a coordenadora do DCE, Maria Eduarda, os estudantes cobram reformulação das campanhas de assédio informando instâncias para denúncia, além de conscientização dos estudantes, professores e servidores.

Outro ponto, segundo ela, é a segurança do campus e nos ônibus circulares, com ampliação da iluminação dos espaços públicos, para que as estudantes se sintam mais seguras.

Deu no G1

Educação

Professores começam a dar aulas remotas na UFRN por aumento dos casos de Covid-19

Foto: Reprodução

Professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) começaram a cancelar aulas por conta do aumento recente no número de casos de Covid-19.

Alunos de Jornalismo que estudam Inglês para Fins Acadêmicos já tiveram que retomar ao modelo remoto em, pelo menos, uma aula, por conta da professoras estar com suspeita da contaminação do vírus.

Na última terça-feira (7), o Governo do Rio Grande do Norte publicou uma portaria para recomendar o uso de máscaras de proteção em ambientes fechados. O texto cita transportes públicos, locais para a prestação de serviços de saúde, ambientes de trabalho e escolas.

A recomendação acontece em meio ao aumento do registro de casos nos últimos dias. Apenas entre os dias 20 de maio e 5 de junho, foram notificados 3.152 casos confirmados de Covid-19 no estado, conforme os boletins epidemiológicos da Sesap.

Além do retorno das máscaras, a portaria recomendou, também, a conclusão do esquema vacinal contra a Covid-19, incluindo a primeira e segunda doses de reforço para o público prioritário. De acordo com o texto, esta medida confere ao indivíduo menor risco de infecção.

Com informações da 96 FM

Educação

Aluno se recusa a usar máscara e Professor da UFRN encerra aula

 

 

A notícia que movimentou o Departamento de Comunicação Social da UFRN ontem à noite (7), foi a “confusão” entre o professor Daniel Dantas e o estudante de Jornalismo Marcelo Nascimento, após o aluno se recusar a usar a máscara dentro de sala e o docente ter encerrado a aula por esse motivo.

Em contato com o professor Daniel, que estava ministrando a aula de ‘Comunicação Integrada”, ele falou que não houve discussão e que a decisão de encerrar a aula foi seguindo a portaria da Universidade, onde é obrigatório o uso de máscaras, independente de decretos municipais ou estaduais, pois a instituição é uma autarquia.

“Então, a UFRN mantém ainda a obrigatoriedade de máscaras em todos os seus ambientes. E quando ontem eu comecei a aula, logo depois o aluno em questão, o Marcelo, ele chegou um pouquinho atrasado e eu esperei ele sentar porque achei que ele fosse colocar a máscara, já que era o único aluno sem máscara na sala. Quando eu solicitei que pusesse a máscara, ele respondeu dizendo que não faria, alegando que seria o direito de ficar sem máscara por causa do que diz o decreto estadual.” conta o professor.

Além disso, Daniel fala que os outros estudantes presentes na sala tentaram convencer o colega a colocar o EPI, porém, Marcelo teria recusado de todas as maneiras. O professor pediu que o aluno se retirasse da sala e fosse na coordenação reclamar sobre o fato, mas ele continuou presente no ambiente sem usar a máscara, o que fez o docente terminar a disciplina mais cedo para não acontecer uma maior discussão.

“Para evitar que a situação saísse de controle, que a discussão aumentasse muito, eu achei melhor encerrar a aula e tive o apoio do departamento. Eu não ia chamar o segurança para tirar ele da sala. Então nós encerramos a aula e notifiquei a universidade sobre o que aconteceu e caberá a ela então nas instâncias administrativas tomar as disposições devidas a esse respeito.” disse Daniel Dantas.

Por último, o professor ainda relatou que não houve nenhum embate acalorado com o estudante: “O que foi mais tranquilo em relação a tudo isso foi o fato de que eu e o Marcelo saímos de boa na sala conversando, fomos até a coordenação do curso conversando sem nenhum tipo de confusão. Ninguém alterou o tom de voz ninguém e se exaltou porque estávamos lidando com regra institucional, não era uma questão pessoal com ele.”

O assunto será resolvido no ambiente institucional junto à chefia do departamento e na ouvidoria da Universidade. O protocolo de biossegurança da UFRN possui o tópico ‘Regras de conduta’, no qual as regras presentes nele deverão ser realizadas por todos que tiverem acesso aos campi ou estejam a serviço da UFRN, uma delas é o uso das máscaras nos ambientes internos e externos da Instituição Federal.

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte emitiu uma nota sobre o assunto:

“O Supremo Tribunal Federal reconheceu que as universidades federais têm autonomia para decidir sobre medidas a serem adotadas para as atividades presenciais. O Protocolo de Biossegurança da UFRN, que está na terceira versão, prevê o uso de máscaras e passaporte vacinal. Logo que foi publicado o decreto do Governo do Estado do RN, que faculta o uso de máscaras de proteção facial, o Comitê COVID-19 da UFRN foi consultado. Uma nova atualização do Protocolo dependerá de posicionamento do Comitê.”

Deu no Novo Notícias