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Não há possibilidade de privatização da Petrobras, diz deputado do PT

Não há possibilidade de privatização da Petrobras, diz deputado do PT

 

O deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que compõe a equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou, nesta sexta-feira (2), que não há possibilidade da Petrobras ser privatizada durante o novo governo.

Em entrevista à CNN, o integrante do grupo técnico (GT) de Infraestrutura disse que “não passa perto do nosso planejamento a possibilidade de continuar avançando [com a Petrobras] em um processo de privatizações”.

“Pelo contrário, queremos aumentar o nível de investimentos. Reduzimos muito a capacidade de investimento na Petrobras”, argumentou.

Informações da CNN Brasil.

Economia

Ministro de Minas e Energia defende privatização da Petrobras mesmo com melhora financeira: “É poder demais”

 

Adolfo Sachsida, ministro de Minas e Energia, participou do programa ‘Direto ao Ponto‘ desta segunda-feira, 1º, e falou sobre os projetos do governo, diminuição do preço de combustíveis e Petrobras.

A empresa, inclusive, foi o assunto mais pautado da entrevista e, ao ser questionado do porquê defende a privatização mesmo com o recente recorde de dividendos, o ministro foi claro.

“Será que se a Petrobras fosse de rede privada, o CADE seria tão bondoso assim? Imagina uma empresa controlando 85% do mercado brasileiro? Estaríamos tão calmos assim? Então o fato de ser estatal, gera certa acomodação nos órgãos do governo. Não é natural uma empresa desse tamanho não estar sendo obrigada a se desfazer de refinarias ou de algumas coisas, porque é um poder de mercado muito grande. A Petrobras agora está dando lucro e vamos levá-la ao mercado porque, na minha leitura, eu adoro a ideia de que o ‘poder corrompe’. A Petrobras é poder demais, isso tem que ser pulverizado, tem que estar no mercado de ações, mercado de capitais, o controle tem que estar decentralizado, tem que ter competição para evitar que um próximo governo use essa máquina e gerar de novo um prejuízo enorme para o Brasil. Porque essa conta no final do dia é paga com impostos”, disparou.

Segundo ele, esse processo de privatização levaria três anos.

Informações da Jovem Pan

Economia

Conselho do PPI aprova incluir Petrobras em estudos para privatização

Foto: André Ribeiro/Agência Petrobras

O Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI) aprovou a resolução que recomenda a edição de um decreto pelo presidente Jair Bolsonaro para permitir o início de estudos sobre a privatização da Petrobras.

A inclusão oficial da Petrobras no PPI só pode ser feita depois do decreto. Um comitê interministerial, formado pelos Ministérios da Economia e de Minas e Energia, se encarregará dos estudos, tanto sobre a desestatização da Petrobras como sobre a venda dos contratos da PPSA, estatal que gere a comercialização do petróleo extraído da camada pré-sal.

Segundo o secretário especial do PPI, Bruno Westin Leal, a recomendação aprovada hoje não significa a inclusão da Petrobras no Plano Nacional de Desestatização (PND). Isso porque a entrada da petroleira no PND necessita de aprovação de projeto de lei ou de medida provisória pelo Congresso Nacional.

“Não temos nenhum prazo definido para o envio de projeto [sobre a Petrobras]”, declarou Westin. “De forma objetiva, não há horizonte”, acrescentou o secretário, ao ser perguntado sobre prazos para a conclusão dos estudos e de uma eventual privatização.

Em relação à PPSA, o secretário especial de Desestatização do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, esclareceu que o governo não pretende privatizar a estatal, que, nas palavras dele, “não tem valor em si mesma. Segundo ele, a União quer vender os direitos de receber os valores dos contratos sob regime de partilha. “Como isso vai acontecer, é objeto dos estudos”, declarou.

Apesar de o governo não confirmar prazos para uma eventual privatização da Petrobras, Mac Cord disse que a venda da companhia para a iniciativa privada estimularia o investimento privado, num momento em que o planeta passa por uma transição energética. Ele também avaliou que uma possível privatização aumentaria a competitividade.

“Desde a década de 1940, quando se decidiu por um modelo estatal, concentrou-se o setor de petróleo em uma empresa. Ao longo dos estudos, vamos verificar como o aumento de competição poderá acontecer. O importante é, com 70 anos de atraso, conseguirmos propiciar um ambiente competitivo”, comentou Mac Cord.

Na reunião de hoje, o Conselho do PPI aprovou o arrendamento de mais quatro terminais portuários: em Porto Alegre, São Francisco do Sul (SC), Itaguaí (RJ) e Vila do Conde (PA). O órgão também aprovou as relicitações da BR-163 em Mato Grosso e do aeroporto do Galeão (RJ), cujas concessões estão sendo devolvidas ao governo. Nesses dois casos, os estudos para definir o modelo dos leilões ainda precisam ser feitos.

Perspectivas

O Conselho do PPI também apresentou um balanço das atividades do órgão nos últimos três anos e atualizou a carteira de leilões para 2022. Até o fim do ano, o governo quer leiloar mais de 90 ativos à iniciativa privada, que resultarão em investimentos privados de quase R$ 190 bilhões.

O governo aposta na concessão do Aeroporto de Congonhas (SP) e de mais 14 aeroportos, aprovada ontem (2) pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O Conselho do PPI também destaca o leilão de três lotes de rodovias no Paraná e dois leilões de linhas de transmissão de energia.

Ainda em 2022, o governo quer leiloar dez parcerias público-privadas (PPPs) de iluminação pública, em cidades como Curitiba, Camaçari (BA), Nova Iguaçu (RJ) e Colatina (ES). A lista do PPI para este ano também abrange três projetos de resíduos sólidos até o fim do ano: em Teresina, Bauru (SP) e Consórcio Comares (CE).

O grande destaque deste ano, segundo o Conselho do PPI, será a privatização da Eletrobras, que, diferentemente de um leilão direto, se dará por meio de um programa de diluição de ações. Nesse modelo, a União reduzirá a participação na companhia de pouco mais de 70% para, no máximo, 45%.

Balanço

O Conselho do PPI divulgou um balanço das atividades nos últimos três anos. Segundo o órgão, foram leiloados 150 projetos de janeiro de 2019 a maio deste ano, que resultaram na contratação de R$ 865,7 bilhões em investimentos privados e renderam R$ 149,5 bilhões em receitas de outorgas para o governo.

Apenas neste ano, foram leiloados 19 projetos, que resultaram em R$ 29,5 bilhões na contratação de investimentos privados e na arrecadação de quase R$ 2 bilhões em outorgas. Segundo o secretário especial Bruno Westin Leal, o grande destaque foi a venda da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), a primeira companhia do tipo totalmente privatizada.

Com informações da Agência Brasil

Economia

Bolsonaro prevê que privatização da Petrobras pode levar quatro anos, ‘se tudo der certo’

 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) demonstrou irritação com a política de preços da Petrobras e voltou a falar na privatização da empresa, com o aviso de que seria um processo longo e demorado. Segundo o presidente, o governo pretende trocar a presidência da Petrobras para revelar o que disse ser uma ‘caixa-preta’, já que não tem conseguido agir para evitar os aumentos de preços de combustíveis como óleo diesel e gasolina apesar de ser o maior acionista.

“A Petrobras no momento não tem qualquer responsabilidade e quer mais é arrancar dinheiro do povo. Quanto mais caro está o combustível, mais eles ganham, mais eles pagam para os acionistas, mais eles mandam para fora do Brasil”, afirmou Bolsonaro em entrevista à RedeTV.

O mandatário previu que a privatização poderia levar quatro anos para ser concretizada; o processo ainda não foi formalmente iniciado. “Olha, a privatização na Petrobras, se der tudo certo, vai levar quatro anos. Logicamente, vai ser um negócio complicado. O que não pode é a Petrobras ser uma semiestatal e com monopólio no Brasil. Aí não dá. Eles decidem lá, ‘vou aumentar hoje a noite o diesel’ e aumenta hoje a noite o diesel. Não quer nem saber”, criticou. Bolsonaro também comparou com o aumento de 15% nos planos de saúde individual e familiar, permitido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) na semana passada.

“Aumentar 15% o plano de saúde… tinha que falar um palavrão aqui, não vou falar. Não é justo. Mas passa lá pela ANS. A Petrobras não passa por mim. Ela é praticamente autônoma agora. O que estamos tentando fazer agora via o Ministério de Minas e Energia, que foi trocado o ministro. Ele quer colocar o novo presidente da Petrobras para botar uma nova diretoria, para que os números da Petrobras sejam expostos à opinião pública e não ser uma praticamente uma caixa preta como é hoje em dia”, disse.

Economia

Arthur Lira diz que Petrobras não tem função social: ‘ou privatiza ou toma medidas mais duras’

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), voltou a tecer duras críticas ao atual cenário do país envolvendo a Petrobras.

Nesta sexta-feira (27), em entrevista à Rádio Bandeirantes, Lira defendeu a privatização da estatal. Ele argumenta que a companhia registra lucros abusivos e, principalmente, não cumpre função social.

— Nós temos informações de que todas as petrolíferas mundiais, privadas ou públicas, têm tido a sensibilidade de abrir mão de parte dos seus lucros abusivos para ou bancar subsídios diretos, ou congelar seus preços, ou fazer algum ato direto para a população. A Petrobras no Brasil é um ser vivo independente, que não tem função social, que não tem função estruturante. Então nessa esteira, ou a gente privatiza essa empresa, ou toma medidas mais duras. Ela não está cuidando do nome da empresa, porque todo desgaste da Petrobras não vai para a Petrobras. Todo o desgaste vai para o governo federal.

Em tom incisivo, o alagoano diz que é necessário tomar medidas mais duras em torno deste assunto. A polarização eleitoral, em sua avaliação, deve atrapalhar ainda mais o andamento da privatização da empresa.

— Você imagina num Brasil polarizado e cheio de versões como a gente vive, você votar uma PEC hoje de privatização da Petrobras. Então uma privatização completa, eu acho que o tempo talvez seja inadequado, muito pouco — prosseguiu.

Uma alternativa viável para ‘aliviar’ a pressão sobre o governo, na visão do parlamentar, seria permitir a venda de ações da petroleira que estão sob controle do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Lira destacou ainda que a urgência da pauta deve ser imposta quantas vezes for preciso, visando atender com prontidão os  interesses da população.

— O governo pode, por um projeto de lei ou numa discussão mais rápida, vender as ações que tem no BNDES, em torno de 14%. Ele deixaria de ser majoritário. Ele tiraria das suas costas essa responsabilidade da falta de sensibilidade da Petrobras — acrescentou o presidente da Câmara.

Economia

Adolfo Sachsida afirma que privatização da Petrobras será ‘libertação contra monopólios’

 

Em seu primeiro ato como chefe do Ministério de Minas e Energia, Adolfo Sachsida apresentou nesta quinta-feira (12) um documento que solicita formalmente ao Ministério da Economia a realização de estudos para a desestatização da Petrobras e do PPSA (Pré-Sal Petróleo).

O ofício foi entregue pessoalmente a Paulo Guedes, que prometeu “dar sequência” ao pedido.

A privatização de ambas as estatais é um desejo antigo de Guedes. A proposta nunca foi para frente porque encontrava resistência em setores ligados à ala militar na antiga gestão do almirante Bento Albuquerque.

“Espero que no período mais rápido de tempo possível nós tenhamos essa resolução pronta e levamos para o presidente Jair Bolsonaro assinar esse decreto e começar esse processo aguardado pelo povo brasileiro. É a libertação do povo brasileiro contra os monopólios”, declarou Sachsida em entrevista coletiva.

Ao ser questionado sobre o prazo para a análise técnica ficar pronta, o ministro da Economia respondeu que os estudos começarão imediatamente.

“O ministro de Minas e Energia me entrega isso hoje e eu encaminho imediatamente para a Secretaria Especial do PPI para que ela faça uma resolução e inicie os estudos. Isso deve ser feito hoje mesmo e nós vamos dar sequência aos estudos para a PPSA e depois então o caso da Petrobras”, avaliou Guedes.

Deu no Conexão Política

Economia

‘Petrobras privatizada oferecerá melhores serviços ao país’, defende Maílson da Nobrega

 

O ex-ministro da Fazenda Maílson da Nobrega considera positiva a proposta do novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, de defender a privatização da Petrobras. No entanto, embora seja “100% favorável” à desestatização, o economista descartou que o certame possa acontecer ainda neste governo. “O novo ministro de Minas e Energia anunciou que haverá a privatização da Petrobras, mas acho que é impossível faltando menos de oito meses [para o fim do governo]. Mas privatizada, a Petrobras oferecerá melhores serviços ao país e com grande eficiência e levará a redução dos preços do petróleo“, ponderou Maílson, que também explicou as dificuldades para andamento da proposta. “É um processo complexo e vai exigir um modelo, porque não pode sair de um monopólio e entrar em outro. É um processo que pode levar no mínimo três anos de trabalho.

Outra dificuldade apontada pelo ex-ministro é o apoio popular. Segundo ele, pesquisa do Instituto Datafolha apontou que 69% dos brasileiros são contra a desestatização da Petrobras, o que mostra, na visão de Maílson, que a sociedade brasileira “não comprou” a proposta. “A sociedade brasileira desconfia do lucro. Então é um trabalho que os líderes vão ter que fazer para educar os eleitores que a privatização vai gerar mais benefícios”, mencionou. Maílson da Nobrega também defendeu a posição do presidente Jair Bolsonaro de não interferir na política de preços da estatal, apesar da pressão pelos sucessivos aumentos dos combustíveis. “A Petrobras está blindada da interferência dos Poderes, tem um bom esquema de operação do trabalho dela na produção, de refinaria e comercialização dos combustíveis”, completou.

inda a respeito dos combustíveis, o economista defendeu a adoção de uma alíquota única do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), embora considere que o imposto “não tenha salvação e esteja condenado”. “Seja porque ficou bagunçado demais e não tem coordenação ou seja porque a base tributária, que são os bens, está encolhendo”, citou Maílson. Na visão do ex-ministro da Fazenda, para resolver o atual cenário do país, o Brasil deve caminhar para fundir tributos, ação que passaria pela aprovação da PEC 45 e PEC 110, base da reforma tributária. “Não há no mundo nada parecido. Temos cinco tributos sobre o consumo das famílias, das empresas: três do governo federal, um dos Estados e um nos municípios. E nos Estados, o ICMS, é o mais caótico. […] O próximo governo, sem quem for o governo, vai levar à frente essa reforma tributária. É o ponto mais importante hoje do cenário para fazer economia voltar a crescer”, finalizou.

Deu na Jovem Pan

Economia

TCU suspende análise da privatização da Eletrobras

 

Em derrota ao governo do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), o Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu o julgamento da segunda etapa da privatização da Eletrobras por 20 dias, após pedido de vista (mais tempo para análise) apresentado pelo ministro Vital do Rêgo. Com a decisão, o processo só deve voltar à pauta no dia 11 de maio, o que inviabiliza os planos do governo de realizar a operação até 13 de maio.

Vital do Rêgo, no entanto, solicitou vista inicialmente por 60 dias, conforme havia adiantado ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) pela manhã. Durante o julgamento, no entanto, ele cedeu ao apelo dos demais ministros e aceitou reduzir o prazo para, no máximo, 20 dias.

Mesmo com o recuo do ministro, não será possível que o governo realize a operação no próximo mês. Para concluir a venda dentro do cronograma, o pedido de vista não poderia ser superior a sete dias, o que não foi possível, mesmo com a pressão do governo. O ministro Jorge Oliveira, que foi indicado por Bolsonaro ao TCU, sugeriu reduzir para sete, como queria o governo, mas houve questionamentos sobre o regimento do órgão.

O Executivo avaliava que havia uma janela de oportunidade para vender a empresa até o dia 13 de maio. Passado esse período, membros do governo dizem que a operação ficaria inviabilizada, dada a proximidade do período eleitoral, que poderia contaminar a desestatização. Esse argumento foi rechaçado por alguns ministros do TCU, que o consideraram “falacioso”.

“O investidor aceitaria comprar a Eletrobras na primeira semana de junho e não na última de julho? Parece um argumento traçado para jogar sobre o Tribunal o peso da opinião pública”, questionou o ministro Bruno Dantas, que afirmou poucas vezes ter sentido uma “tentativa de pressionar o Tribunal de forma tão avassaladora”.

Potência

O julgamento começou com a apresentação do voto do ministro-relator, Aroldo Cedraz, o único que analisou o mérito do processo. Ele identificou inconsistências na segunda etapa da privatização, que analisa a modelagem e o novo modelo societário da empresa. Ele propôs que a área técnica do órgão avalie os impactos futuros de venda de potência de energia pela Eletrobras

Cedraz também votou para que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável pela modelagem da privatização, revise as premissas de receitas da empresa. Ele afirmou que os estudos apresentados pela instituição financeira sobre as receitas operacionais da estatal do setor elétrico “não têm sustentação”.

Até o fechamento da matéria, o Ministério da Economia e o Ministério de Minas e Energia não se manifestaram sobre o adiamento do julgamento pelo TCU.

Economia

Privatização da Petrobras não está prevista neste mandato, diz Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, descartou nessa terça-feira (29) uma eventual privatização da Petrobras “neste mandato”. Em entrevista coletiva na embaixada brasileira em Paris, ele comentou a troca de presidente da estatal e minimizou o impacto da medida sobre a companhia.

“O presidente [Jair Bolsonaro] disse expressamente que não privatizaria a Petrobras neste mandato, o primeiro mandato. Nunca disse nada sobre o segundo mandato”, declarou Guedes. Ele se disse pessoalmente favorável à privatização da petroleira, mas afirmou que a decisão final cabe ao presidente da República.

“Quando penso em Petrobras, penso que a gente deveria privatizar a Petrobras, mas eu não tenho votos. Sou só um ministro da Economia. Eu não tenho nada a comentar sobre a Petrobras”, disse Guedes. Ele acrescentou que o único nome indicado por ele para comandar a estatal foi o do economista Roberto Castello Branco, que presidiu a companhia de janeiro de 2019 a fevereiro de 2021.

Em relação à troca do general da reserva Joaquim Silva e Luna pelo economista Adriano Pires na presidência da Petrobras, o ministro disse que a mudança não deverá ter consequências práticas sobre a gestão da empresa. “Não acho que essa mudança seja um fator importante, não mesmo. Não espero que tenha efeitos reais”, comentou.

Durante a entrevista, Guedes prometeu executar outras privatizações até o fim do ano, como a da Eletrobras e a dos Correios, além de avançar com concessões de portos e dos aeroportos do Galeão, de Santos Dumont e de Congonhas.

Agência Brasil

Economia

“Petrobras não está na lista de privatização, pelo menos neste mandato”, diz Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira (7) que a Petrobras não está na lista de privatizações do governo de Jair Bolsonaro, ao menos neste mandato.

“A Petrobras não está na lista de privatização, pelo menos nesse 1º governo”, disse Guedes, ao falar para investidores no GZERO Summit LatAm 2021.

O ministro disse que recebeu autorização do presidente Jair Bolsonaro para privatizar Correios, Eletrobras e subsidiárias da Petrobras que não estão no negócio principal da empresa neste governo. O aval não se estendeu à petroleira.

Bolsonaro, no entanto, falou da intenção de privatizar a Petrobras nas últimas semanas, em meio à alta dos preços dos combustíveis. “Estamos buscando uma maneira, da nossa parte, de ficar livre da Petrobras. Quem sabe aí partir para a privatização”, afirmou o presidente no início de novembro.

Guedes defende as privatizações e diz que o governo poderia usar os recursos arrecadados com a medida para abater a dívida pública e ajudar os mais pobres. Nesta 3ª (7.dez), falou ainda que a redução da pobreza deve ser um tema importante na campanha eleitoral de 2022.

“A opinião pública no Brasil está pronta para entender que o ciclo das grandes estatais acabou”, afirmou o ministro.

O czar da Economia disse que o governo de Jair Bolsonaro foi construído com base em uma aliança política de conservadores e liberais que deve ser mantida nas eleições de 2022. Para ele, é preciso terminar o trabalho liberal que foi iniciado em 2019 e interrompido pela covid-19, com reformas, privatizações e abertura da economia, sem abandonar os programas sociais.

Na conversa com investidores, Guedes também disse que está confiante no avanço das privatizações da Eletrobras e dos Correios em 2022. Disse ainda que não ficaria surpreso se houvesse avanços nas reformas econômicas, mesmo no ano eleitoral. O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), disse ao Poder360, no entanto, que as reformas tributária e administrativa devem ficar para depois das eleições.

Poder 360