Política

Bolsonaro faz referência a Lula e diz que esquerda quer colocar no poder ‘uma pessoa que já não deu certo’

 

Me acusam de ser ditador, mas quero eleições limpas', diz Bolsonaro - Notícias - R7 Brasília

 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou do evento de posse de Daniella Marques na presidência da Caixa Econômica Federal e, no local, fez referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e afirmou que a esquerda busca colocar no poder alguém que ‘já não deu certo’ no comando do Palácio do Planalto. “É isso que querem novamente? Às vezes desabafo em casa: podia estar na praia”, desabafou. O mandatário também questionou o mantra de ‘todo poder emana do povo’.

Segundo o chefe do Executivo, o povo cubano e venezuelano não exercem poder sobre seus líderes políticos. “O poder emana do povo se ele escolher corretamente os seus governantes e esses agirem dentro das quatro linhas da Constituição, se não vira um caos”, disse.

O comandante do Planalto também defendeu seu governo e argumentou que sua gestão precisou enfrentar uma pandemia que durou dois anos e meio e, mesmo assim, conseguiu melhores resultados econômicos do que no biênio 2014-2016 em que houve uma “recessão da corrupção”. “Guedes e sua equipe só puderam fazer o que fizeram porque tinham liberdade”, acrescentou.

A cerimônia em que Bolsonaro esteve presente marcou o início da gestão de Daniella Marques à frente da Caixa. A mudança ocorre após a saída de Pedro Guimarães, ex-presidente do banco estatal, acusado de assédio moral e sexual.

Com informações da Jovem Pan

Judiciário

TCU abre investigação sobre denúncias de assédio sexual contra Pedro Guimarães

Ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães

Ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães

O TCU (Tribunal de Contas da União) abriu procedimento para investigar as denúncias de crimes de assédio sexual e moral que teriam sido cometidos por Pedro Guimarães, ex-presidente da Caixa. A apuração foi aberta após representação do Ministério Público junto ao TCU (MPTCU) feita no último dia 30. Guimarães deixou a presidência do banco no dia 29, depois de diversas denúncias serem relatadas por funcionárias do banco.

O pedido do MPTCU foi assinado pelo subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado. No documento, ele afirma que os fatos denunciados são de extrema gravidade. De acordo com o subprocurador, as denúncias sugerem que a conduta de Guimarães foi “reprovável e incompatível com o exercício de presidente de uma das mais importantes instituições financeiras estatais”.

Rocha ainda afirmou que “o assédio sexual e moral contamina o ambiente de trabalho tanto nas empresas privadas como na administração pública”. “Quando praticado no âmbito da administração pública, o assédio gera a percepção, na sociedade, de que as instituições estatais não se pautam em valores morais nem são conduzidas segundo elevados padrões de conduta”, disse o subprocurador.

De acordo com as denúncias, Guimarães teria assediado funcionárias do banco em eventos e viagens de trabalho, especialmente em ações do Caixa Mais Brasil, programa criado pelo governo federal para dar visibilidade à Caixa em todo o país. Há denúncias de aproximação física e toques indesejados.

Investigações foram abertas no MPF (Ministério Público Federal) e no MPT (Ministério Público do Trabalho), que também iniciou uma apuração sobre suspeita de assédio moral.

Com informações do R7

Notícias

Pedro Guimarães pede demissão da Caixa; Bolsonaro nomeia Daniella Marques

 

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, oficializou, em carta, o pedido de demissão nesta quarta-feira (29), após ser alvo de acusações de assédio sexual por parte de funcionárias do banco.

Na carta, Guimarães nega que tenha cometido os atos dos quais foi acusado e afirma que deixa o comando da estatal para evitar que a instituição ou o governo sejam alvos de rancor em um ano eleitoral. “As acusações não são verdadeiras e não refletem a minha postura profissional nem pessoal. Tenho a plena certeza de que estas acusações não se sustentarão ao passar por uma avaliação técnica e isenta. Todavia, não posso prejudicar a instituição ou o governo sendo um alvo para o rancor político em um ano eleitoral. Se foi o propósito de colaborar que me fez aceitar o honroso desafio de presidir com integridade absoluta a Caixa, é com o mesmo propósito de colaboração que tenho de me afastar neste momento.”

A substituta dele já foi escolhida pelo presidente Jair Bolsonaro: será Daniella Marques Consentino, que é o braço direito do ministro Paulo Guedes e ocupa a equipe econômica do governo desde 2019. Confira abaixo a íntegra da carta.

A acusação revelada pelo portal “Metrópoles”, na terça-feira, 28, reuniu relatos de cinco vítimas com gravações que detalham os assédios cometidos por Guimarães no ambiente de trabalho.

As mulheres relataram abordagens inadequadas, convites incompatíveis para a relação entre o presidente e as funcionárias e toques íntimos não consentidos. Uma delas disse: “Ele passou a mão em mim. Foi um absurdo. Ele apertou minha bunda. Literalmente isso”. De acordo com a reportagem, o Ministério Público Federal investiga o suposto crime de assédio sexual contra funcionárias.

Daniella Marques, escolhida como nova presidente da Caixa Econômica Federal ocupa atualmente o cargo de secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia.

A mudança no comando da estatal foi oficializado após publicação no Diário Oficial da União nesta quarta-feira, 29. A Jovem Pan entrou em contato com a Caixa, mas não obteve resposta. Em nota enviada ao “Metrópoles”, o banco disse não ter conhecimento sobre o caso. “A Caixa não tem conhecimento das denúncias apresentadas pelo veículo. […] A Caixa possui, ainda, canal de denúncias, por meio do qual são apuradas quaisquer supostas irregularidades atribuídas à conduta de qualquer empregado, independente da função hierárquica, que garante o anonimato, o sigilo e o correto processamento das denúncias”, informa o comunicado.

Confira abaixo a íntegra da carta de Pedro Guimarães:

“À população brasileira e, em especial, aos colaboradores e clientes da CAIXA:

A partir de uma avalanche de notícias e informações equivocadas, minha esposa, meus dois filhos, meu casamento de 18 anos e eu fomos atingidos por diversas acusações feitas antes que se possa contrapor um mínimo de argumentos de defesa. É uma situação cruel, injusta, desigual e que será corrigida na hora certa com a força da verdade.

Foi indicada a existência de um inquérito sigiloso instaurado no Ministério Público Federal, objetivando apurar denúncias de casos de assédio sexual, no qual eu seria supostamente investigado. Diante do conteúdo das acusações pessoais, graves e que atingem diretamente a minha imagem, além da de minha família, venho a público me manifestar.

Ao longo dos últimos anos, desde a assunção da Presidência da CAIXA, tenho me dedicado ao desenvolvimento de um trabalho de gestão que prima pela garantia da igualdade de gêneros, tendo como um de seus principais pilares o reconhecimento da relevância da liderança feminina em todos os níveis da empresa, buscando o desenvolvimento de relações respeitosas no ambiente de trabalho e por meio de meritocracia.

Como resultados diretos, além das muitas premiações recebidas, a CAIXA foi certificada na 6ª edição do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), além também de ter recebido o selo de Melhor Empresa para Trabalhar em 2021 – Great Place To Work, por exigir de seus agentes e colaboradores, em todos os níveis, a observância dos pilares Credibilidade, Respeito, Imparcialidade e Orgulho.

Essas são apenas algumas das importantes conquistas realizadas nesse trabalho, sempre pautado pela visão do respeito, da igualdade, da regularidade e da meritocracia, buscando oferecer o melhor resultado para a sociedade brasileira em todas as nossas atividades.

Na atuação como Presidente da CAIXA, sempre me empenhei no combate a toda forma de assédio, repelindo toda e qualquer forma de violência, em quaisquer de suas possíveis configurações. A ascensão profissional sempre decorre, em minha forma de ver, da capacidade e do merecimento, e nunca como qualquer possibilidade de troca de favores ou de pagamento por qualquer vantagem que possa ser oferecida.

As acusações noticiadas não são verdadeiras! Repito: as acusações não são verdadeiras e não refletem a minha postura profissional e nem pessoal. Tenho a plena certeza de que estas acusações não se sustentarão ao passar por uma avaliação técnica e isenta.

Todavia, não posso prejudicar a instituição ou o governo sendo um alvo para o rancor político em um ano eleitoral. Se foi o propósito de colaborar que me fez aceitar o honroso desafio de presidir com integridade absoluta a CAIXA, é com o mesmo propósito de colaboração que tenho de me afastar neste momento para não esmorecer o acervo de realizações que não pertence a mim pessoalmente, pertence a toda a equipe que valorosamente pertence à CAIXA e também ao apoio de todos as horas que sempre recebi do Senhor Presidente da República, Jair Bolsonaro.

Junto-me à minha família para me defender das perversidades lançadas contra mim, com o coração tranquilo daqueles que não temem o que não fizeram.

Por fim, registro a minha confiança de que a verdade prevalecerá.

Pedro Guimarães”

Informações da Jovem Pan

Notícias

Em meio a acusações de assédio, presidente da Caixa deve deixar o cargo

 

Assessores do Palácio do Planalto disseram ao Conexão Política nesta quarta-feira (29) que a saída de Pedro Guimarães da presidência da Caixa Econômica Federal (CEF) se tornou ‘irreversível’ em meio a denúncias de assédio sexual envolvendo o executivo.

O banco cancelou a coletiva de imprensa que aconteceria nesta manhã sobre o Ano Safra 2022/2023. Como Guimarães é integrante do conselho da instituição, sua saída deve ser referendada via colegiado ou por renúncia.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de pelo menos três reuniões na noite da última terça-feira (28) para decidir o futuro do presidente da Caixa, que está no posto desde janeiro de 2019.

Apesar da situação, integrantes da campanha à reeleição não acreditam que a suspeita possa afetar o projeto eleitoral de outubro, mas é consenso que uma atitude precisa ser tomada, sobretudo porque o chefe do Executivo enfrenta dificuldades entre o sexo feminino, conforme as mais recentes pesquisas eleitorais.

Assim, a tendência é de que o próprio Guimarães peça para sair do cargo até que os fatos sejam apurados e esclarecidos. Bolsonaro, inclusive, já pediu à equipe econômica para buscar nomes de eventuais substitutos.

Reveladas pelo site Metrópoles, as acusações dizem respeito a pelo menos cinco funcionárias da Caixa em Brasília (DF) que dizem terem sido vítimas de assédio sexual. Em um dos relatos, uma delas afirma que uma pessoa ligada ao chefe do banco perguntou o que fariam “se o presidente” quisesse “transar com você?”.

Há ainda acusações de palavras de baixo calão e de cunho sexual dirigidas a mulheres e apalpadas durante as reuniões do conselho-executivo, além de “convites” para “visitas” em quartos de hotéis durante as viagens oficiais.

Com isso, uma investigação foi aberta na Procuradoria da República no Distrito Federal, do Ministério Público Federal (MPF), e o caso tramita sob sigilo. O procedimento está em fase de oitiva de testemunhas e de potenciais vítimas.

Procurado por meio da assessoria de imprensa do banco, Guimarães ainda não se manifestou sobre o assunto. Em nota oficial, a Caixa informou que “não tem conhecimento das denúncias apresentadas” pelo portal.

Informações do Metrópoles