Saúde

Ministério da Saúde autoriza o uso no SUS do primeiro remédio para casos leves de Covid-19, o Paxlovid

Foto: JENNIFER LORENZINI / REUTERS

O Ministério da Saúde aprovou o uso no Sistema Único de Saúde (SUS) do primeiro remédio para casos leves de Covid-19. É o Paxlovid, fabricado pela Pfizer e composto pelos medicamentos antivirais nirmatrelvir e ritonavir. A pasta tem 180 dias para fornecer o remédio na rede pública.

O medicamento não deverá ser usado em todos os pacientes. Ele vai ser indicado para quadros leves e moderados, que não estejam hospitalizados nem precisem de oxigênio suplementar, mas com alto risco de complicações, caso de pessoas acima de 65 anos ou com sistema imunológico comprometido.

Para poder usá-lo, será preciso ter um teste positivo para Covid-19. O tratamento deve começar em até cinco dias após o início dos sintomas. Os antivirais que compõem o tratamento serão ingeridos via oral. Para receber o medicamento, a pessoa pode estar vacinada ou não contra a doença.

Segundo o Ministério da Saúde, o nirmatrelvir é uma molécula que inibe uma enzima importante do coronavírus, impedindo que ele se prolifere. Já o ritonavir inibe outra enzima que ataca o nirmatrelvir. Pela decisão tomada pela pasta, também será feita uma reavaliação em até 12 meses sobre o uso do remédio.

Na última quinta-feira, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou a incorporação do remédio no SUS. Na sexta-feira, a medida foi aprovada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde.

Em março, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a aprovou o uso emergencial do Paxlovid, por um período não superior a cinco dias, e mediante apresentação de receita médica. Também recomendou evitar seu uso durante a gravidez, e em pacientes com insuficiência renal grave ou com falha renal. Antes da Anvisa, o remédio já tinha sido autorizado pelas agências dos Estados Unidos, da União Europeia, do Canadá, da China, da Austrália, do Japão, do Reino Unido e do México.

Em abril, o Ministério da Saúde tinha incorporado o remédio baricitinibe para casos graves.

Com informações de O Globo

Saúde

Pílula contra Covid-19 da Pfizer é aprovada pelo FDA nos EUA

 

A Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) aprovou, nesta quarta-feira, 22, o uso emergencial da pílula da Pfizer para tratamento de infectados pelo novo coronavírus. O medicamento, chamado de Paxlovid, é indicado para adultos e crianças a partir de 12 anos que tenham contraído a Covid-19 e apresentam alto risco de progressão para casos graves. “Paxlovid está disponível apenas por receita e deve ser iniciado assim que possível após o diagnóstico de Covid-19 e dentro de cinco dias após o início dos sintomas”, diz a nota da FDA. Agora, para o remédio ser utilizado pelos estadunidenses, será necessária a aprovação da diretoria dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão de saúde dos EUA.

“A autorização de hoje apresenta o primeiro tratamento para Covid-19 na forma de uma pílula administrada por via oral – um grande passo na luta contra esta pandemia global”, disse Patrizia Cavazzoni, médica e diretora do Centro de Drogas, Avaliação e Pesquisa do órgão. “Esta autorização fornece uma nova ferramenta para combater a Covid-19 em um momento crucial da pandemia, à medida que novas variantes surgem e promete tornar o tratamento antiviral mais acessível para pacientes com alto risco de progressão para Covid-19”, acrescentou a especialista.

Em comunicado, a FDA ressaltou que o Paxlovid não é recomendado para prevenção da Covid-19 ou para os recuperados da doença. Além disso, a agência fez questão de frisar que o medicamento não é um substituto da vacina. “O Paxlovid não está autorizado para a prevenção, pós-exposição da Covid-19 ou para o início do tratamento em pessoas que necessitem de hospitalização devido a Covid-19. Paxlovid não é um substituto da vacinação. A FDA insta o público a ser vacinado e receber um reforço, se possível”, diz um trecho do comunicado. A Pfizer, por sua vez, garante já estar pronta para começar a entrega imediata nos EUA, estimando produzir 120 milhões de comprimidos para 2022. Em testes clínicos da Pfizer, o antiviral foi 90% eficaz na prevenção de hospitalizações e mortes com pacientes com alto risco de doença grave, mantendo a eficácia contra a variante Ômicron.

Deu na Jovem Pan