Judiciário, Política

Luiz Fux critica judicialização da política

 

A judicialização da política foi criticada pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com ele, deputados e senadores devem parar de acionar a Corte em questões que cabem ao Congresso Nacional legislar e lidar com o ônus eleitoral de suas propostas. A declaração ocorreu durante a abertura do seminário Direito na Indústria, realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira, 12.

“O Parlamento deve assumir o custo social”, afirmou. “O que não pode haver é essa judicialização que tem havido”, criticou Fux. “Tudo eles vão ao Supremo Tribunal Federal, porque não querem pagar o custo social de uma deliberação que não agrade o povo.”

O magistrado ainda defendeu o respeito da população com os ministros do STF, mesmo que não tenham sido eleitos. Conforme Fux, isso é necessário para evitar que se repitam casos com o de 8 de janeiro, quando a Praça dos Três Poderes foi invadida em Brasília.

Fux também lembrou que há casos em que o Judiciário não tem competência legal para analisar — ele citou como exemplo uma ação que chegou à Corte sobre o Código Florestal. “Nós que vamos dizer o que é certo?”, questionou. “Nós não temos nem formação para isso. É preciso que não haja esse excesso de judicialização nem da justiça, nem das questões sociais.”

No evento, o ministro também defendeu a divisão dos Três Poderes e a importância do Legislativo, por representar a soberania popular.

Deu na Oeste

Judiciário

Anulações de processos da Lava Jato não apagam corrupção, diz presidente do STF

 

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, afirmou que a anulação de processos da força-tarefa da Lava Jato ocorreu por questões formais, ressaltando que os casos de corrupção envolvendo políticos, empresários e doleiros aconteceu de fato no Brasil.

Na sexta-feira (10), em um evento no Tribunal de Contas do Pará (TCE-PA), o ministro comentava sobre a importância dos órgãos de controle contas para a sociedade. “Tive a oportunidade, nesses 10 anos, de julgar casos de corrupção. Ninguém pode esquecer o que ocorreu no Brasil, no Mensalão, na Lava Jato”, disse.

“Muito embora tenha havido uma anulação formal [das ações criminais], aqueles R$ 50 milhões das malas eram verdadeiros, não eram notas americanas falsificadas”, acrescentou Fux, referindo-se ao dinheiro encontrado no ‘bunker’ do ex-ministro Geddel Vieira Lima.

O chefe da Suprema Corte lembrou ainda que “o gerente que trabalhava na Petrobras devolveu R$ 98 milhões e confessou que tinha efetivamente assim agido”, em menção ao caso envolvendo Pedro Barusco, indicado à estatal nos governos do Partido dos Trabalhadores (PT).

Em relação à “anulação formal” mencionada por Fux, pode-se citar processos em que a Corte considerou que houve parcialidade na condução dos atos, como na ação do ex-presidente Lula (PT), ou ainda na transferência de ações para a Justiça Eleitoral, como ocorreu com o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PTB).

Judiciário

Com custo de R$ 828 milhões, Fux dá aval a reajuste de 5% para Judiciário

 

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, sinalizou positivamente nesta quinta-feira (12) ao aumento de 5% nos salários de servidores da Justiça brasileira.

O custo para o setor, de acordo com o magistrado, seria de R$ 828 milhões em 2022, a partir de julho. O aval foi dado em um ofício encaminhado à Casa Civil, da Presidência da República, que questionou o chefe do Judiciário sobre a possibilidade de reajuste.

“Em resposta ao questionamento quanto ao interesse do Poder Judiciário da União de ser contemplado na revisão geral, manifesto-me afirmativamente”, diz o documento assinado por Fux.

De acordo com o balanço, a maior parte da verba iria para a Justiça do Trabalho (R$ 326 milhões). Logo em seguida, viria a Justiça Federal (R$ 279 milhões) e a Justiça Eleitoral (R$ 121 milhões). Para os integrantes da Suprema Corte, o benefício custaria R$ 8,4 milhões.

A proposta de correção salarial aos servidores federais foi anunciada em 13 de abril pelo Ministério da Economia. Apesar de se declarar contra a elevação dos vencimentos, Paulo Guedes entende que o reajuste linear de 5% é a “melhor solução”, uma vez que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não quer abrir mão de beneficiar setores como a carreira policial.

O impacto ao bolso do pagador de impostos dependerá da data do início da vigência do aumento. Se for em julho, como é previsto, o total será de R$ 6,3 bilhões somente em 2022.

Informações do Conexão Política