Economia

Mercado financeiro aumenta projeção de inflação para 2024 e 2025

A projeção de alta do IPCA de 2024 no Relatório Focus, divulgado pelo do Banco Central, foi revisada para 3,76%, um aumento em relação à previsão anterior de 3,75%. Para 2025, a expectativa também subiu, passando de 3,51% para 3,53%. Considerando as últimas 53 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2024 passou de 3,74% para 3,76%. Já para 2025, a projeção aumentou de 3,54% para 3,60%. A projeção para 2026 permanece em 3,50% pela 40ª semana consecutiva, seguindo a reancoragem parcial destacada pelo BC. No horizonte mais longo, de 2027, a estimativa também se manteve em 3,50% por 40 semanas. As estimativas do Relatório Focus continuam acima do centro da meta para a inflação, que é de 3%. O IPCA de 2023 fechou em 4,62%, abaixo do teto da meta de 4,75%, evitando o estouro do objetivo perseguido pela autoridade monetária pelo terceiro ano consecutivo. O Copom (Comitê de Política Monetária) divulgou em março projeções de 3,5% para o IPCA de 2024 e 3,2% para 2025, mantendo as mesmas previsões das reuniões anteriores, em dezembro e janeiro.

O cenário para o câmbio brasileiro se manteve estável. A estimativa para 2024 permaneceu em R$ 4,95, enquanto, para 2025, a mediana continuou em R$ 5,00 pela 13ª semana consecutiva.A projeção anual de câmbio no Focus agora é calculada com base na média para a taxa em dezembro, visando maior precisão nas projeções do mercado financeiro, diferente do método anterior, que considerava o valor projetado para o último dia útil de cada ano até 2020. A estimativa para a Selic no encerramento de 2024 se manteve em 9% ao ano pela 15ª semana consecutiva. Nos últimos cinco dias úteis, a mediana para o fim de 2024 também se manteve em 9,00% ao ano, considerando apenas 45 respostas.

Em março, o Copom reduziu a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 10,75% ao ano, marcando o sexto corte consecutivo. O colegiado indicou que o ritmo de redução de 0,50 ponto percentual continua sendo o mais adequado para a próxima reunião. Para o fim de 2025, a projeção da Selic no Relatório de Mercado Focus permaneceu em 8,50% pela 18ª semana consecutiva. Considerando apenas as respostas dos últimos cinco dias úteis, a mediana para o encerramento de 2025 aumentou de 8,50% ao ano para 8,75%. As projeções para 2026 e 2027 permaneceram estáveis em 8,50% ao ano, sendo a 36ª semana consecutiva para 2026 e a 35ª semana para 2027.

Deu na JP News

 

Notícias

Mercado reduz projeção para crescimento da economia em 2023

Marcelo Casal Jr./ABr

 

A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira este ano caiu de 0,79% para 0,76%. A estimativa está no boletim Focus desta segunda-feira (13), pesquisa divulgada semanalmente, em Brasília, pelo Banco Central (BC) com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Para o próximo ano, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) — a soma de todos os bens e serviços produzidos no país — é de crescimento de 1,5%, a mesma previsão há sete semanas seguidas.

A previsão para 2023 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC.

Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3,25% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 1,75% e o superior de 4,75%.

Da mesma forma, a projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista — 3% — também com os intervalos de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Deu no Conexão Política

Notícias

Mercado projeta inflação maior para 2023

É a sexta semana de projeção de alta | Foto: Divulgação/Governo Federal

 

Analistas de mercado projetam inflação de 5,48% para 2023, uma nova alta em relação à semana passada, quando a projeção era de 5,39%. É a sexta semana seguida em que o mercado projeta inflação maior para 2023. Há quatro semanas, o índice projetado era de 5,23%.

Os números constam do Boletim Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira, 23, pelo Banco Central.

O relatório também projeta crescimento econômico maior para 2023 em relação à semana passada, de 0,77% para 0,79%, mesmo índice projetado há quatro semanas.

Os analistas mantiveram a projeção quanto à taxa de juros, em 12,5%. Há quatro semanas o índice projetado era de 12%.

Quanto à taxa de câmbio, o Boletim Focus manteve a projeção de que o dólar fechará 2023 em R$ 5,28.

O Relatório Focus, divulgado toda segunda-feira pelo Banco Central, resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. O relatório traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções do mercado para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores.

Deu na Oeste

Notícias

Americanas amarga 5ª maior perda diária da história da Bolsa brasileira

Americanas teve quinta maior queda do Ibovespa em 37 anos

 

derretimento de 77,3% das ações da Americanas (AMER3) na última quinta-feira (12) corresponde à quinta maior queda diária de um papel individual da história do Ibovespa, principal índice do marcado acionário brasileiro desde 1986.

A derrocada que resultou na perda de R$ 8,7 bilhões em valor de mercado da Americanas teve origem no anuncio de que os balanços da empresa escondiam inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões.

O rombo foi comunicado pelo então presidente-executivo da companhia, Sérgio Rial, que deixou o cargo após menos de dez dias. Ele foi substituído por João Guerra, nome sem envolvimento prévio com a gestão contábil ou financeira da varejista.

Entre as empresas ainda ativas no Ibovespa, o tombo da Americanas só perde para a queda de 78% da fabricante de utensílios domésticos Hercules (HETA3), em setembro de 2008. Os dados foram reunidos e encaminhados ao R7 pela plataforma TC Economatica.

Na liderança, aparecem três companhias já fora do índice: Telebahia (TEBA3)Agra Incorp (AGIN3) e Doc Imbituba (IMBI4), que amargaram quedas diárias de, respectivamente, 82,14%, 81,55% e 80% em um único pregão.

Depois do declínio, que resultou no recuo do valor das ações da empresa de R$ 12 para R$ 2,72, os papéis da Americanas esboçaram uma forte recuperação de 15,8%, para R$ 3,15. Ontem, no entanto, a melhora já foi revertida com um novo tombo que fez cada ação da empresa ser negociado abaixo de R$ 2.

Deu no R7

Economia

Mercado prevê cenário de incertezas com política fiscal de Lula

O relatório Focus é divulgado toda segunda-feira pelo Banco Central | Foto: Gil Ferreira/Agência CNJ

 

O mercado elevou sua expectativa para o patamar dos juros ao fim do próximo ano, antecipando uma redução menor da taxa Selic ao longo de 2023, ao mesmo tempo que previu um aumento maior da dívida pública, mostrou o relatório semanal o relatório Focus do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira, 5.

Para 2023, o mercado projeta uma Selic de 11,75% no final de 2023, 0,25 ponto porcentual a mais do que na semana passada e 0,5 ponto porcentual a mais do que há quatro semanas. O aumento na projeção dos juros reflete as incertezas em relação ao teto de gastos e à política fiscal no governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O cenário de contas públicas contemplado no Relatório de Mercado Focus também reflete a política fiscal de Lula e mostra situações opostas em 2022 e 2023. Para este ano, as estimativas têm melhorado, em consonância com os bons resultados fiscais. Já as projeções para 2023 se deterioram em meio aos temores com os planos de aumento de gastos do governo eleito.

Para 2022, os analistas projetam que a dívida líquida do setor público atinja 57,7% do PIB, mesmo patamar da semana e inferior à projeção de quatro semanas atrás (58,45% do PIB). Já para 2023, a projeção era de 61% há uma semana e agora é de 61,5% do PIB.

Além disso, o relatório também mostrou que o mercado está prevendo que o PIB cresça mais de 3% neste ano e a inflação chegue perto dos 6%. As projeções para o câmbio diminuíram na última semana de R$ 5,27 para R$ 5,25 e a sinalização é de que o Comitê de Política Monetária mantenha a taxa básica de juro em 13,75% ao ano nesta semana.

Deu na Oeste

Economia

Desde a eleição, Ibovespa tem queda em meio a incerteza fiscal

Desde 28 de outubro, último pregão antes do 2º turno, o Ibovespa caiu mais de 4%

 

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), destoa dos mercados de ações internacionais desde a conclusão das eleições de 2022.

Desde 28 de outubro — último pregão antes da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) —, o Ibovespa sofreu uma queda de 4,2%. No movimento contrário, os principais índices dos países desenvolvidos e emergentes registraram alta no mesmo período.

O Dow Jones, dos Estados Unidos, subiu 2,6% até a segunda-feira 21. O Euro Stoxx 50, da Zona do Euro, avançou 8,2%. O DAX, da Alemanha, teve alta de 8,6%. E o FTSE 100, do Reino Unido, expandiu 4,7% no período.

Os principais mercados de ações dos países emergentes também tiveram alta desde 28 de outubro. O Índice Xangai, da China, cresceu 5,8%. O Kospi, da Coreia do Sul, 6,7% e o BMV, do México, 18%.

Um dos motivos para mau humor do mercado brasileiro é a iniciativa do governo eleito de aumentar as despesas públicas, com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Gastança para custear promessas de campanha do petista. O texto, que deve ser apresentado nesta semana, pode romper o limite de gastos em quase R$ 200 bilhões.

Notícias

Lula ironiza tombo da Bolsa: “Nunca vi um mercado tão sensível”

 

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a reação do mercado financeiro a uma fala dele sobre teto de gastos.

Mais cedo, o petista voltou a colocar em xeque a responsabilidade fiscal, sugerindo que algumas despesas do governo, como programas sociais, ficassem permanentemente fora do limite orçamentário.

Depois da declaração de Lula, o dólar disparou e fechou a R$ 5,40, numa alta de 4,09%. Já o Ibovespa, índice de referência da bolsa brasileira, caiu 4%.

Ao ser questionado sobre a repercussão de sua fala e acerca da reação dos investidores, Lula ironizou e citou o adversário dele no segundo turno, o presidente Jair Bolsonaro (PL).

“O mercado fica nervoso à toa. Nunca vi um mercado tão sensível como o nosso. É engraçado que esse mercado não ficou nervoso em quatro anos de Bolsonaro”, declarou.

No discurso feito pela manhã, o petista questionou “por que toda hora as pessoas dizem que é preciso cortar gasto? Que é preciso fazer superávit? Que é preciso ter teto de gastos? Por que a gente não estabelece um novo paradigma?”

Lula da Silva afirmou ainda que “algumas coisas encaradas como gastos nesse país vão passar a ser vistas como investimentos” no próximo governo federal, a partir de janeiro de 2023.

Economia

PEC da Transição: tamanho da “licença para gastar” preocupa mercado financeiro

 

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, defendida pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nem sequer foi apresentada e já levantou uma série de críticas no mercado financeiro e no Congresso Nacional. As dúvidas em torno da PEC e as entregas que o petista terá de fazer para aprovar a medida pressionam o futuro governo.

A falta de nomeação da equipe econômica do governo eleito e a necessidade de negociar a eleição das presidências da Câmara e do Senado estão entre as principais críticas de agentes econômicos e líderes políticos. Lula deve bater o martelo sobre o texto na próxima segunda-feira, 7, e estará em Brasília no dia seguinte para liderar as negociações da transição.

O mercado não gostou da forma como a equipe de Lula começou a discussão do Orçamento de 2023. A preocupação maior é de descontrole dos gastos sem que a equipe do próximo governo esteja definida e o ministro da Fazenda, escolhido. “Precisamos saber quem é o responsável que vai assinar as coisas”, afirmou Jeferson Bittencourt, economista da Asa Investments e ex-secretário do Tesouro Nacional. “Foi um sinal ruim a discussão ser conduzida de uma maneira apenas política sem ver as restrições técnicas.”

Preocupação do mercado financeiro diz respeito ao descontrole de gastos

Um dos principais questionamentos do mercado financeiro é a ausência de um limite estabelecido para o chamado “waiver” – licença para gastar – que abrigará as promessas de campanha do presidente eleito. No Congresso, a avaliação é de que dificilmente um “cheque em branco” seria aprovado. Articuladores do PT prometeram definir um valor para o gasto extra em 2023, mas ainda não se comprometeram a colocar esse limite definitivamente no texto da PEC.

“Não se está discutindo waiver temporário para despesas temporárias. Estamos discutindo um waiver temporário para despesas permanentes. Consequentemente, a regra que virá a ser proposta para substituir o teto de gastos acaba de largada tendo que absorver um waiver que foi negociado sem parâmetros técnicos”, disse Bittencourt. Na avaliação do especialista, R$ 80 bilhões é “mais do que suficiente” discutindo apenas o Auxílio Brasil e a recomposição das despesas mais urgentes do Orçamento.

Para o economista-chefe da XP Investimentos, Caio Megale, o futuro governo deveria estabelecer um valor para 2023, algo em torno de R$ 70 bilhões, e depois discutir uma solução permanente. “Não colocar um limite é o equivalente a tirar o programa do teto. As ideias vão aparecendo. Uma vez que sai do teto, o céu é limite.”

A cúpula do PT calcula que a PEC deve custar R$ 160 bilhões, podendo chegar a R$ 200 bilhões fora do teto. Além do Auxílio Brasil – que voltará a se chamar Bolsa Família – de R$ 600 e do reajuste real do salário mínimo, a equipe de Lula também quer dobrar o volume de investimentos e gastos em programa habitacional usando o espaço da proposta. “Me parece que se está pedindo além dos gastos prioritários. Um waiver de R$ 200 bilhões é aumentar demais o escopo de gastos. Tem que ser algo mais às claras”, disse o economista-chefe da Garde Asset, Daniel Weeks.

PEC DA TRANSIÇÃO: SAIBA O QUE SERÁ CONTEMPLADO NA PROPOSTA

No Congresso, a PEC deve passar pelas negociações em torno da presidência das duas Casas. Lula foi alertado de que precisa definir agora se vai apoiar a reeleição de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara ou já costurar uma candidatura de oposição ao deputado. A equipe do presidente eleito foi criticada por apresentar a PEC e já ter de se render às condições do Centrão.

O plano B do governo de transição, que é liberar o recurso com a abertura de um crédito extraordinário, também enfrenta impasses. A edição de uma medida provisória, que passa a valer antes de passar pelo Congresso, atenderia um número menor de programas, mas precisaria cumprir os requisitos da Constituição, que só autoriza esse tipo de recurso para despesas “imprevisíveis e urgentes”.

Apesar de ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) apontarem precedente para o uso de crédito extraordinário em programas que já estão em curso, o Supremo Tribunal Federal (STF) já derrubou esse tipo de medida ao rejeitar a tese de imprevisibilidade e urgência em despesas que o governo sabe que precisará custear.

No Senado, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também quer o apoio do PT para a reeleição no cargo. Ele sinalizou disposição em votar a PEC, mas disse preferir a edição de um crédito extraordinário. “Se houver alternativa que seja Medida Provisória através de crédito extraordinário, para que tudo isso seja implementado, evidentemente que não mexer na Constituição seria melhor”, disse em entrevista à GloboNews, nesta sexta-feira, 4. “Mas, se a técnica nos recomendar que a segurança jurídica necessária é a alternativa constitucional, infelizmente, nós reputaremos como necessária mais essa mudança constitucional para o bem do povo brasileiro.”

Informações da Revista IstoÉ.

Economia

Mercado derruba projeção da inflação pela 16ª semana seguida no Brasil

Paulo Guedes, ministro da Economia

 

Publicado pelo Banco Central nesta segunda-feira, 17, o Relatório Focus traz mais uma semana de redução da prévia para a inflação no Brasil. A estimativa para o fechamento do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 5,71% para 5,62%. É a 16ª semana seguida com a queda do indicador.

Além disso, de acordo com o documento, o mercado voltou a elevar a expetativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Esse movimento havia sido interrompido na segunda-feira passada, depois de 14 semanas seguidas de revisão do desempenho da economia para cima. Na publicação de hoje, a prévia do crescimento econômico subiu para 2,71%. Ou seja: 0,01 ponto porcentual a mais que sete dias atrás.

De acordo com o Banco Central, o Relatório Focus traz estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. Publicado toda segunda-feira, o documento mostra a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. As projeções são do mercado, e não do banco.

Inflação do Brasil é menor que nos Estados Unidos

A inflação do Brasil está menor que a inflação dos Estados Unidos pela primeira vez na história. Medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IPCA para 12 meses de setembro fechou em 7,17%. Já nos Estados Unidos, a inflação para o mesmo período ficou em 8,2%, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor elaborado pelo Departamento de Trabalho dos Estados Unidos.

Além disso, segundo a projeção mais recente do Fundo Monetário Internacional, o PIB brasileiro crescerá mais 2,8% em 2022. Esse valor é maior que a média projetada para os países desenvolvidos: 2,4%. Conforme os dados da instituição, o desempenho do Brasil será melhor que da, Alemanha (1,5%), dos Estados Unidos (1,6%) e da França (2,5%).

Deu na Revista Oeste

Economia

Depois do 1º turno, Ibovespa abre em alta pelo 2º dia consecutivo

 

O Ibovespa, principal índice da B3, iniciou o dia em alta nesta terça-feira, 4, pela segunda vez seguida. As aberturas positivas ocorrem na esteira dos resultados do primeiro turno das eleições, que não refletiram as previsões das pesquisas eleitorais.

Na segunda-feira 3, o Ibovespa abriu em alta de 4% e terminou o pregão com 5% de valorização. Na manhã de hoje, o índice iniciou com quase 2% de alta.

Fundadora da Ações Garantem o Futuro, empresa voltada para educação financeira, a economista Louise Barsi explicou que o resultado das eleições para o Congresso deu um sinal positivo para os investidores. Ela conhece o mercado desde cedo, além de começar a investir com 14 anos de idade, é filha de Luiz Barsi, o maior investidor individual da bolsa de valores no Brasil.

“O fortalecimento de uma base centro-direita no Senado e na Câmara favorece um cenário pró mercado nos próximos quatro anos”, argumenta. “O Congresso manda no país.”

De acordo com Louise, o mercado não gosta de surpresas e os investidores já esperavam um segundo turno entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Agora, qualquer um dos dois terá que “negociar com uma base de governadores e parlamentares mais centro-direita”, comenta.

Além disso, o desempenho do atual presidente nas urnas foi melhor do que o previsto. “As pesquisas foram malsucedidas em captar os votos do lado pró-Bolsonaro”, disse. Contudo, ele explica que o mercado não tem um candidato preferido e que escolhe quem trouxer lucro.

Louise acredita que o resultado do segundo turno deixou Lula sem opção. Caso o petista ganhe, ele terá que fazer sinalizações para um governo centrista, nomeando nomes ponderados para postos-chaves, como o Ministério da Economia.

Deu na Revista Oeste