Política

Marcos Valério decide não ir à Câmara para falar da relação entre PT e PCC

 

O publicitário Marcos Valério decidiu nesta quinta-feira (7) que não vai comparecer à Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados no próximo dia 14 para explicar a relação entre integrantes do PT e a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). A informação foi confirmada à CNN pela defesa de Valério.

Na quarta-feira (6), os parlamentares do colegiado aprovaram um requerimento de Eduardo Bolsonaro (PL), solicitando a presença do publicitário. O documento original falava em “convocação”, que obrigaria o Valério a comparecer. Os deputados, no entanto, modificaram o texto para “convite”.

Valério tomou a decisão após se reunir com seus advogados. Ele assinou uma carta em que declina o convite da Câmara. O documento foi enviado à comissão ainda nesta quinta-feira.

O requerimento foi apresentado após a Veja divulgar, na semana passada, trechos de uma delação premiada de Valério.

Em depoimento à Polícia Federal, ele afirmou que o ex-secretário-geral Sílvio Pereira lhe disse que o empresário Ronan Maria Pinto ameaçava revelar que o PT recebia dinheiro de empresas de ônibus, de operadores de transporte clandestino e de bingos, que lavavam dinheiro para o PCC. O dinheiro financiaria campanhas do PT ilegalmente.

Informações da CNN Brasil

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CPI do Narcotráfico deve investigar relação entre PT e PCC

 

O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) lembrou, em pronunciamento nesta quinta-feira (7), ter protocolado em abril deste ano o pedido de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Narcotráfico.

O objetivo do colegiado, segundo ele, é investigar o crime organizado e apurar a relação entre o aumento de homicídios de jovens e adolescentes no Brasil entre 2016 e 2020 e essa atividade criminosa.

“O fato é que essa CPI vai investigar a expansão do narcotráfico, principalmente nas regiões do país onde os índices de violência explodiram nos últimos quatro anos”, declarou.

Em sua fala, o parlamentar destacou a matéria da revista Veja sobre a delação de Marcos Valério à Polícia Federal (PF) que aponta a eventual existência de ligação entre o Partido dos Trabalhadores (PT), o assassinato do prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel e o Primeiro Comando da Capital (PCC).

“Em 2005, o senhor Marcos Valério entregou R$ 6 milhões a um empresário de Santo André que estaria chantageando o ex-presidente Lula, ameaçando contar detalhes sobre a ligação do PCC com o assassinato de Celso Daniel. Isso é muito grave e a nação precisa de uma resposta”, acrescentou.

Girão também citou alguns dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), segundo os quais os 14 estados mais violentos do país estariam localizados nas regiões Norte e Nordeste.

“A OMS [Organização Mundial da Saúde] considera como limite aceitável um índice de 10 mortes por 100 mil habitantes. Nos últimos 10 anos, foram assassinados 600 mil brasileiros, um número maior do que todos os mortos na guerra da Síria, que já dura 10 anos”, avaliou.

Deu no Conexão Política

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Bolsonaro chama Lula de “mentor” da morte de Celso Daniel; petista diz que presidente é “mentiroso”

 

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), afirmou nesta quinta (7) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “é o mentor da morte” do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel.

A declaração foi proferida durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais, enquanto o mandatário dizia que os integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes atuam para favorecer o petista.

“Ninguém confia no [instituto] Datafolha. Surpreendentemente, os três ministros do TSE confiam piamente no Datafolha. Não adianta falar que o outro lado está envolvido com as Farc, que o mentor da morte de Celso Daniel é o candidato deles, não vale nada”, declarou.

Em nota, a assessoria de Lula afirmou que os boatos de participação na morte do ex-prefeito são mentirosos e que o chefe do Executivo não tem provas das acusações.

“O senhor Bolsonaro é mundialmente reconhecido como um mentiroso, que fala coisas sem base ou prova nenhuma. Lamentamos a reprodução irresponsável das suas falas sem nenhuma base sobre os mais diversos assuntos – como pandemia e economia”, diz o texto.

O crime

Em janeiro de 2022, Celso Daniel foi encontrado morto com marcas de tortura e perfurações de tiros em uma estrada em Juquitiba (SP), dois dias depois de ter sido sequestrado após sair de um restaurante na capital paulista.

Filiado ao PT, Celso Daniel era o coordenador do programa de governo de Lula na campanha vitoriosa ao Palácio do Planalto naquele ano, sendo substituído por Antonio Palocci. Mesmo após 20 anos, o crime brutal parece ser uma ferida que nunca cicatriza.

À época, a Polícia Civil concluiu que o caso foi um “crime comum”. Apesar disso, o Ministério Público garante que a versão não se sustenta. O ex-presidente Lula nunca foi investigado formalmente.

Informações do Conexão Política

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Comissão da Câmara aprova convocação de Marcos Valério para explicar ligação do PT com PCC

 

A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, 5, um requerimento apresentado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) que convoca o empresário e ex-operador do Partido dos Trabalhadores (PT) a prestar esclarecimentos na Casa Legislativa.

Ainda não há data para que a audiência seja realizada. Em sua justificativa, Eduardo afirma que a “repercussão e relevância” das informações divulgadas por Valério em sua delação premiada à Polícia Federal – em que o publicitário acusa o PT de operar um fundo clandestino de R$ 100 milhões e de ter uma suposta ligação com o grupo criminoso Primeiro Comando da Capital (PCC) – torna necessária a convocação do ex-petista para que explicações sejam dadas aos parlamentares.

O requerente lamentou que a Câmara tenha o poder de convidar, e não de convocar Valério para prestar esclarecimentos, e ressaltou que parte da Casa já trabalha para coletar assinaturas para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigue o caso.

“As ligações do PT com o crime organizado não são de hoje. O PT vem tanto batalhar por transparência, então vamos esclarecer isso”, disse.

Entenda o caso

No trecho da delação vazada, Valério acusa a sigla de esquerda de expulsar membros do partido com suposto envolvimento com o crime organizado após Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André assassinado em 2002, preparar um dossiê com informações detalhadas do envolvimento de políticos petistas com o PT. Segundo o depoente, após a morte de Daniel, os documentos sumiram. “Ninguém achou esse dossiê mais. A posteriori, o PT fez uma limpa, tirando um monte de gente, vereador, que era ligado ao crime organizado. Vocês podem olhar direitinho que o PT fez uma limpa, expulsando do partido essas pessoas”, acusou.

Deu na Jovem Pan

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Às vésperas das eleições, relação do PT com o crime organizado é cada vez mais evidente

Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André, brutalmente assassinado em 2002

Às vésperas das eleições gerais de 2022, um novo episódio envolvendo denúncias de corrupção trazem à tona um passado obscuro do mundo político. O escândalo do Mensalão jogou na lona o Partido dos Trabalhadores (PT) e nomes chaves da base aliada do então governo Lula, e a partir daquele momento a cúpula petista passou a ser atormentada por uma figura que foi crucial nos casos de corrupção comandados pela sigla: Marcos Valério, o principal operador do esquema em 2005.

Condenado a 37 anos de prisão, Valério proferiu novas declarações que mancham o histórico do PT. Agora, a menos de três meses para o pleito eleitoral, trechos inéditos de uma colaboração premiada voltam a sacudir os poderes da República. De modo incisivo, o ex-publicitário citou uma série de elementos que, segundo ele, confirmam a relação do PT com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Valério ainda apontou a existência de um dossiê com dados sobre petistas que eram financiados pelo crime organizado.

Em meio a toda essa repercussão, a morte de Celso Daniel também voltou a ser discutida, reacendendo o interesse público em torno do ex-prefeito de Santo André (SP) brutalmente assassinado em 2002. Com base no depoimento de Valério, diversos termos relacionados ao homicídio passaram a ocupar os assuntos mais comentados do Twitter nas últimas horas, ganhando destaque também nas buscas do Google Brasil.

Em janeiro de 2002, Celso Daniel foi encontrado morto com marcas de tortura e perfurações de tiros em uma estrada em Juquitiba (SP), dois dias depois de ter sido sequestrado após sair de um restaurante na capital paulista. Filiado ao PT, Celso Daniel era o coordenador do programa de governo de Lula na campanha vitoriosa ao Palácio do Planalto naquele ano, sendo substituído por Antonio Palocci.

O empresário Sérgio Gomes da Silva, conhecido como “Sombra”, era o motorista da Pajero onde viajava o prefeito Celso Daniel no dia do sequestro, e disse aos policiais que, quando foi fechado pelos bandidos, a trava e o câmbio do veículo não funcionaram, o que impossibilitou a fuga e permitiu aos bandidos abrirem a porta do carro e levarem o prefeito. Uma análise pericial foi feita na Pajero e a conclusão dos peritos foi de que o carro não tinha nenhum defeito elétrico ou mecânico que justificasse uma falha. Segundo os peritos, se houve falha, ela foi humana.

Após a morte de Celso Daniel, sete pessoas foram assassinadas em circunstâncias misteriosas:

  • Dionísio Aquino Severo – Sequestrador de Celso Daniel e uma das principais testemunhas no caso. Uma facção rival o matou três meses após o crime.
  • Sérgio ‘Orelha’ – Escondeu Dionísio em casa após o sequestro. Fuzilado em novembro de 2002.
  • Otávio Mercier – Investigador da Polícia Civil. Telefonou para Dionísio na véspera da morte de Daniel. Morto a tiros em sua casa.
  • Antonio Palácio de Oliveira – O Garçom que serviu Celso Daniel na noite do crime pouco antes do sequestro. Assassinado em fevereiro de 2003.
  • Paulo Henrique Brito – Testemunhou a morte do garçom. Foi assassinado 20 dias depois.
  • Iran Moraes Redua – O Agente funerário que reconheceu o corpo do prefeito jogado na estrada e que chamou a polícia em Juquitiba, morreu com dois tiros em novembro de 2004.
  • Carlos Delmonte Printes – Legista que atestou marcas de tortura no cadáver de Celso Daniel, foi encontrado morto em seu escritório em São Paulo, em 12 de outubro de 2005.

Em meio a tantas CPIs quem em nada ou em pouco resultam, por que não uma para investigar a possível ligação de um dos maiores e mais relevantes partidos do País com o crime organizado? Vale lembrar que esse partido ostenta um largo histórico de casos de corrupção durante seus governos, com dezenas de nomes investigados, condenados e presos.

Mais do que nunca, petistas estão com o lema adotado após as eleições de 2018 bem afiado: “ninguém solta a mão de ninguém”.

Notícias

Marcos Valério aponta relação do PT com o PCC

 

Marcos Valério Fernandes de Souza, conhecido como Marcos Valério, afirma que ouviu do então secretário-geral do Partido dos Trabalhadores, Sílvio Pereira, detalhes sobre o que seria a relação entre petistas e o Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior e mais atuante facção criminosa do país.

As informações são da revista VEJA, em reportagem veiculada nesta sexta-feira (1°), com trechos de depoimentos cedidos à Polícia Federal.

Valério, que atuou como operador de pagamentos a parlamentares em troca de apoio no Congresso Nacional ao então recém-eleito governo Lula, volta ao centro de mais uma série de acusações envolvendo o PT e nomes ligados à sigla.

O depoimento em questão foi homologado por Celso de Mello, quando ele ainda integrava o Supremo Tribunal Federal (STF). Mello se aposentou em outubro de 2020, após 31 anos na Corte.

Agora, em um de seus mais emblemáticos depoimentos, Valério diz que Ronan Maria Pinto —empresário do ramo dos transportes— chantageava o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva para não divulgar o que supostamente seria um grande escândalo contra a legenda.

Trata-se, segundo ele, de informações precisas em torno do esquema de uma arrecadação ilegal de recursos para financiar políticos petistas. O delator destaca que soube da eventual chantagem contra Lula após conversar Pereira.

De acordo com Valério, o então secretário-geral petista o informou que Ronan realizava ameaças, dizendo que poderia revelar que o PT recebia clandestinamente dinheiro de empresas ônibus, de operadores de transporte pirata e de bingos e que, nesta última menção, os repasses financeiros ao partido seriam uma maneira de ‘lavar’ recursos do crime organizado.

De modo incisivo, o delator explica a quem se referia ao apontar, genericamente, crime organizado: o PCC.

Informações do Conexão Política

Política

Em delação, Marcos Valério diz que Celso Daniel fez dossiê contra cúpula do PT

 

O principal operador do escândalo do mensalão, Marcos Valério, relatou em colaboração premiada com a Polícia Federal (PF) que Celso Daniel —então prefeito petista de Santo André assassinado no ano eleitoral de 2002— havia produzido um dossiê que abalaria a República.

O arquivo, segundo ele, detalhava nomes que estariam sendo financiados de modo ilegal. No entanto, o que Celso não sabia, é que mais pessoas e grupos estavam sendo beneficiados pela arrecadação clandestina.

“O Celso Daniel tinha feito um dossiê mostrando quem era do PT que estava sendo financiado e quem tinha pedido para ele para dar a ajuda em Santo André, ele como prefeito. Esse dossiê sumiu”, mencionou.

De acordo com Valério, o documento que havia sido elaborado pelo prefeito desapareceu. Ele frisa que “ninguém achou esse dossiê mais”.

Ainda em depoimento à PF, é dito que o Partido dos Trabalhadores (PT) resolveu afastar os políticos envolvidos com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Na prática, a sinalização visava “limpar” a imagem da sigla de uma série de impactos políticos, incluindo os episódios anteriormente citados.

“A posteriori, o PT fez uma limpa, tirando um monte de gente, vereador, que era ligado ao crime organizado. Vocês podem olhar direitinho que vocês vão ver que o PT fez uma limpa, expulsando do partido essas pessoas”, sustentou o delator.

Em outro momento do depoimento, com trechos veiculados pela VEJA, Marcos Valério faz outras menções que envolvem o PT e o PCC.

Deu no Conexão Política