Judiciário, Política

Luís Roberto Barroso admite que ‘Judiciário passou a ser poder político’

 

Há menos de dois meses de assumir a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luís Roberto Barroso admite que o judiciário “passou a ser um poder político na vida brasileira”.

Para Barroso, esse é um processo de “ascensão” que alterou a “natureza do papel, visibilidade e expectativas” da operação judiciária, tendo como marco temporal a Constituição de 1988.

Embora admita o caráter político das decisões, Barroso nega motivação suspeita por trás dos votos dos ministros. O vice-presidente da corte superior defendeu o Supremo da pecha de ativista judicial.

“O Supremo tem poucas decisões de caráter ativista, no sentido técnico”, defendeu. Em seguida conceituou como decisões ativistas aquelas “em que o juíz interpreta um princípio vago para reger uma situação que não foi contemplada nem pelo legislador, nem pelo constituinte. Por tanto, uma hipótese de criação judicial com base em um princípio”.

“São raríssimos os casos. União homoafetiva foi tipicamente um caso. Não havia Lei regendo a matéria. O Supremo interveio e disse: vai reger a união afetiva a mesma regra da união estável. Não tinha regra, o supremo criou”.

“As pessoas chamam de ativista a decisão que elas não gostam. Aí paciência”, reclamou Barroso.

Informações do DP

Política

Barroso devolve mandato de Renato Freitas, vereador petista que invadiu igreja

 

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), restabeleceu nesta sexta-feira, 23, o mandato de Renato Freitas (PT-PR), vereador que invadiu a Igreja Nossa Senhora do Rosário, em Curitiba. Freitas havia sido cassado duas vezes pela Câmara por quebra de decoro parlamentar.

“A cassação do vereador ultrapassa a discussão quanto aos limites éticos de sua conduta, envolvendo debate sobre o grau de proteção conferido ao exercício do direito à liberdade de expressão por parlamentar negro voltado justamente à defesa da igualdade racial e da superação da violência e da discriminação que sistematicamente afligem a população negra no Brasil”, argumentou Barroso.

O recurso ao STF foi protocolado pela defesa do petista há dois dias. Segundo o documento, o processo de cassação durou mais que 90 dias, prazo máximo previsto na legislação. A defesa citou que o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) manteve o ato de cassação porque o Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal prevê a prorrogação do prazo de duração do processo.

Contudo, Renato Freitas sustentou que as decisões do TJ-PR “desrespeitaram jurisprudência do STF” segundo a qual só a União pode definir sobre crimes de responsabilidade e estabelecer regras de julgamento nesses casos.

Além disso, a defesa do agora vereador afirmou que a manutenção das decisões implicaria “dano grave e irreparável”, já que, além da perda do mandato, levaria ao indeferimento do registro da candidatura de Freitas a deputado estadual.

“Sem antecipar julgamentos, é impossível, no entanto, dissociar o ato da Câmara de Vereadores de Curitiba do pano de fundo do racismo estrutural da sociedade brasileira”, observou Barroso. “Sem me pronunciar, de maneira definitiva, sobre o mérito da cassação do mandato, é necessário deixar assentado que a quebra de decoro parlamentar não pode ser invocada para fragilizar a representação política de pessoas negras, tampouco para cercear manifestações legítimas de combate ao preconceito e à violência contra elas.”

Deu na Revista Oeste

Judiciário

Barroso se reúne com ex-juiz pró-aborto da Suprema Corte dos EUA

 

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), e sua filha, a advogada Luna van Brussel Barroso, reuniram-se na última sexta-feira (16) com Stephen Breyer, juiz aposentado da Suprema Corte dos Estado Unidos.

O encontro aconteceu na Universidade de Yale em uma conferência que reúne integrantes de supremas cortes de todo o planeta.

Stephen Breyer foi indicado ao cargo em 1994 pelo ex-presidente Bill Clinton e deixou o cargo no início de 2022 após quase 30 anos no posto.

Ele é considerado um magistrado com visões de esquerda e já votou favoravelmente ao aborto.

Em julho, após a Suprema Corte revogar a lei Roe V. Wade, que permitia a interrupção da gravidez, Breyer divulgou uma carta lamentando que “milhões de mulheres americanas perderam uma proteção constitucional fundamental”.

De saída, ele foi substituído por Ketanji Brown Jackson, a primeira mulher negra do Tribunal, indicada pelo presidente Joe Biden em julho deste ano.

Deu no Conexão Política

Notícias

Profissionais da enfermagem protestam em Natal contra decisão de Barroso

 

Profissionais da enfermagem – e da área da saúde em geral – realizaram um protesto na tarde desta sexta-feira (9), em Natal, contra a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu o piso salarial da categoria e contra o veto do presidente Jair Bolsonaro à correção anual dos valores de acordo com a inflação.

A manifestação começou por volta das 15h com concentração em frente ao shopping Midway Mall. Às 16h, os manifestantes caminharam por uma das faixas da avenida Senador Salgado Filho, uma das mais movimentadas da cidade, em direção à Zona Sul.

Os profissionais carregavam faixas criticando a suspensão do piso e o ministro Barroso, assim como também o presidente Jair Bolsonaro pelo veto ao reajuste.

O protesto também aconteceu em Mossoró, pela manhã, e outros foram registrados no dia 7 de setembro em Natal e também na cidade do Oeste potiguar.

O novo piso passaria a valer a partir da última segunda-feira (5), mas a validade da lei foi suspensa por decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, no domingo (4). Nesta sexta-feira (9), os ministros do Supremo votam a ação sobre o tema no plenário virtual. Barroso votou pela manutenção da suspensão.

Deu no G1

Judiciário

STF: Barroso vota por manter suspensão de lei que fixou piso da enfermagem

 

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, votou pela suspensão da lei que criou o piso salarial de enfermagem. A norma  prevê um salário no valor de R$ 4.750 para a categoria e foi estabelecida pelo Congresso Nacional. Segundo Barroso, a suspensão deve permanecer até que sejam analisados dados detalhados dos estados, municípios, órgãos do governo federal, conselhos e entidades da área da saúde sobre o impacto financeiro para os atendimentos, serviços de saúde e os riscos de demissões diante da implementação do piso. O prazo para que essas informações sejam enviadas ao STF é de 60 dias.

Além de fixar o piso em R$ 4.750, para os setores público e privado, a lei aprovada pelo Congresso também prevê que o valor sirva de referência para o cálculo do mínimo salarial de técnicos de enfermagem (70%), auxiliares de enfermagem (50%) e parteiras (50%). A medida, contudo, foi contestada pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos de Serviços (CNSaúde). Segundo a CNSaúde, a fixação de um salário-base para os enfermeiros  pode impactar nas contas de unidades de saúde particulares pelo país e nas contas públicas das esferas estaduais e municipais.

A ação da Confederação começou a ser julgada em plenário virtual nesta sexta-feira (9). A modalidade de deliberação consiste na votação direta dos ministros por meio da página da Corte na internet, excluindo a necessidade de uma sessão presencial ou por videoconferência. A análise do caso está prevista para terminar no dia 16 de setembro, mas pode ser interrompida se houver pedido de vista (mais tempo para analisar o processo) ou pedido de destaque (que levaria o caso para julgamento presencial).

Segundo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a efetivação do piso da enfermagem exige um incremento de   R$ 4,4 bilhões ao ano para os Municípios, de R$ 1,3 bilhões ao ano para os Estados e de R$ 53 milhões ao ano para a União. A Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), por sua vez, indicou incremento de R$ 6,3 bilhões ao ano. Foi apontada a possibilidade de demissão de 80 mil profissionais de enfermagem e fechamento de 20 mil leitos.

Com informações do Estadão

Política

Barroso rejeita pedido do MTST e mantém reintegração de posse

 

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou no sábado (27) um pedido do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) que pretendia barrar a reintegração de posse de uma área urbana no bairro Tatuquara, em Curitiba (PR).

O caso chegou ao Supremo após a defesa do MTST alegar descumprimento da decisão que suspendeu despejos e desocupações em razão da pandemia de covid-19 até 31 de outubro deste ano.

Ao analisar o pleito, Barroso considerou que a invasão não está amparada pelo STF por ter ocorrido após 31 de março de 2021, data de alcance da liminar.

“A controvérsia envolve ocupação recentíssima, iniciada em 11.06.2022, por famílias carentes, em imóvel situado na cidade de Curitiba. Segundo informações prestadas pela Comissão de Conflitos Fundiários do TJ/PR, há estruturas de barracas reservadas para pessoas que sequer chegaram ao local”, diz trecho do despacho.

“Diante disso, antes de tudo, é preciso destacar que os ocupantes, apesar de estarem em situação de vulnerabilidade social, não se beneficiam da última decisão por mim proferida na ADPF 828, e ratificada pelo plenário, que prorrogou a suspensão de desocupações coletivas e despejos até 31.10.2022. Isso se deve à data em que começaram a se instalar no local: junho deste ano”, acrescentou.

Na petição, o MTST alega que a área da ocupação está abandonada há mais de 30 anos e que o cadastramento das famílias ocupantes não foi concluído, conforme determinou a Corte nos casos de desocupações.

A construtora responsável pelo terreno defendeu o cumprimento da reintegração de posse e reiterou o comprometimento com a realocação das famílias que estão no local.

Informações do Conexão Política

Política

“Talvez Barroso espere que Lula seja eleito para conseguir aprovar o aborto”, diz Bolsonaro

 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de um evento promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira, 29, e sugeriu que o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), torce pela vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais para que o petista indique outros ministros e a Corte legisle em favor do aborto.

“Eu sei que cada um é livre aqui, o seu pensamento, né, de achar que tem que ser favorável ou não. Mas com a minha religião, como a de 90% de cristãos no Brasil, somos contra isso. Há poucos dias o ministro Barroso falou que não existe clima ainda para discutir o aborto no Brasil. Deixo claro: não se precisa do parlamento para aprovar o aborto. Precisa apenas do STF. E foi a Suprema Corte que aprovou o aborto na Colômbia”, ressaltou.

“Talvez o Barroso tenha falado que não tem clima ainda porque ele espera, caso Lula seja eleito, botar mais dois [no STF] com esse perfil no Supremo. Aí eles passam a legislar lá de dentro.”

Bolsonaro também lamentou o “ativismo do Judiciário” e interferências no Executivo e no Legislativo. “O que nós queremos realmente: são os três poderes livres harmônicos e independentes e cada um dentro do seu quadrado e todos dentro das quatro linhas da Constituição”, pontuou.

Deu na Jovem Pan

Judiciário

Barroso diz que internet precisa ser regulada em diferentes níveis

 

Durante um evento promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu nesta segunda-feira (2) a regulamentação da internet no Brasil, inclusive em esferas para além do combate à desinformação.

Segundo o magistrado, “subprodutos” da era digital como o ódio, a desinformação, a mentira e as teorias conspiratórias afetam diretamente os princípios democráticos do país, o que justificaria o controle das mídias sociais em ao menos três planos.

“O primeiro é o econômico”, declarou. “É preciso impedir a dominação de mercado dessas empresas. É preciso tributá-las com algum grau de razoabilidade. É preciso proteger direitos autorias”, disse.

Já o segundo, “é a garantia da privacidade dos usuários”, porque “essas empresas não sabem apenas os nossos nomes, onde a gente mora e os nomes dos nossos filhos. Elas sabem também os nossos interesses, os nossos gostos, as nossas preocupações e os nossos medos pela navegação que a gente faz. Por isso, é preciso proteger essas informações contra o uso abusivo”, argumentou.

Por fim, Barroso pontuou a necessidade de controlar “comportamentos inautênticos e conteúdos”. Na visão dele, “a internet não é um espaço para fazer apologia ao nazismo. Não pode vender armas, vender drogas, fazer apologia ao racismo. É preciso ter um controle mínimo disso. Depois, há a desinformação. O sujeito que diz, no dia da eleição, que não vai votar porque tem fraude, sem nenhuma prova… isso é uma mentira para desestabilizar o processo democrático. É preciso enfrentar a mentira”, alegou.

Deu no Conexão Política

Política

Barroso envia à PGR notícia-crime contra Bolsonaro por fala sobre HIV

Barroso encaminhou notícia crime contra Bolsonaro à PGR

 

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro por causa das afirmações que ele fez em uma live relacionando a vacina contra a Covid-19 ao vírus HIV.

O envio foi feito para que o procurador-geral da República, Augusto Aras, tome providências que entender cabíveis a Bolsonaro, pois apenas Aras pode oferecer denúncia pela prática de crime comum contra o presidente.

A notícia-crime foi apresentada ao STF por deputados federais do PSol e do PDT. No documento, eles acusam Bolsonaro de ter cometido uma série de delitos, como infração de medida sanitária preventiva, perigo para a vida ou saúde de outrem, improbidade administrativa e crime de responsabilidade ao associar a vacinação contra o novo coronavírus como forma de contrair o HIV.

Segundo os parlamentares que assinam a peça, “é fundamental que os poderes constituídos tomem as providências cabíveis para punir os responsáveis pelos atentados contra a saúde pública do povo brasileiro”.

“O presidente da República mentir sobre a vacinação, além de um ato criminoso, é um absoluto desrespeito para com o país e com as famílias enlutadas. Jair Bolsonaro coloca sua ideologia autoritária acima das leis do país, mentindo de forma criminosa sobre as vacinas, colocando em risco uma estratégia que vem diminuindo drasticamente o número de mortes no país”, reclamam os deputados.

Notícias

Ministro Barroso concede dois anos para RN se adequar à reforma da previdência

Reprodução

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, concedeu ao Rio Grande do Norte o prazo de dois anos para que transfira do Regime Próprio de Previdência Social para o Tesouro estadual a responsabilidade pelo pagamento de benefícios como auxílio-doença, salário-maternidade, auxílio-reclusão e salário-família. O relator deferiu parcialmente pedido de tutela de urgência numa ação cível originária.

Por analogia, Barroso aplicou aos benefícios distintos da aposentadoria e da pensão por morte o prazo previsto na Reforma da Previdência de 2019 (artigo 9°, parágrafo 6º, da Emenda Constitucional 103/2019, que se refere à instituição de regimes de previdência complementar e à necessidade de unificação dos regimes próprios e de seus órgãos gestores). A liminar será submetida a referendo do Plenário.

Na ação, o Rio Grande do Norte narra que a União tem negado a emissão do Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP), com o fundamento de irregularidade no item “Concessão de benefícios não distintos do RGPS — previsão legal” junto ao Sistema de Informações dos Regimes Públicos de Previdência Social (Cadprev).

O motivo seria a ausência de dispositivo expresso em lei local sobre a transferência dos benefícios distintos da aposentadoria e da pensão por morte para a responsabilidade direta do Tesouro estadual, conforme previsto na EC 103/2019.

Ao conceder a liminar, o ministro explicou que a reforma da previdência restringiu os benefícios pagos pelos regimes próprios às aposentadorias e às pensões por morte. Desse modo, impôs aos estados a necessidade de transferir ao tesouro local a responsabilidade pelo pagamento dos demais benefícios, como auxílio-doença, salário-maternidade, auxílio-reclusão e salário-família.

Barroso frisou que a eficácia direta e a aplicabilidade imediata da norma não exime os estados de adequarem a sua legislação às novas regras. Contudo, a seu ver, há fundamento para a aplicação, por analogia, do prazo bienal previsto no parágrafo 6° do artigo 9° da emenda constitucional.

Outro ponto observado pelo ministro é que essas normas interferem no planejamento orçamentário do ente federado, o que justifica o seu tratamento conjunto e em igual prazo.

Agora RN