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Lei Rouanet explode no governo Lula e valores assustam; VEJA!

 

O governo Lula aprovou a liberação de R$ 16,3 bilhões para a Lei Rouanet em 2023, segundo dados do Ministério da Cultura. A cifra representa um recorde histórico e contrasta com o ajuste fiscal em curso, uma vez que a Fazenda busca receitas extras, inclusive com aumento de impostos, para evitar um rombo de R$ 168 bilhões no ano que vem.

Para se ter uma ideia da explosão de recursos despejados na Lei Rouanet, a quantia disponibilizada por Lula nos últimos 12 meses é maior que a ofertada nos quatro anos de Jair Bolsonaro. E supera em quase cinco vezes o valor concedido pela União em 2022, quando a liberação para projetos foi de R$ 3,4 bilhões.

Neste primeiro ano do governo Lula 3, foram aprovados 10,6 mil projetos, ante 13,6 mil entre 2019 e 2022. As propostas incluem sete segmentos: artes cênicas, artes visuais, audiovisual, humanidades [que engloba literatura, filologia e história], museu e memória, música, e patrimônio cultural.

Abaixo, no gráfico interativo, constam detalhes dos projetos aprovados via Lei Rouanet de 2017 [gestão Michel Temer] a 2023.

A área mais contemplada neste ano foi artes cênicas, que obteve a liberação de R$ 4,4 bilhões em incentivos fiscais. O setor musical angariou R$ 3,9 bilhões; o de artes visuais, R$ 2,3 bilhões.

Patrimônio cultural recebeu autorização para captar R$ 1,9 bilhão; museus e memória, R$ 1,7 bilhão; humanidades, R$ 1,3 bilhão; e audiovisual, R$ 653 milhões.

A maior quantidade de projetos aprovados em 2023 também foi no segmento de artes cênicas: 3.592. Em segundo lugar, o campo musical teve 2.968 propostas liberadas; e, em terceiro, humanidades, com 1.466.

A região mais contemplada

O Sudeste representa, de longe, a região mais contemplada com a liberação de recursos via Lei Rouanet: R$ 11,1 bilhões. Desse total, São Paulo responde por mais da metade, com autorização para captar R$ 6 bilhões.

O valor concedido ao estado mais populoso do Brasil configura, sozinho, mais do que a soma do que foi disponibilizado às regiões Norte, Sul, Nordeste e Centro-Oeste. Na outra ponta da tabela está o Acre, autorizado receber R$ 2 milhões em isenções, com apenas quatro propostas contempladas.

O Sul foi a segunda região mais autorizada a captar recursos, com R$ 2,1 bilhões; o Nordeste aparece em terceiro, com R$ 1,6 bilhão; o Centro-Oeste, em quarto, com R$ 999 milhões; e o Norte, em quinto, com R$ 367 milhões.

Os dois extremos

Se Lula é responsável pelo recorde na aprovação de projetos via Lei Rouanet, Jair Bolsonaro, que o antecedeu, fez o caminho inverso e endureceu as regras para que projetos se enquadrassem no benefício.

Em 2017 e 2018, o governo de Michel Temer aprovou, respectivamente, R$ 6,1 bilhões e R$ 6,8 bi em isenções. Com Bolsonaro, os valores caíram para R$ 3,7 bi, R$ 3,5 bi, R$ 2,2 bi e R$ 3,4 bi, entre 2019 e 2022.

E agora, com Lula, atingiram o recorde. Para que a cifra fosse alcançada, a ministra da Cultura, Margereth Menezes, revogou regras estabelecidas pelo governo Bolsonaro. Alegou que as normas haviam sido criadas para “desacreditar o mecanismo de incentivo fiscal para a cultura, dificultar o acesso e travar a produção cultural brasileira”.

Após assinar o decreto que permitiu a medida, Lula afirmou: “Vão dizer que a mamata voltou“.

Deu no Metrópoles/Paulo Cappelli

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FARRA: Lula aumenta limite de cachês para artistas na Lei Rouanet; confira novos valores

Governo Lula vai alterar Lei Rouanet e aumentar cachê de artistas | A TARDE

 

O Ministério da Cultura, comandado pela ministra Margareth Menezes, alterou normas do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e aumentou o valor do cachê de artistas na  Lei Rouanet. As mudanças foram publicadas nesta terça-feira (11) no Diário Oficial da União.

Na nova instrução, o cachê de artista solo será de R$ 25 mil por apresentação; de R$ 50 mil para grupos artísticos e banda; de R$ 5 mil por músico e de R$ 25 mil para maestro ou regente, no caso de orquestras.

A lei foi criticada diversas vezes pelo ex-presidente, que reduziu todos os valores envolvidos. No governo Bolsonaro, o valor era de até R$ 3 mil por apresentação para artista solo; até R$ 3, 5 mil por músico, e até R$ 15 mil para maestro, no caso de orquestras.

O texto altera também os valores relacionados à captação dos projetos. Dessa forma, fica R$ 1 milhão para empreendedor individual, com enquadramento microempreendedor individual, com até quatro projetos ativos — o valor se manteve; R$ 6 milhões para demais enquadramentos de empreendedor individual, com até oito projetos ativos — antes era de R$ 4 milhões; R$ 10 milhões para empresas, com até 16 projetos — antes era de R$ 6 milhões.

Outra mudança feita pela pasta se refere aos limites dos produtos culturais. Agora, um curta metragem pode captar até R$ 300 mil; programas de televisão, até R$ 65 mil por episódio; programas de rádio, até R$ 125 mil; podcasts, até R$ 20 mil; sites da internet, até R$ 65 mil; jogos eletrônicos e aplicativos educativos e culturais, até R$ 700 mil; e websérie pode captar até R$ 30 mil por episódio.

Com as novas regras, foi alterada a metodologia de prestação de contas dos projetos. Agora, será de acordo com o valor captado e executado. Pela norma, fica assim: até R$ 750 mil: análise de prestação de contas considerando o alcance do objeto; de R$ 750 mil a R$ 5 milhões: relatório de execução do objeto e relatório de execução financeira; acima de R$ 5 milhões: relatório de execução do objeto, relatório de execução financeira e monitoramento específico; e projetos até R$ 200 mil podem ter a prestação de contas no formato in loco, dispensada a avaliação financeira.

Deu no R7

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Lula exclui projetos religiosos da Lei Rouanet

O governo petista estabeleceu mudanças na Lei Rouanet

 

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva retirou a arte sacra do grupo de projetos religiosos atendidos pela Lei Rouanet. Desde 2021, no governo de Jair Bolsonaro, esse segmento foi incluído no programa de fomento à cultura.

Na época, ficou estabelecido que representantes da arte sacra comporiam também a comissão que escolhe os projetos aprovados na Lei Rouanet.

A exclusão da arte sacra dos segmentos atendidos pela Lei Rouanet é uma das principais mudanças promovidas pelo governo federal.

Em 2021, o então chefe da Secretaria de Cultura, Mário Frias, colocou como parte da Lei Rouanet o apoio às atividades culturais de caráter sacro, clássico e de preservação e restauro de patrimônio histórico material, tombados ou não. Com essa medida, chegou a crescer o número de projetos de cunho religioso beneficiados pela lei.

Essa não foi a única mudança feita na Lei Rouanet pelo atual governo. Agora, os segmentos que continuam sendo contemplados pela legislação são estes: artes cênicas, artes visuais, audiovisual, humanidades, música e patrimônio cultural.

Ao assinar as mudanças na Lei Rouanet, Lula disse que “a guerra em defesa da cultura contra nós vai ser muito grande”.

Deu na Oeste

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GASTANÇA: Governo Lula vai aumentar cachê da lei Rouanet

Governo Lula vai aumentar cachê da lei Rouanet

 

O Ministério da Cultura planeja publicar um decreto no dia 15 de fevereiro desfazendo algumas das mudanças que o governo Bolsonaro fez na Lei Rouanet, o principal mecanismo de fomento da cultura do Brasil. Fontes ouvidas pela reportagem, sob condição de anonimato, dizem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende fazer uma cerimônia em Brasília para apresentar o novo decreto e as ações do Ministério da Cultura.

Uma das principais mudanças será fortalecer a Comissão Nacional de Incentivo à Cultura, a Cnic, que chegou a ser paralisada sob Bolsonaro. Criado em 1991 junto com a Lei Rouanet, o colegiado tem como objetivo avaliar se os projetos apresentados estão aptos ou não a captar recursos por meio da medida. O órgão é formado por 21 membros, que representam a sociedade civil. Eles trabalham de forma voluntária para garantir transparência na aprovação dos projetos.

Apesar de sua importância, a Cnic foi desativada em 2021, durante a gestão do ex-secretário de Cultura Mario Frias. Com isso, coube ao ex-policial militar André Porciúncula, que não tem experiência na área, decidir sozinho quais projetos poderiam ou não captar recursos. O colegiado voltou a funcionar em janeiro de 2022, mas como um órgão que analisa recursos de quem não foi autorizado a captar dinheiro por meio da Rouanet. Na prática, a Cnic ficou sem seu caráter consultivo, função que o novo decreto deve devolver. O comissão poderá, inclusive, opinar sobre o teto de captação dos projetos.

Um mês depois que o decreto for publicado, a expectativa é que seja divulgada uma instrução normativa aumentando o cachê dos artistas, que o governo Bolsonaro diminuiu de R$ 45 mil para R$ 3 mil no ano passado. O teto de captação dos projetos também deve aumentar. O historiador Danilo César, integrante da Frente Ampla em Defesa da Cultura SP, diz ser fundamental fortalecer o setor cultural por meio da Rouanet. “É um incentivo para que empresas e bancos invistam em negócios culturais. A lei é importante para que recursos públicos cheguem de forma indireta nessa cadeia produtiva por meio da renúncia fiscal.”

Ele diz ainda que a cultura recebe pouco incentivo fiscal, embora seja um setor importante da economia.

“A grande maioria dos trabalhadores da cultura têm dificuldade para conseguir um trabalho estável. A perspectiva de aposentadoria para artistas no Brasil é coisa rara. A gente precisa de muito mais incentivo e mais recurso, porque investir na cultua é de interesse público “, afirma ele.

Com informações da Folha de São Paulo.

 

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Bolsonaro sobre Lei Rouanet no governo Lula: “Recomeçou a festa”

 

Com a volta de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência do Brasil, “já recomeçou a festa da Lei Rouanet”, disse o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta terça-feira (24), a apoiadores em frente à casa onde está hospedado na Flórida desde o fim de dezembro do ano passado.

“A Lei Rouanet, já recomeçou a festa. Não posso falar nome aqui. Quando eu assumi, cada artista podia pegar até quanto por ano, alguém sabe aí? Cada artista? Artista importante, lógico. Até R$ 10 milhões por ano. Eu passei para R$ 1 milhão quando eu assumi, depois nós passamos para R$ 100 mil. E R$ 100 mil é muito dinheiro, pessoal”, disse o ex-presidente, após tirar fotos com partidários na região de Orlando, sudeste dos Estados Unidos.

“R$ 100 mil em dólar são US$ 20 mil, não é isso? Eu sei que o custo de vida é mais caro aqui, você faz a conversão na hora e é mais caro. Mas US$ 20 mil é bastante dinheiro para você aparecer no mundo cultural. Agora, já voltou a festa lá”, afirmou.

Bolsonaro afirmou que não iria citar nomes pela presença da reportagem da Folha no local —ele não respondeu às perguntas feitas pela reportagem.

Nesta semana, a atriz Claudia Raia foi criticada após o Ministério da Cultura autorizar que ela capte R$ 5 milhões pela Lei de Incentivo à Cultura para produzir dois musicais. O senador Flavio Bolsonaro, um dos filhos do presidente, criticou a autorização em rede social. “O primeiro mês nem terminou e a farra com dinheiro público já está instalada.”

Deu na FolhaPress

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Lula diz que vai retomar “funcionamento” da Lei Rouanet

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que pretende investir em cultura caso seja eleito no próximo domingo (30). De acordo com o petista, ele tem a pretensão de estabelecer um comitê de cultura em todas as capitais, voltar com o Ministério da Cultura e investir na produção de filmes, livros, peças de teatro, entre outras atrações culturais.

Embora sem citar o nome do presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula disparou críticas ao posicionamento contrário do atual mandatário em relação à Lei Rouanet e ao incentivo à cultura.

“A lei rouanet vai voltar a funcionar, financiando a produção cultural deste país. Somente alguém muito ignorante, somente alguém muito grosseiro, somente alguém muito atrasado acha que o investimento em cultura é gasto. A gente pode transformar a cultura em uma indústria de geração de riqueza, geração de empregos, que pode trabalhar muito mais que qualquer outro setor da economia”, disse.

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BOMBA: Deputado denuncia que cantora que pisou bandeira do Brasil teve quase R$ 2 milhões no Governo do PT para turnê

 

O episódio da cantora Bebel Gilberto pisando a bandeira do Brasil em seu próprio show, em San Francisco, nos Estados Unidos teve grande repercussão.

O deputado estadual Cabo Gilberto Silva (PL) lamentou o desrespeito da  artista  com um símbolo nacional e revelou que talvez a chateação da cantora é que ela não recebe mais benefícios da Lei Rouanet.

“A mídia nacional publicou em 2011 que a citada cantora havia recebido R$ 1,9 milhão para realizar uma turnê no Brasil. Talvez isso explique a reação inadequada e repreensível da cantora”, comentou o parlamentar.

A Folha de São Paulo em maio de 2011 publicou que o Governo Dilma (PT) liberou, na época ( em 2011) a quantia de R$ 1,9 milhão para a turnê da artista no Brasil, através da Lei Rouanet.

Deu no Terra Brasil Notícias

Música

Entenda a diferença entre a Lei Rouanet e contratação de shows por prefeituras

 

Após o cantor Zé Neto, da dupla com Cristiano, ter criticado a Lei Rouanet e dizer que os sertanejos são pagos pelo “povo”, o financiamento dos artistas do gênero entrou no centro do debate nas mídias sociais. As declarações foram feitas no dia 12 de maio durante um show em Sorriso (MT), ocasião na qual ele também criticou a cantora Anitta.

O Ministério Público do Estado de Roraima abriu um procedimento, em 26 de maio, para apurar a contratação de Gusttavo Lima para uma apresentação na cidade de São Luiz, em que foram empenhados R$ 800 mil.

O município possui 8.232 habitantes, segundo projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Censo 2010, a população do lugar era a menor entre as 15 cidades do estado. Considerando o número, seria como se cada habitante pagasse R$ 97,18 por um ingresso para assistir à apresentação do artista, que está marcada para dezembro, em uma feira de agronegócios.

Já no dia 27 de maio, o Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) instaurou outra ação para verificar se existiam elementos para uma investigação de outro exibição do mesmo cantor em Conceição do Mato Dentro, durante a 30ª Cavalgada do Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matozinhos.

O cantor foi contratado por R$ 1,2 milhão a partir de recursos de Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM). A Agência Nacional de Mineração (ANM) explica que as receitas compensatórias devem ser “aplicadas em projetos, que direta ou indiretamente revertam em prol da comunidade local, na forma de melhoria da infraestrutura, da qualidade ambiental, da saúde e educação”.

Além de Lima, também foi acertada a participação de Bruno e Marrone por R$ 520 mil; Israel e Rodolffo, por R$ 310 mil; Di Paulo e Paulino, por R$ 120 mil; João Carreiro, por R$ 100 mil; e Thiago e Jonathan, por R$ 90 mil.

No total, foram gastos R$ 2,3 milhões pela cidade, que possui uma população de 17 mil pessoas, de acordo com estimativa do IBGE no ano passado.

Em comunicado publicado no dia 28 de maio, a administração local cancelou a participação de Gusttavo Lima e da dupla Bruno e Marrone. Em justificativa, alegaram existir uma tentativa de envolver o evento “em uma guerra política e partidária que não tem nenhuma ligação com o município e nem tampouco com a tradicional festa”.

De acordo com os documentos, metade do cachê já deveria ter sido pago aos artistas. O cantor solo receberia R$ 600 mil, em 11 de abril. Já para a dupla, seriam transferidos R$ 130 mil, no dia 16 de março durante a assinatura do contrato, e mais R$ 130 mil, em 11 de abril.

Entretanto, a prefeitura comunicou no último domingo (16) que não havia pago nenhum valor, destacando que “não haverá incidência de multa pelos cancelamentos, já que a previsão contratual exige motivos injustificados, o que não acontece no caso”.

Mas havia previsão de ressarcimento em caso de rescisão contratual, equivalente a 50% do preço acertado (R$ 600 mil para Gusttavo Lima e R$ 260 mil para Bruno e Marrone). Mesmo assim, o município disse que não irá arcar com os custos.

Outra apresentação de Gusttavo Lima, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, com o custo de R$ 1 milhão virou alvo das autoridades. A 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Magé estabeleceu, na última segunda-feira (30), um inquérito civil para apurar os gastos com a festa de aniversário da cidade.

Durante transmissão ao vivo pela internet na segunda-feira, o cantor se colocou “à disposição de qualquer órgão público para ver a veracidade das coisas”. Sobre os valores cobrados, ele argumenta que “não é porque é uma prefeitura que eu vou deixar de cobrar o meu valor.”

“[Dinheiro de prefeitura] eu acho que é uma grande parte para valorizar a arte e os talentos do Brasil. Não é porque a gente faz música que a gente não deve às vezes receber um valor significativo e justo. Se eu custo 1, não é a prefeitura que vai me pagar meio”, acrescentou.

Mas o que é a Lei Rouanet?

Instituído em 23 de dezembro de 1991, durante o governo de Fernando Collor, o Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), ficou conhecido como Lei Rouanet devido ao seu criador, o então secretário nacional da Cultura, Sérgio Paulo Rouanet.

Por meio da medida, pessoas físicas e empresas podem patrocinar exposições, espetáculos, livros, museus, galerias e afins, abatendo o valor total ou parcial de seu Imposto de Renda.

Sua concepção original previa o Fundo Nacional da Cultura (FNC), o Incentivo Fiscal e o Fundo de Investimento Cultural e Artístico (Ficart) –o último nunca foi implementado. Os incentivos ficais prevaleceram, sendo confundidos com a própria lei.

Durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), a Lei Rouanet passou por diversas alterações sob a máxima de “desburocratizar e expandir o setor cultural para atrair mais investimentos, gerando mais renda e empregos na área”.

Qual a diferença entre o pagamento das prefeituras e a da Lei Rouanet?

O professor de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e presidente da Sociedade Brasileira de Direito Público (SBPD), Carlos Ari Sundfeld, explica que “todo dinheiro público é dinheiro do público”. “Dinheiro público é das pessoas que vivem na comunidade. Como ele é destinado? Pelas regras que regulam a arrecadação e a aplicação de dinheiro público”. “Você só pode aplicar aquilo que a Lei Orçamentária Anual tenha destinado à essa atividade específica.”

Sundfeld elucida que os artistas são contratados com base na Lei 8666/93, que institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências.

Conforme seu artigo 25, inciso 3, “é inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial: para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.”

A lei não determina um teto de gastos, mas prevê que a administração pública local justifique o preço. “Ela tem que demonstrar que aquele preço tem equivalência no mercado, tem sentido diante do que os artistas, ou especificamente aquele artista, costuma cobrar”, descreve Sundfeld. É realizado um levantamento de quanto é pedido comumente, e são solicitadas cópias de contratos e afins para provar a veracidade da informação.

“Em geral, o que os órgãos de controle exigem é a demonstração de que há verba orçamentária para celebrar o contrato. E, segundo, que se faz um levantamento para saber se o preço para aquele artista está dentro do mercado ou se alguém cobrou um sobrepreço”, complementa.

Sendo assim, a advogada especialista em cultura Aline Freitas fundamenta que a própria lei de licitações autoriza que existam contratações em regimes diferenciados, sem serem conferidos o melhor preço, a melhor técnica ou afins, como em uma licitação comum, por não serem comparáveis. Caso, por exemplo, dos shows.

Já sobre a Lei Rouanet, Carlos Ari Sundfeld ilustra que a vantagem é a relevância e consistência do projeto, que é avaliado pela Secretaria Especial da Cultura para sua aprovação.

“Uma das análises que eles fazem é o respeito a alguns limites de valor. O governo destina para esses subsídios da cultura um valor anual. E tem que dividir esse dinheiro entre o Norte, Nordeste, Sul, as danças, o teatro, as exposições, etc. Então, para que se possa atender o máximo de pessoas, foi se estabelecendo nas práticas algumas limitações de valor: eles não admitem que para certo fim, para certo tipo de serviço, se use verbas da Lei Rouanet.”

Isso acontece, segundo o professor, para que assim as obras culturais, além da renúncia fiscal do governo, busquem outras fontes de custeio, como bilheteria e apoio de patrocinadores sem uso da lei.

“Não dá para fazer uma comparação direta: se fizer pela Lei Rouanet é mais barato do que a prefeitura contratar direto. A Lei Rouanet tem limites, que fazem com que, muitas vezes, o valor que se tem de renúncia fiscal não seja suficiente para cobrir o custo total da exposição, da peça de teatro, etc. É uma ajuda, mas não é tudo. No caso da contratação de um artista para a realização de um evento pela prefeitura, que está montando aquilo, ela está disposta a bancar tudo”, finaliza Sundfeld.

Freitas demonstra que grandes artistas também podem ter algum projeto contemplado pela Lei Rouanet, mas com limitações de dinheiro, conforme as diretrizes, mesmo que tenha acontecido um afastamento. A partir disso, analisa que pode existir uma oferta dos produtos para um público mais variado, que não seriam acessíveis se fossem totalmente do setor privado.

“No fim, eu acho que tem um benefício também. É importante olhar por esse lado, da possibilidade de grandes artistas poderem se apresentar, que sejam contratados por eventos na Lei Rouanet. Às vezes não é o próprio artista que apresenta o projeto, mas, sim, uma produtora que vai fazer um festival e contrata, com limitação do cachê que pode ser pago pela Lei Rouanet ou por outra fonte de recurso”, acrescenta a advogada.

“Mas tem ali a importância da apresentação desses artistas também, muito provavelmente para um público que eventualmente não conseguiria pagar o ingresso de um show desse artista que fosse 100% privado. Então, há esse olhar que é mais otimista”, continua Freitas.

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Zé Neto, da dupla com Cristiano, diz que não depende de Lei Rouanet nem precisa de tatuagem no ‘toba’

 

Zé Neto, da dupla sertaneja com Cristiano, alcançou os assuntos mais comentados do Twitter na noite desta sexta-feira (13). Na fala, que chamou atenção nas redes sociais, o sertanejo cita a Lei Rouanet e diz que sua dupla “não precisa fazer tatuagem no toba” para mostrar que estão bem.

A fala do músico aconteceu durante um show na cidade de Sorriso, em Mato Grosso, onde ele afirmou que não depende da lei de incentivo à cultura para sobreviver como artista.

Zé Neto reivindicou o sucesso obtido no segmento sertanejo, reforçando que a carreira dele é, exclusivamente, fruto do trabalho da dupla, da geração de empregos concedida pela classe empresarial e do público presente nos eventos.

— Sorriso, Mato Grosso, um dos Estados que sustentou o Brasil durante a pandemia. Nós somos artistas que não dependemos de Lei Rouanet, o nosso cachê quem paga é o povo, a gente não precisa fazer tatuagem no toba para mostrar se a gente está bem ou não, a gente simplesmente vem aqui e canta, e o Brasil inteiro canta com a gente — disparou o cantor.

Zé X Anitta

Apesar de não direcionar a fala a alguém, a alegação feita por Zé Neto foi atribuída à cantora Anitta. No Twitter, internautas relembraram o episódio em que ela compartilhou o momento em que fez uma tatuagem íntima no ânus.

— Decidimos fazer uma tatuagem na pepeca. Aí, de repente, eu pensei: e se isso que eu fiz aqui, eu tenho atrás? Ia ser curioso. Aí eu falei: ‘Pai, se eu fizer uma tatuagem no meu c*?. E ele falou: ‘Por**, se você aguentar uma tatuagem no c*…’. E eu decidi tatuar o c* — relatou a funkeira, aos risos, em um papo no reality “Ilhados com Beats”.

Deu no Conexão Política

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Sob o comando de Mario Frias, Lei Rouanet agora é usada para educação e capacitação de crianças e jovens

 

O problema nunca foi a Lei Rouanet e sim sua má utilização. Se bem aplicada, ela gera renda e inclusão social”, foi o que defendeu o Secretário Especial da Cultura do governo de Jair Bolsonaro, Mário Frias, por meio de um vídeo postado na sua rede social Instagram na tarde de hoje (17).

Na legenda, o Secretário escreveu: “Lei Rouanet mais justa e popular. Vocês já viram em qualquer outro governo, a Lei Rouanet sendo utilizada para beneficiar e capacitar crianças e jovens? Eu sempre digo que a Lei em si é boa, o problema é que ela foi distorcida e virou um balcão de negócios. A lei é para a entrega de bens culturais. O cliente não é o artista, mas o povo. Nesse vídeo, vocês podem ver que, se utilizada de forma correta, a Lei Rouanet gera renda e inclusão social. Estimular o talento de crianças e jovens, é o verdadeiro caminho para uma construção de uma base sólida na Cultura de uma nação. Hoje, a Lei Rouanet é aplicada a projetos como este, voltados para educação e capacitação, gerando oportunidades e perspectiva de futuro para crianças e adolescentes. Antes, 78% dos bilhões ficavam concentrados apenas para um grupo seleto de 10% de pessoas beneficiadas. Essa é a verdadeira cultura, a cultura voltada para o povo!”.

Fonte: Portal Grande Ponto