Notícias

Moro critica Lula por comparar Zelenski a Putin em entrevista à Time

 

A declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à revista Time em que responsabiliza também o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, pela guerra com a Rússia causou reações no meio político. Ex-juiz da Lava Jato, ex -ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro e ex-pré-candidato ao Palácio do Planalto, Sérgio Moro afirmou que Lula “mal disfarça” o desprezo por Zelenski e a preferência por Putin e regimes autoritários. “Esta é a via democrática?”, questionou.

“Lula, na entrevista na Time, culpa Zelensky, Biden e a União Europeia pela guerra na Ucrânia. Mal disfarça o seu desprezo por Zelensky e a sua preferência por Putin e por regimes autoritários. Esta é a via democrática?”, afirma o ex-juiz.

De acordo com Lula, a invasão comandada por Vladimir Putin tem entre os culpados tanto os mandatários russo e ucraniano quantos os Estados Unidos e a União Europeia. Segundo ele, não houve dedicação um diálogo consistente sobre paz.

“Esse cara (Zelenski) é tão responsável quanto o Putin. Porque numa guerra não tem apenas um culpado”, disse o ex-presidente. Segundo o petista, “o comportamento dele é um comportamento um pouco esquisito, porque parece que ele faz parte de um espetáculo”.

Informações da Tribuna do Norte

Mundo

Embaixada ucraniana pede retratação e chama Lula de ‘mal informado’

 

A Embaixada da Ucrânia no país pediu uma reunião entre o encarregado do órgão e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O pedido ocorre após as manifestações do petista sobre a guerra no leste europeu. Segundo o pré-candidato à Presidência, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, “quis a guerra” com o governo da Rússia. Em nota, a diplomacia da Ucrânia alegou que “planeja solicitar formalmente uma audiência do estimado ex-presidente do Brasil” junto a Anatoliy Tkach para esclarecer a posição do país invadido pelo Kremlin. “Em conexão com as palavras do ex-presidente da República em entrevista à revista norte-americana sobre o presidente Zelensky, a Embaixada da Ucrânia tem motivos para acreditar que o senhor Luiz Inácio Lula da Silva está mal informado sobre os motivos da guerra”, argumentou o órgão.

Em entrevista para a revista Time, o petista declarou que o mandatário da Ucrânia se acha “o rei da cocada” e que o líder russo, Vladimir Putin, não deveria ter utilizado seu armamento contra a população ucraniana. “Você fica estimulando o cara [Zelensky] e ele fica se achando o máximo. Ele fica se achando o rei da cocada, quando na verdade deveriam ter tido conversa mais séria com ele: ‘Ô, cara, você é um bom artista, você é um bom comediante, mas não vamos fazer uma guerra para você aparecer’. E dizer para o Putin: ‘Ô, Putin, você tem muita arma, mas não precisa utilizar arma”, afirmou Lula.

Informações da Jovem Pan

Economia

Alimentos podem subir até 20% com guerra na Ucrânia, diz ONU

 

A guerra entre a Rússia e a Ucrânia pode desencadear um salto na desnutrição global, com um aumento de 8% a 20% nos preços internacionais de alimentos, avalia agência da ONU para alimentação, em comunicado divulgado nessa sexta-feira (11.mar.2022).

A FAO (Organização para Agricultura e Alimentação) avaliou o impacto potencial de uma redução repentina e acentuada de grãos e sementes de girassol, exportados pelos 2 países.

A agência diz que “esses déficits só poderiam ser parcialmente compensados” se encontradas fontes alternativas para a produção dos grãos, mas que essas seriam implicadas por altos custos de insumos para aumentar a produção.

“Preocupantemente, a lacuna de oferta global resultante pode elevar os preços internacionais de alimentos e rações em 8% a 22% acima de seus níveis já elevados”, diz o documento.

A Ucrânia e a Rússia estão entre os principais produtores globais de commodities para agricultura, como trigo, milho, colza, sementes de girassol e óleo de girassol.

A agência também afirma que “é incerto se a Ucrânia poderá realizar suas colheitas durante o conflito prolongado” e como as sanções contra a Rússia afetarão suas exportações.

 

Poder360

Mundo

Otan afirma que vai impedir expansão de agressões da Rússia contra países da aliança

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, está hoje (8) em Riga, capital da Letônia, país membro da aliança militar. Stoltenberg falou sobre a invasão russa na Ucrânia e reforçou o apoio prestado pelos aliados do bloco aos ucranianos. “Somos a organização de defesa mais poderosa do mundo. Estamos mobilizando centenas de soldados adicionais e vamos defender e proteger cada polegada da Letônia e de cada território aliado”, garantiu.

Jens Stoltenberg disse ainda que a Otan está preparada para proteger seus 30 países membros e que vai impedir que Moscou expanda a agressão. “Temos a aliança mais forte da história”, afirmou.

A Otan vem apoiando a Ucrânia de diferentes maneiras, há anos. Desde a anexação da Crimeia, em 2014, a aliança militar treina soldados e fornece armamentos e equipamentos militares. “Fazemos tudo para ajudar os ucranianos na luta contra os invasores russos. Os aliados impuseram sanções sem precedentes e agora estamos vendo os efeitos. O rublo [moeda oficial da Rússia] está em baixa histórica, muitas empresas estão deixando a Rússia. A gente tem que acabar com esse conflito. Estamos aumentando nossa presença na Letônia e em outras partes do leste da aliança, para que a Rússia entenda que estamos protegendo cada polegada do nosso território”, disse Stoltenberg.

Estônia
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, também foi aos Países Bálticos, numa demonstração de preocupação do Ocidente com a invasão da Ucrânia. Blinken, que está em Tallinn, capital da Estônia, participou hoje de uma entrevista coletiva ao lado da primeira-ministra do país, Kaja Kallas, onde reforçou o apoio dos Estados Unidos aos ucranianos.

Blinken disse que a Estônia e os Estados Unidos vão continuar trabalhando para aumentar a assistência humanitária e de segurança na Ucrânia. “Tudo o que vi no Báltico, esse apoio ao povo ucraniano, a gente vê as cores azul e amarela nas casas nos prédios. Isso é uma mensagem poderosa de solidariedade. Essa não é a guerra do povo russo, não é uma guerra de liberação, é a guerra do [Vladimir] Putin para subjugar um país democrático. Então ele vai ser responsabilizado pelo mundo”, disse o secretário.

O secretário disse ainda que a Rússia está utilizando a dependência energética como arma de guerra e que é a hora de o Ocidente combater essa estratégia.

A primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, disse que a nova situação de segurança requer mudança por parte dos europeus, incluindo a defesa da Estônia. “A Otan tem que se adaptar rápido e as decisões têm que incluir uma estratégia de defesa da região, para fortalecer nossas defesas na terra, no mar e no ar”, disse, ressaltando que o país está aumentando o percentual do orçamento destinado à defesa de 2% para 2,44% do Produto Interno Bruto (PIB).

Economia

Bancos russos adotam sistema chinês após saída de Visa e Mastercard

Mundo

“Pessoas vão morrer por causa da fraqueza da Otan”, critica Zelensky

 

Em uma primeira crítica pública contra a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou o grupo militar coordenado pelos Estados Unidos de “dar sinal verde” para a Rússia bombardear o país.

Zelensky ficou irritado com a decisão da Otan de não decretar zona de exclusão no espaço aéreo da Ucrânia. A medida militar é uma proibição que funciona como tática de proteção contra ataques.

“Sabendo que novos ataques e baixas são inevitáveis, a Otan decidiu deliberadamente não fechar os céus sobre a Ucrânia”, criticou em um pronunciamento gravado e divulgado nessa sexta-feira (4/3).

O presidente ucraniano ainda alertou: “Pessoas vão morrer por causa da fraqueza da Otan. Ela deu sinal verde para a Rússia nos bombardear”.

Zelensky, que assiste ao recrudescimento da guerra, quer respostas mais incisivas dos países do Ocidente contra a arrancada russa. “Criaram uma narrativa em que supostamente fechar os céus da Ucrânia provocará uma agressão direta à Rússia”, salientou ao dizer que o entendimento é uma “auto-hipnose”.

 

Metrópoles