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PF apura invasão a sistema de pagamentos do governo federal e suposto desvio de recursos

PF apura invasão e possível desvio de recursos do Siafi - Foto: José Cruz / Agência Brasil
Foto: José Cruz / Agência Brasil

 

A Polícia Federal abriu uma investigação para apurar invasões ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) – responsável pelos pagamentos do governo federal. A invasão teria ocorrido neste mês e há suspeita de que recursos públicos teriam sido desviados.

Segundo uma fonte da PF, o caso começou a ser investigado por especialistas em segurança cibernética da corporação há cerca de duas semanas.

A invasão ocorreu a um sistema de autenticação e a partir deste o usuário entrou no Siafi com o cadastro de um usuário real. Supostamente, valores teriam sido transferidos, mas ainda não há informações oficiais sobre desvios de verbas públicas e valores.

Teria ocorrido mais de um ataque ao sistema, que é gerido pelo Tesouro Nacional.

Usuários autorizados para fazer pagamentos tiveram acessos utilizados por invasores, o que teria ocorrido sem autorização.

A informação foi divulgada pelo jornal “Folha de S.Paulo”, pela TV Globo e pela GloboNews

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Mossoró: Governo contratou empresa de “laranja” para obra em presídio federal

 

O governo federal contratou uma empresa em nome de um “laranja” para fazer obras de manutenção dentro do presídio federal em Mossoró (RN), de onde presos ligados ao Comando Vermelho fugiram no último dia 14. A companhia tem faturamento anual de R$ 195 milhões, mas seu dono, no papel, é um beneficiário do auxílio emergencial que mora na periferia de Brasília.

O contrato foi assinado em abril de 2022 e prorrogado um ano depois, em abril de 2023, na gestão de Flávio Dino, do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os contratos foram firmados por meio dos respectivos setores que cuidam de presídios no ministério, sem a participação direta dos ex-titulares da pasta.

Especialistas consideram grave o fato de um presídio de segurança máxima contratar uma empresa sem saber quem é o verdadeiro dono. Uma das suspeitas investigadas é a de que uma obra teria facilitado a fuga dos criminosos – a primeira na história dos presídios de segurança máxima do País.

Havia mais de uma obra em andamento. Ainda não foi apontada, porém, qual delas teria ajudado os criminosos. Rogério da Silva Mendonça, conhecido como Tatu, e Deibson Cabral Nascimento, o Deisinho, ainda não foram encontrados, e as buscas entraram no 8º dia.

Em nota, o Ministério da Justiça informou que acionará “os órgãos competentes federais para que seja realizada rigorosa apuração referente à lisura da empresa citada”. Destacou também que, na assinatura do contrato, em 2022, a empresa cumpriu todos os requisitos técnicos, apresentou todas as as certidões de conformidade e vinha cumprindo todas as suas obrigações.

Já a empresa afirmou que a reportagem é “imprudente” ao classificar o dono como laranja, mas não esclareceu os questionamentos levantados. Também não quis dar informações sobre a atuação em Mossoró.

A empresa em questão é a R7 Facilities, sediada em Brasília. Ela foi contratada para realizar obras de manutenção no presídio federal de Mossoró por R$ 1,7 milhão. A companhia informou, em balanços de 2023, ter R$ 353 milhões em contratos ativos com os setores público e privado.

Apesar do tamanho da companhia, o sócio-administrador é um técnico de contabilidade que recebeu 12 parcelas do auxílio emergencial, benefício pago a cidadãos em vulnerabilidade financeira durante a pandemia da covid-19. Gildenilson Braz Torres, de 47 anos, tem como endereço uma casa simples no Riacho Fundo, região periférica do Distrito Federal, e não soube dar informações sobre a operação da empresa.

O histórico de Gildenilson não bate com o de um empresário vencedor de contratos milionários. Ele é cobrado na Justiça pelo governo do Distrito Federal por não pagar uma dívida de R$ 8.338,10, referente a parcelas de 2017 a 2020 de um imposto sobre serviços autônomos. Em fevereiro de 2022, um juiz determinou o bloqueio de bens, mas só foram encontrados R$ 523,64 nas contas dele.

Gildenilson afirma ter um escritório de contabilidade no Núcleo Bandeirante, bairro da periferia formado pelos “candangos” da construção de Brasília. No endereço, há uma placa em que ele se apresenta como o responsável pela empresa “Mega Batatas”. Não há qualquer menção à R7 no prédio nem nas redes sociais dele.

Ao Estadão, Gildenilson afirmou ter CEO, diretores e outros empreendimentos, mas que não podia dar informações sobre eles. Ele desligou o telefone logo após a reportagem insistir em mais detalhes.

“Cara, tipo assim, ‘tá’ rolando uns negócio aí do contrato que a gente tem terceirizado de Mossoró. É sobre isso? Tipo assim, tenho de conversar com meu advogado. Não posso falar nada sem conversar com ele. Qualquer coisinha, pego seu número e entro em contato”, afirmou.

A reportagem também esteve no endereço que Gil, como é conhecido, informa como residencial, no Riacho Fundo. Ele não estava. O concunhado dele mora no local e afirmou desconhecer o vínculo de Gildenilson com uma empresa milionária. “Se fosse verdade, ele não estaria andando com o carro velho em que ele anda”.

Gildenilson virou sócio-administrador da R7 Facilities em fevereiro de 2023. Dois meses depois, ele assinou o aditivo com o Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), para os serviços de manutenção em Mossoró.

Antes, desde janeiro de 2021, a companhia estava em nome de outro “testa de ferro”, o bombeiro civil Wesley Fernandes Camilo. Foi ele quem assinou o contrato, em 2022, com o antigo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), atual Senappen.

Hoje, Wesley Camilo trabalha como brigadista em um hospital particular de Brasília e afirmou ter renda mensal de R$ 4 mil. Mesmo assim, alegou estar satisfeito por ter repassado a empresa de balanço milionário da qual aparecia como único dono.

Camilo mora numa casa em Ceilândia, uma das regiões mais pobres do Distrito Federal. A reportagem encontrou um Volkswagen Nivus em sua garagem. O carro, avaliado em R$ 111 mil, está registrado em nome da R7 Facilities.

O bombeiro civil afirmou que comprou a empresa milionária sem desembolsar nada. Segundo ele, a firma foi repassada com créditos não recebidos e ele trabalharia para recuperá-los. O brigadista negou ter sido um laranja.

“Na realidade, irmão, eu comprei do Ricardo e passei para para o Gil. Mas isso aí, bicho, vai além de tudo isso. O meio é fogo, irmão. É só você pesquisar. Para ficar num meio sujo e perverso, melhor sair e passar para a mão dos caras”, disse Wesley, negando-se a detalhar a que se referia.

O fundador da empresa é Ricardo Caiafa, um empresário de Brasília. Ele afirmou que decidiu vender a companhia porque enfrentava dificuldades no mercado e decidiu sair do ramo. Foi procurado por um advogado que intermediou a negociação para Wesley Camilo.

Caiafa afirma não ter mais ligação com a R7. Diferentemente dos novos donos, ele mora em uma casa no Lago Sul, considerado o bairro com a maior renda per capita do País. A reportagem não encontrou indícios de que ele tenha vínculos com o grupo que controla a empresa atualmente.

A R7 presta serviços para o governo federal pelo menos desde setembro de 2016, segundo o Portal da Transparência. Com o Ministério da Justiça, o primeiro contrato é de fevereiro de 2019. Nesses casos, a gestão da empresa ainda era do fundador, Ricardo Caiafa. Os contratos com o Executivo federal dobraram após a entrada dos laranjas.

Especialistas veem problema grave no contrato do presídio

Coordenador do Centro de Estudos e Pesquisas em Segurança Pública da PUC Minas, Luís Flávio Sapori diz que é preciso apurar se houve problemas no processo de licitação da R7 Facilities. “No caso, o que é suspeito é a característica da empresa que ganhou essa licitação, no governo Bolsonaro ainda. Na gestão do ministro Anderson Torres. A coisa começou lá. O problema está na origem (o que deve ser verificado é) a idoneidade e a capacidade técnica dela para fazer esse tipo de serviço”, diz.

“Não há dúvida que há uma suspeita em torno dessa empresa. Merece questionamento”, afirma ele, que foi secretário-adjunto de Segurança de Minas de 2003 a 2007. “Na verdade, há um protocolo a ser seguido por qualquer empresa que faça obras num presídio de segurança máxima.”

Sapori explica também que contratos guarda-chuva como o da R7 Facilities são comuns na administração de presídios. “Na gestão prisional, de maneira geral, é normal e conveniente fazer licitações de empresas que possam fazer a manutenção periódica dos presídios ao longo do tempo. É assim que funciona e deve ser assim mesmo, do meu ponto de vista. Isso permite resolver pequenos problemas de toda sorte que aparecem, sem que tenha de fazer nova licitação a cada problema”, acrescenta o sociólogo.

Lucas Rodrigues é advogado com atuação em contratações públicas. Segundo ele, um dos requisitos para que uma empresa possa participar de uma licitação – como a vencida pela R7 Facilities – é o de que ela esteja legalmente constituída. Se a empresa usou informações falsas, como o nome de um laranja, é possível que o contrato seja considerado nulo.

“Um dos requisitos para ela participar da licitação é ela (a empresa) estar regularmente constituída. O fato de ela ocultar um sócio indicaria que ela está constituída de forma irregular”, diz ele. Rodrigues falou em tese, sem conhecer o caso concreto. Além disso, os donos podem ter incorrido no crime de falsidade ideológica ao usar um “laranja”, diz o advogado.

Fonte: Estadão Conteúdo

Notícias

Governo autoriza 1,5 milhão para projeto dirigido por filho de Lula

 

O Ministério do Esporte autorizou a captação de R$1,5 milhão para financiar projeto dirigido por Luís Cláudio Lula da Silva, filho do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

O projeto vai ser desenvolvido no município de Rio Preto da Eva (AM), se chama Chute Certo, e é designado à inclusão de jovens no esporte por meio do Parintins Futebol Clube.

No Diário Oficial da União consta que a captação será feita por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Nas redes sociais, o filho de Lula se apresenta como diretor de futebol e empresário e expõe o vínculo com o clube contemplado pelo Ministério do Esporte.

Deu no Diário do Poder

Política

Coronel Azevedo critica governos federal e estadual

 

O deputado estadual Coronel Azevedo (PL) comentou a respeito das ações anunciadas na última segunda-feira (16) no Rio Grande do Norte por ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo governo estadual. Segundo o parlamentar, algumas ações divulgadas tiveram andamento na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Como exemplo, ele citou a transposição do Rio São Francisco, obra que iniciou na primeira passagem de Lula pela Presidência. “Somente no governo Bolsonaro que as águas chegaram ao RN. Mas quando a mentira vira rotina de um governo, de um País, a gente começa a viver não só um problema, mas uma catástrofe”, disse o parlamentar nesta terça-feira (17), durante sessão plenária na Assembleia Legislativa.

O parlamentar também destacou o fato de o Novo PAC não prever orçamento para a duplicação da BR-304, que liga Natal a Mossoró. De acordo com o Ministério dos Transportes, apenas a elaboração de estudos sobre a obra tem recursos garantidos, uma vez que o custo de cada lote e as previsões orçamentárias só serão conhecidos após a elaboração do projeto executivo.

O parlamentar citou ainda alguns problemas do Rio Grande do Norte, como a insegurança, os atrasos nos repasses aos poderes, bem como dos fornecedores.

Concursos

Saiba como será o concurso unificado para o serviço público federal

 

 

O governo federal deverá realizar em fevereiro do ano que vem o Concurso Nacional Unificado para preencher cerca de 8 mil vagas abertas em diversos ministérios e outros órgãos do serviço público federal. Diferentemente do modo de seleção atual, no qual cada órgão faz seu próprio processo e realiza as provas separadamente, o concurso prevê uma seleção única, que será realizada simultaneamente em 179 cidades de todo o país.ebcebc

A iniciativa, proposta pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos,  pretende agilizar a contratação de servidores, reconstruindo a capacidade dos órgãos públicos federais após a perda de 73 mil servidores ao longo dos últimos seis anos.

Descentralização

Com inspiração no modelo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Concurso Nacional Unificado será realizado simultaneamente em 179 cidades de todo o país. O objetivo é ampliar e democratizar o acesso da população brasileira às vagas do serviço público federal, além de aumentar a diversidade sociodemográfica e territorial dos servidores públicos.

“Quanto mais o perfil do servidor estiver alinhado com o perfil da população, melhor para o governo. Quanto mais essa burocracia for representativa do coletivo da nação, as políticas públicas também serão mais representativas, dando melhores entregas em serviços para a população”, explica o secretário de Gestão de Pessoas do Ministério da Gestão, José Celso Cardoso Jr.

Porém, essa descentralização da realização das provas não tem relação com a lotação dos servidores após a aprovação no concurso. Segundo o Ministério da Gestão, a maioria das vagas será destinada a Brasília, onde ficam as sedes dos órgãos públicos federais, mas existe a possibilidade de atuação fora da capital federal, dependendo da demanda de cada órgão. Entretanto, isso só será definido depois da aprovação no certame.

Cronograma

Os ministérios e órgãos interessados em participar ao concurso unificado terão até o dia 29 de setembro para fazer a adesão, que é voluntária.

A publicação do edital está prevista para o dia 20 de dezembro, e a aplicação da prova, para 25 de fevereiro de 2024.

Os resultados gerais da primeira fase devem ser divulgados até abril de 2024, e os cursos de formação devem começar entre junho e julho.

A primeira etapa do concurso unificado será realizada em um único dia, dividida em dois momentos: primeiro será aplicada uma prova objetiva, com conteúdo comum a todos os candidatos. Depois, no mesmo dia, serão aplicadas provas dissertativas e com conteúdos específicos e de acordo com cada bloco temático.

Além das provas, cada órgão vai poder colocar no edital suas exigências em relação à titulação acadêmica e experiência profissional.  “A seleção vai combinar tanto a vocação do candidato para uma determinada área como as especificidades de cada carreira”, diz Cardoso.

Conteúdos

Os conteúdos que serão cobrados nas provas serão definidos em conjunto com os órgãos e divulgados no edital.

As áreas de atuação a serem escolhidas são: administração e finanças (580 vagas); setores econômicos, infraestrutura e regulação (1.015 vagas); agricultura, meio ambiente e desenvolvimento agrário (1.040 vagas); educação, ciência, tecnologia e inovação (1.194 vagas); políticas sociais, Justiça e saúde (1.470 vagas); trabalho e Previdência (940 vagas); dados, tecnologia e informação Pública (895 vagas), além do nível intermediário (692 vagas).

Uma dica para quem quiser se candidatar a uma vaga no serviço público federal é dedicar-se às disciplinas do conteúdo comum a todos os candidatos, segundo o professor de direito constitucional do Gran Cursos Aragonê Fernandes.

“Desde agora, já se sabe que algumas disciplinas estão previstas para entrar na parte básica e transversal, como é o caso de português, raciocínio lógico, conhecimentos sobre a realidade brasileira, trabalho em equipe ou mentalidade digital. Se o candidato busca a aprovação num concurso para o Executivo federal, mas ainda não definiu algum órgão ou autarquia, pode largar na frente dos demais, dedicando-se às disciplinas já anunciadas”, diz.

Segundo o Guia Referencial para Concursos Públicos, as provas dos processos de seleção de órgãos públicos devem contemplar conteúdos que fortaleçam a vocação para a administração pública, como ethos público, diversidade, inclusão, direitos humanos, realidade brasileira, políticas públicas e desenvolvimento nacional. “São temas que podem avaliar a motivação e o compromisso com o interesse público daquelas pessoas que vão passar boa parte de sua vida laboral servindo à sociedade”, diz o guia.

 

Segurança

Para o professor Aragonê Fernandes, o anúncio da aplicação das provas em cerca de 180 cidades é extremamente benéfica, pois possibilita a participação de pessoas que estão fora dos grandes centros e não contam com recursos financeiros para se deslocar a Brasília.  Por outro lado, ele aponta a preocupação com a segurança do concurso para que não haja vazamentos, mantendo a lisura da competição.

“Há vagas com remuneração elevada, superando a casa de R$ 30 mil, o que aumenta a preocupação. Sei que anualmente são aplicadas as provas do Enem, que é a segunda maior prova do mundo, atrás apenas do vestibular na China. Porém, a magnitude da disputa envolvendo um cargo público com remuneração elevada é maior”, diz o professor.

Organização

O concurso será organizado a partir de uma coordenação-geral composta pelo Ministério da Gestão e da Inovação, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Instituto de Pesquisa Econômico Aplicada (Ipea), a Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e a Advocacia-Geral da União (AGU). Também haverá participação ativa das comissões setoriais de cada um dos órgãos envolvidos, cujos representantes formam o Comitê Consultivo/Deliberativo.

Até meados de setembro deste ano, deve ser publicado pelo Ministério da Gestão e da Inovação o ato oficial que irá definir a estrutura de governança do Concurso Unificado.

Para o professor Francisco Antonio Coelho Junior, do Departamento de Administração da Universidade de Brasília, os ministérios e agências reguladoras deverão aperfeiçoar suas políticas de capacitação e treinamento dos servidores que ingressarem no serviço público. “Os órgãos vão precisar desenvolver ações de capacitação, desenvolvimento de competências, trilhas de aprendizagem, visando mais bem qualificar esse servidor em relação às expectativas de desempenho que serão atribuídas a ele”, diz.

Notícias

Dívida pública federal cresce e atinge R$ 6,2 trilhões em junho

Dívida pública federal supera os R$ 6 bilhões

 

A dívida pública federal do Brasil cresceu 2,95% em junho em relação à do mês anterior, para R$ 6,191 trilhões, divulgou o Tesouro Nacional nesta sexta-feira (21).

No mesmo período, a dívida pública mobiliária interna teve alta de 3,3%, para R$ 5,957 trilhões, sob o impacto de emissão líquida no valor de R$ 145,33 bilhões e de apropriação positiva de juros de R$ 44,93 bilhões.

A participação dos papéis prefixados no total da dívida subiu em junho para 27,04%, ante 26,17% no mês anterior. Já os títulos atrelados a índices de preços passaram para 29,46%, de 29,76% antes, e os corrigidos pela taxa Selic recuaram para 39,52%, de 39,74%.

O colchão de liquidez do Tesouro teve um aumento, em termos nominais, de 13,76%, para R$ 1,118 trilhão. O valor é suficiente para cobrir os pagamentos de 8,52 meses de vencimentos de dívida, acima do limite de três meses que o Tesouro considera prudencial para a gestão da dívida.

Fonte:R7

Educação

Governo Federal deixa de repassar R$ 160 milhões para obras na educação no RN

Foto: Adriano Abreu

 

Em 2019, a Prefeitura de Patu, no Oeste potiguar, conseguiu, junto ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), recursos da ordem de R$ 1,8 milhão para a construção de uma creche no Município. O FNDE liberou 15,3% do valor total (R$ 276 mil) para iniciar as obras, que foram paralisadas com a chegada da pandemia. Após isso, de acordo com a Prefeitura, nenhum outro recurso foi repassado e os serviços, interrompidos na fase de cobertura da creche, seguem inacabados. A situação de Patu não é exclusiva no Estado. De acordo com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), entre 2007 e 2022, o FNDE deixou de repassar R$ 160.272.078,64 para obras da Educação no RN.

O levantamento também mapeou o número de obras públicas inacabadas da Educação Infantil e Básica, levando em consideração os termos de compromisso ou convênios firmados nos últimos 15 anos. Embora de responsabilidade dos Municípios, que arcam com uma contrapartida e a cessão de terrenos, os trabalhos são financiados majoritariamente pela União, por intermédio do FNDE. No RN, de acordo com a CNM, são 89 obras inacabadas e paralisadas na Educação Básica, em 56 municípios. Já na Educação Infantil, aponta o estudo, são 37, em 28 municípios.

O mapeamento da Confederação  apresenta a situação das obras pactuadas, desde aquelas que se encontram canceladas, paralisadas e inacabadas, até as concluídas ou em fase de planejamento, licitação, execução e contratação. Além disso,  o estudo traz um detalhamento sobre a falta de repasses para os serviços. O problema afeta, inclusive, as construções já finalizadas. Neste caso, indica a CNM, os Municípios assumiram a conclusão dos trabalhos.

No RN, segundo o documento da Confederação, entre 2007 e 2022, o valor pactuado pelo FNDE para as obras (construção de creches, escolas e quadras) da Educação Básica foi de R$ 71.594.095,05. Desse total, apenas R$ 25.924.456,42 (36,2%) foram repassados. Falta repassar, portanto, R$ 45.669.638,63 (63,8%). Na Educação Infantil, o valor pactuado pelo FNDE foi de R$ 41.585.289,41, mas somente 27% (R$ 11.218.871,72) chegaram aos Municípios. Os outros 73% (R$ 30.366.417,69) ainda carecem de repasses.

Deu na Tribuna do Norte

Economia

Sindicalistas planejam cobrança sobre salário mínimo em ato de 1º de Maio com Lula

 

As centrais sindicais vão usar seu ato de 1º de Maio no Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo, para cobrar do governo federal um projeto de valorização do salário mínimo para os próximos anos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou presença no evento.

“A gente sabe qual é o compromisso do presidente. Mas sabemos que tem uma queda de braço com a parte econômica do governo. O que vazaram de proposta até agora é só retrocesso”, diz Miguel Torres, presidente da Força Sindical.

Em fevereiro, Lula anunciou que o salário mínimo será de R$ 1.320 a partir de maio, medida que foi criticada pelas centrais, que disseram que não foram ouvidas e que o valor deveria ser de R$ 1.382,71.

Na semana passada, o governo petista enviou ao Congresso previsão de salário mínimo de R$ 1.389 em 2024, ou seja, sem aumento real em relação aos R$ 1.320.

As centrais sindicais levaram ao governo uma proposta segundo a qual nos próximos três anos o salário mínimo seria reajustado em mais 2,4% ao ano, além da inflação do período medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e da variação do PIB (Produto Interno Bruno).

Esse índice adicional de 2,4% seria destinado à recuperação das perdas provocadas pela não aplicação da regra de reajuste entre 2020 e 2022, no governo Jair Bolsonaro (PL).

Até 2019, o salário mínimo era corrigido pela soma do INPC à variação do PIB nos dois anos anteriores.

A proposta das centrais prevê ainda a adoção, a partir de 2027, de um piso para aumento real do salário mínimo de 2,4% ao ano. Esse patamar vigoraria até 2053, sendo revisto a cada década.

“É um projeto de política de Estado, não de governo, para ser incorporado ao longo de 30 anos”, afirma Miguel Torres.

Deu na Folha Press

Economia

Rombo nas contas do governo federal registrado em fevereiro é o pior da série histórica

 

As contas do governo federal tiveram umrombo de R$ 41 bilhões em fevereiro. Segundo dados da Secretaria do Tesouro Nacional, a receita líquida foi de R$ 102 bilhões, contra R$ 143 bilhões em despesas no mês.

Este é o pior resultado da série histórica iniciada em 1997. Em janeiro, as contas do governo tiveram superávit de R$ 78,3 bilhões. Ou seja, no acumulado do ano o saldo ainda é positivo, na casa dos R$ 38,3 bilhões. No entanto, a previsão para 2023 é de um déficit total de R$ 107,6 bilhões. Nesta quinta-feira, 30, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que o rombo pode ficar em R$ 50 bilhões graças a medidas que devem ser anunciadas pelo governo em abril, como o arcabouço fiscal.

Para 2024, o objetivo da equipe econômica é zerar o déficit das contas públicas. Já em 2025 e 2026, a expectativa do governo é de superávit de 0,5% e 1% do PIB, respectivamente. Ceron também afirmou que o governo federal vai anunciar na próxima semana um novo marco para parcerias público-privadas (PPPs).

“A gente avisou que vai soltar um pacote que estava no nosso radar de tentar modernizar o arcabouço de PPPs para destravar investimentos de uma forma mais inteligente, alavancar e potencializar. Na semana que vem vamos anunciar e a gente vai seguindo esse curso de uma forma bem responsável e sem prometer aquilo que não pode ser entregue”, declarou o secretário do Tesouro Nacional. A ideia é que a União seja garantidora das PPPs feitas por Estados e municípios. O objetivo é tentar destravar a chegada de investimentos.

Deu na JP News

Economia

Governo vai retirar em março 1,5 milhão de beneficiários que recebiam Auxílio Brasil irregularmente

 

 

O Ministério do Desenvolvimento Social anunciou que irá descontinuar o pagamento do Auxílio Brasil aos beneficiários que recebiam os valores de maneira irregular.

De acordo com o chefe da pasta, Wellington Dias (PT-PI), 1,5 milhão de famílias não mais receberão o benefício no mês de março e, até maio, um total de 1,5 milhões de brasileiros serão excluídos do programa. “Temos segurança de que essas [pessoas] não preenchem os requisitos. Com a busca ativa e a rede do Sistema Único de Assistência Social, que é muito preparada e muito competente, nós temos condições agora de trazer também para o recebimento quem tem o direito e estava na fila, estava fora”, disse o ministro. Ainda segundo o ministério, outras 700 mil beneficiários – que estavam fora da folha de pagamentos do governo federal – passarão a integrar o programa à partir do próximo mês. Até a manhã desta sexta-feira, 24, 2.265 pessoas pediram, voluntariamente, para sair do programa através do aplicativo Cadastro Único através de uma funcionalidade de autoexclusão de cadastros unilaterais realizados de maneira incorreta. A saída ocorre após o requerente alegar que sua situação mudou e que o benefício já não é mais necessário.

“É um gesto de honestidade e acho que mais gente poderia copiar”, afirmou. Até o fim deste ano, o ministério informou que fará a revisão de cinco milhões de cadastros de maneira unipessoal e, ao longo dos próximos meses, haverá um chamamento para conferir a validade do benefício. As retiradas são um resultado de uma notificação no sistema do Ministério que indica alta probabilidade de irregularidades cadastrais.

O início do cronograma de revisão se iniciará em março e será finalizado em dezembro. Mesmo com a retirada do alto número de beneficiários do programa de transferência de renda, a expectativa é de que o número de brasileiros cadastrados não diminua de maneira vertiginosa e siga próxima aos 21 milhões de cadastrados ativamente no banco de dados do Ministério.