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Fundo do poço: Haddad defende taxação de bilionários em reunião do G20

Ministro da Fazenda participou por videoconferência porque está diagnosticado com Covid-19 - Foto: Diogo Zacarias / MF

 

O ministro da Fazenda de Lula, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (28) que vai defender uma taxação global mínima sobre a riqueza durante o G20. Ele discursou na abertura das reuniões de ministros de Finanças e de presidentes dos bancos centrais do grupo, que acontecem hoje e amanhã em São Paulo.

Haddad participou do evento de maneira virtual, após ser diagnosticado com Covid-19, e disse que uma tributação mínima global sobre a riqueza “poderá constituir o terceiro pilar para a cooperação tributária internacional”. “Precisamos admitir que ainda precisamos fazer com que bilionários do mundo paguem sua justa contribuição em impostos”, afirmou Haddad.

O G20 reúne as principais economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana. O Brasil comanda o grupo desde dezembro do ano passado — a presidência brasileira se encerra em novembro deste ano, com a cúpula de chefes de Estado, no Rio de Janeiro.

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Brasil teve a 10ª melhor taxa de crescimento do G20 na pandemia

Covid-19: Brasil registra 29,57 milhões de casos e 656,8 mil mortes - Foto: Arquivo

 

A taxa acumulada de crescimento do Brasil de 2020, 2021 e 2022, durante o Governo Bolsonaro, foi de 4,5%, a 10ª maior do G20 durante o período de pandemia de covid-19. O mundo cresceu 6,8% no mesmo período.

O levantamento é feito com base em dados do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A alta do PIB (Produto Interno Bruto) mundial foi puxado principalmente pela China, a 2ª maior economia do mundo. O país asiático teve crescimento acumulado de 14,2% de 2020 a 2022.

O país mais rico do mundo, os Estados Unidos, também cresceu mais que o Brasil. A taxa acumulada nos 3 anos foi de 5,1%.

O Brasil teve um desempenho melhor que nações europeias, como a Itália (1%), a França (0,9%), Rússia (0,7%), a Alemanha (0,6%), Reino Unido (-0,4%) e Espanha (-1,3%).

Fonte: Poder 360

Notícias

Governo Bolsonaro: Brasil tem a sexta menor inflação entre os países do G-20 em 2022

 

Após figurar como a terceira inflação mais alta do mundo em 2021, o Brasil reverteu o cenário de aumento dos preços. Com a queda do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) nos últimos meses, o país registrou a sexta menor inflação no ano passado entre os países do G-20, grupo formado pelas maiores economias e emergentes, de acordo com levantamento da Austin Rating.

A inflação oficial de preços do Brasil encerrou 2022 com alta de 5,79% e furou o teto da meta pelo segundo ano consecutivo, de acordo com dados divulgados na terça-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O índice é menor que o projetado para a União Europeia (9,3%), Reino Unido (11,5%), e Estados Unidos (6,5%), além de ficar abaixo do aumento da Itália (11,6%) e da Alemanha (8,6%). A Espanha, com 5,8%, foi incluída no ranking abaixo, apesar de ter estatuto de convidada permanente no G-20.

A meta estabelecida pelo CVM (Conselho Monetário Nacional) para a inflação do Brasil no ano passado era de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual (de 2% a 5%).

Com o estouro, o presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, afirmou em carta aberta que o problema se deve a cinco principais fatores, como inflação herdada do ano anterior, fenômenos globais e retomada na demanda de serviços e no emprego após a reabertura da economia.

Informações do R7

Economia

Em 2022, Brasil tem a 4ª menor inflação do G20

O Brasil registrou deflação — queda de preços — por três meses seguidos

 

A agência classificadora Austin Rating informou que o Brasil tem a quarta menor inflação do G20 em 2022. No acumulado de janeiro a setembro, o país registrou taxa de pouco mais de 4%, porcentual apenas maior que o do Japão (quase 3%), da Arábia Saudita (também quase 3%) e da China (quase 2%).

O Brasil registrou deflação — queda de preços — por três meses seguidos, o que ajudou a segurar a alta do Índice de Preços ao Consumidor Amplo, que mede a inflação oficial do país. Em julho, a taxa no acumulado do ano era de 5,50%. Recuou para 4,1%, depois da sequência de resultados negativos.

A maior inflação do G20 é da Argentina, que chegou a aproximadamente 70% no acumulado de janeiro a setembro. O país pode acabar o ano com preços acima de 100%. Em segundo lugar aparece a Turquia, com pouco mais de 50%.

A inflação do Brasil no acumulado do ano é menor que na Alemanha (9%), na União Europeia (8,5%), no Reino Unido (7,6%), nos Estados Unidos (5,8%) e na França (4,5%). Dos países da Zona do Euro, a França tem a menor taxa. A inflação da região superou 10% pela 1ª vez na história em setembro.

Economia

Fenômeno: Abaixo da Europa, Brasil tem a 6ª menor inflação do G20 em 2022

 

O Brasil tem a 6ª menor inflação do G20 em 2022. O índice de preços do país está em 4,4% na taxa acumulada de janeiro a agosto, menor do que nações como União Europeia (7,6%), Reino Unido (7,1%) e Estados Unidos (5,4%). O levantamento é do economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, a pedido do Poder360.

O país está distante das taxas mais altas, como da Argentina (55,7%), Turquia (47,8%) e Austrália (10,5%) no acumulado de 2022. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de janeiro a agosto também está menor que outros países e regiões com taxas historicamente baixas, como Alemanha (7%), Canadá (6,4%) e França (5,1%).

Só Coreia do Sul (4,4%), Indonésia (3,6%), Japão (2,8%), Arábia Saudita (2,6%) e China (1,6%) têm taxas menores do que o Brasil. Economistas ouvidos pelo Poder360 indicam 2 fatores para a desaceleração do índice de preços brasileiro: 1) a queda de impostos, como o ICMS, por exemplo; 2) o aumento da taxa de juros pelo Banco Central, lá em março de 2021, que agora traz resultados.

Deu no Terra Brasil Notícias.

Economia

Desemprego no Brasil cai 25% em um ano e atinge menor nível desde 2016

 

A taxa de desemprego no Brasil recuou 4,3 pontos percentuais em um ano, de acordo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O saldo positivo representa o maior patamar entre os países do G20.

No trimestre encerrado em abril, o índice chegou a 10,5% da população. Trata-se do mais baixo desemprego desde 2016. Já em comparação com os primeiros trimestres, é o melhor resultado desde 2015.

Em números absolutos, há 11,3 milhões de brasileiros desempregados, uma queda de 25,3% em um ano. A mínima na taxa de desocupação foi registrada em 2013, 6,3%. A máxima, em março de 2021, aos 14,9%.

O número de pessoas ocupadas chegou ao recorde histórico de 96,5 milhões, a maior taxa da série iniciada em 2012. A alta foi de 1,1 milhão de pessoas no trimestre e de 9 milhões de ocupados no ano.

 

 

 

Política

Começa em Roma reunião do G20 com foco no Clima e na recuperação econômica

Policiais inspecionam área que abriga centro de convenções que receberá cúpula do G20 em Roma, na Itália
Foto : Divulgação

 

Começa neste sábado (30) a cúpula anual do G20, grupo formado pelas maiores economias do mundo, em Roma, na Itália. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e outros líderes, como o presidente americano, Joe Biden, desembarcaram na sexta-feira (29) na capital italiana.

As pautas principais são a recuperação da economia mundial, a contenção da pandemia e as preocupações com as mudanças climáticas – nesse último ponto, o G20 é uma prévia da COP26, a cúpula do clima das Nações Unidas, que começa neste domingo (31) em Glasgow, na Escócia.

Em Roma, os representantes do G20 poderão participar de três painéis: “Economia e Saúde Global”, no sábado; e “Mudança Climática e Meio Ambiente” e “Desenvolvimento Sustentável”, ambos no domingo. A cúpula também promove outros debates secundários e é uma oportunidade de realização de reuniões bilaterais entre os líderes.

O G20 foi criado em 1999, reunindo as 19 maiores economias do mundo e a União Europeia. As cúpulas anuais acontecem desde 2008, com a presença de chefes de Estado ou de Governo.

O grupo é composto por: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia e União Europeia. Essas nações somam cerca de 60% da população mundial, 80% do PIB global e são responsáveis por 75% do comércio em todo o mundo.

Bolsonaro vai ao G20, mas fica fora da COP 26

O Brasil está representado pelo presidente Jair Bolsonaro e os ministros da Economia, Paulo Guedes, e das Relações Exteriores, Carlos França. A agenda de Bolsonaro, no entanto, destoa de outros líderes do G20, que deixarão o evento no domingo para ir à COP26, onde a questão das mudanças climáticas será aprofundada.

O presidente brasileiro não irá para a cúpula de Glasgow. O país será representado pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, enquanto Bolsonaro cumprirá outros compromissos na Itália.

 

A fachada do palácio Pamphilj, no centro de Roma, que abriga a embaixada brasileira Foto: Divulgação

 

Depois da cúpula G20, Bolsonaro visita, na segunda-feira (1º), a cidade de Anguillara Veneta, local onde viveu seu bisavô e onde há uma homenagem programada para o presidente brasileiro, que deverá receber o título de cidadão honorário. No dia seguinte, Bolsonaro participa de uma cerimônia, em Pistoia, em memória aos militares brasileiros mortos na Segunda Guerra Mundial.

O que esperar da cúpula

Ao contrário de outras organizações intergovernamentais, como aquelas ligadas às Nações Unidas, o fórum do G20 não conta com um secretariado permanente e é visto como mais informal, sem grandes decisões ou acordos em relação à agenda global.

Mesmo assim, as reuniões indicam “para onde os ventos da política internacional estão soprando”, segundo a definição de Carolina Moehlecke, professora da escola de Relações Internacionais da FGV (Fundação Getúlio Vargas). “Na cúpula, observamos a direção que a economia mundial vai rumar.”

De acordo com Laerte Apolinário Júnior, professor de Relações Internacionais da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo, a informalidade do fórum, que poderia representar uma certa fraqueza para a cúpula, também pode ser um ponto forte. “Para os líderes, é uma oportunidade de discutir diversos temas de forma menos amarrada, em comparação com outras organizações internacionais, e avançar em pautas específicas.”

O encontro atual coloca em debate assuntos cuja urgência é reconhecida por grande parte dos líderes. Mas a tensão deverá ser palpável, visto que cada país tem as suas próprias demandas nos três temas principais: recuperação da economia mundial, contenção da pandemia e mudanças climáticas.

“Há discussão sobre quais políticas devem ser priorizadas nessa questão das mudanças climáticas. O carvão é muito poluente, mas é a base da matriz energética da China e tem muita importância para países como Rússia e Índia. Enquanto isso, os governos menos dependentes do carvão podem bater nessa tecla [de redução do uso do carvão]”, diz Carolina Moehlecke.

Resoluções em conflito

Segundo a professora, outro ponto contencioso da cúpula é que as políticas que atendem às mudanças climáticas e à recuperação econômica no contexto da pandemia tendem a colidir.

“A utilização do petróleo é extremamente prejudicial para o meio ambiente. Mas é muito difícil para um governo, agora, incentivar uma mudança para uma matriz mais limpa colocando o preço do petróleo lá em cima. Num momento de recuperação econômica, é péssimo ter preços altos do combustível, como já está acontecendo agora”, pontua a professora. “Há muitos dilemas nessas conversas sobre pandemia, recuperação econômica e mudanças climáticas. As tensões devem aparecer, e não espero muito progresso.”

Ainda assim, há expectativa de que os líderes do G20 possam chegar a um consenso mínimo sobre a questão das mudanças climáticas antes de discutir esse assunto de forma mais ampla na COP26. “Hoje, não estamos numa boa situação no que diz respeito ao cumprimento das metas de controle de emissão estabelecidas no Acordo de Paris de 2015. Esse caráter mais informal da reunião do G20 pode ajudar os líderes a abordar esse assunto com uma liberdade maior”, afirma Laerte Apolinário.

Para ele, o G20 também pode buscar um consenso em relação à contenção da pandemia, com um possível acordo de assistência aos países em desenvolvimento, que não tiveram o mesmo acesso às vacinas e ainda estão muito atrás em suas campanhas de imunização. “As esperanças, no entanto, não são grandes, levando em conta os interesses divergentes dos países do G20”, ressalta.

Participação do Brasil

A ausência de Bolsonaro na COP26 é um dos pontos, segundo os especialistas, que ilustram a situação atual de isolamento do Brasil em relação aos outros países.  “As lideranças vão emendar os dois encontros, enquanto o presidente Bolsonaro cumprirá uma agenda doméstica na Itália. É simbólico”, diz Laerte Apolinário.

Segundo o especialista, a delegação brasileira chega à cúpula desacreditada e com baixa credibilidade. Ele cita o fato de Bolsonaro ser o único líder do G20 que não se vacinou como outro ponto negativo para a imagem do Brasil na reunião. “Há uma grande desigualdade, entre os países, em relação ao acesso às vacinas. E o presidente brasileiro chega nessa negociação como alguém que teve a oportunidade de se vacinar, mas escolheu não fazer isso. Enquanto isso, bilhões de pessoas não têm acesso aos imunizantes.”

Carolina Moehlecke destaca o fato de o Brasil chegar à cúpula do G20 com um novo chanceler, Carlos França, que é mais moderado do que seu antecessor, Ernesto Araújo. “A postura dele deve ser menos improdutiva, porque o ex-chanceler Ernesto criava tensões desnecessárias e dificultava as negociações”, aponta.

Mesmo com um tom mais ameno, a professora não tem expectativas de uma participação contundente do Brasil na cúpula. “A postura é mais moderada, o que não significa que ela seja produtiva. Ela usa os termos corretos da diplomacia, mas é pouco propositiva.”

“Infelizmente, o Brasil tem perdido a oportunidade de aproveitar esses grandes eventos multilaterais para tratar dos temas importantes para o país. O presidente e sua comitiva ficam mais preocupados em participar de eventos e tirar fotos que agradam suas bases do que em efetivamente usar a cúpula pra construir relações para o país”, conclui a professora.

 

Deu na CNN Brasil