Saúde

Brasil enfrenta aumento preocupante de casos de dengue; governo pede mobilização nacional

 

O Brasil enfrenta um aumento preocupante de casos de dengue. O alerta foi feito pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, em pronunciamento na terça-feira, 7. Várias cidades do país estão em situação de emergência devido ao grande aumento de casos da doença. A ministra pediu uma mobilização de toda a população, além do governo federal, governadores e prefeitos. Até o momento, já foram confirmados mais de 150 mil casos e 36 mortes em decorrência da doença neste ano. “É necessário reforçar a união do governo federal com governadores e prefeitos. É fundamental a participação de toda a sociedade. Nenhuma ação isolada será suficiente”, disse Nísia.

Para lidar com a situação, foi montado um Centro de Operações de Emergências, que irá analisar diariamente a evolução dos casos e coordenar as ações de todos os órgãos envolvidos. A ministra ressaltou a importância de seguir as medidas de prevenção, como tampar as caixas d’água, descartar o lixo corretamente, manter as vasilhas de água dos animais sempre limpas e retirar água acumulada de vasos e plantas.

Além disso, Nísia Trindade também anunciou que a vacina Qdenga será utilizada no enfrentamento aos surtos de dengue. A previsão é vacinar cerca de 3,2 milhões de pessoas em 2024, começando pela faixa etária de 10 a 14 anos. A escolha dos municípios prioritários para receber a vacina foi baseada na incidência da doença. São Paulo não está entre as cidades prioritárias, mas o secretário municipal da Saúde irá solicitar novamente ao Ministério da Saúde que a capital paulista seja incluída na lista.

Deu na JP News

Saúde

Com unidades de saúde lotadas de pacientes com dengue, secretário diz que Natal está perto de colapso: ‘Não podemos adoecer’

Foto: Reprodução

Com unidades lotadas de pacientes com dengue, o sistema de saúde pública de Natal está perto de um colapso, segundo afirmou o secretário de Saúde, George Antunes, nesta sexta-feira (20). “Um recado para a população: Nós não podemos adoecer. Não temos sequer esse direito, porque todas as nossas instalações estão lotadas. Ou nós fazemos nosso dever de casa enquanto cidadãos, ou vamos ter problemas mais sérios do que já temos. Podemos entrar em colapso muito em breve”, disse.

A fala foi dada em entrevista em Bom Dia RN, da Inter TV Cabugi. George cobrava a atenção da população às medidas de prevenção à proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. O município decretou epidemia por causa da dengue e criou um gabinete de crise no último dia 11 de maio.

Já o governo do Rio Grande do Norte decretou situação de emergência pelo aumento de casos de dengue, zika e chikungunya nesta sexta-feira (20). O estado teve mais casos de dengue de janeiro a abril do que em todo o ano passado.

De acordo com Antunes, Natal está com 120 leitos de internação clínica abertos e não tem como expandir a rede de assistência. “Nunca existiu esse volume de leitos, fora o período da Covid. E isso não cabe, não se sustenta financeiramente, não temos mais para onde ampliar”, disse ele. Antes da pandemia da covid-19, o município contava com 60 leitos desse tipo.

Ainda de acordo com o secretário, Natal vai ampliar a capacidade da atenção primária, com abertura de unidades com atendimento em escalas de 12 horas por dia. Além disso, estuda implantação de um sistema de “internação domiciliar”.

George Antunes também cobrou ações de municípios vizinhos. Segundo ele, grande parte da demanda nas unidades de saúde são de pessoas que moram na região metropolitana. “Nossas UPAs estão lotadas e em parte se deve aos municípios vizinhos que não têm o mínimo para atender essa população”, pontuou.

Com informações de G1 RN

Saúde

Após aumento de 1.431% nos casos de dengue, RN vai decretar epidemia

 

Com a explosão dos casos de dengue, o Rio Grande do Norte deve decretar a epidemia de arboviroses nesta quarta-feira (18), que reúne também a chikungunya e o zika. A informação foi confirmada por Kelly Lima, coordenadora de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap).

O RN registrou, até 7 de maio, 11.535 casos prováveis de dengue. No mesmo período do ano passado foram registrados 806 casos prováveis, o que representa um aumento de 1.431%.  “Pelo estudo que fizemos dos últimos anos, a gente já pode classificar — a partir dos dados epidemiológicos — que o estado está vivenciando uma epidemia não só de dengue, mas de arbovirose”, disse a coordenadora. O Estado tem também  3.397 casos de chikungunya e 708 de Zika em 2022.

Assim, a explosão da doença acende um alerta nas autoridades. “A gente inclusive já está com o ofício pronto para solicitar esse pleito da área técnica, para que consiga trabalhar em ações mais efetivas, uma vez que infelizmente não conseguimos avançar com as ações preventivas que deveriam ter sido desencadeadas pelos municípios”, diz Lima.

Entre as ações que a pasta não avançou como gostaria, estão os mutirões de limpeza e as visitas domiciliares. Um dos motivos, afirma Lima, é uma nota técnica do Ministério da Saúde, lançada no início da pandemia e ainda vigente, que restringe a visitação dos agentes de endemias nas casas. “Ele fala só de peridomicílio: de visitar só o quintal, não entrar nos domicílios por causa da possibilidade de contágio da Covid. A intenção do Departamento em Vigilância em Saúde da Sesap era retomar as visitas internas nos municípios, “já que a gente observa muitos focos em plantas que estão dentro de casa ou até em vasos sanitários”, explica Kelly.

Com o decreto publicado, as tomadas de decisão sobre a epidemia deixam de ser exclusivas da Saúde e são assumidas pelo Governo do Estado. “Essa discussão vai para além da Saúde, tem uma discussão ampliada com todo o Governo ou pelo menos com algumas secretarias chave, como a Secretaria de Educação, de Infraestrutura, de Segurança Pública, a Defesa Civil e outras que possam agregar nas ações de combate ao mosquito nos territórios”, aponta Kelly Lima.

A Sesap declarou que o teste RT-PCR “talvez chegue semana que vem”. A pasta afirmou que possui dois kits, “mas insuficientes para as amostras que temos na Unidade. O mais crítico é a sorologia de Dengue, por problema de importação dos fornecedores”, informou.

Além do estado, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) já havia reconhecido na quinta-feira (12) que Natal vive uma epidemia de dengue. Entre janeiro e abril deste ano, a capital potiguar teve um aumento de 1.566% nos casos de dengue. De acordo com o Boletim Epidemiológico das Arboviroses publicado no dia 10 de maio pela Secretaria Municipal de Saúde, foram 2.966 casos registrados até o período, contra 192 em 2021.  O decreto da epidemia, porém, não foi publicado até o momento. Segundo a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) de Natal, Vaneska Gadelha, a publicação no Diário Oficial do Município deve sair ainda hoje ou amanhã em formato retroativo. Ela alegou que o atraso na decretação foi por motivos burocráticos da pasta, mas que já foram resolvidos. Sobre as ações da SMS, Gadelha diz que as unidades de saúde já estão preparadas para atender a população. “Toda a rede já está voltada para esse atendimento, com horário estendido”, afirma a diretora.

Informações da Tribuna do Norte

Saúde

Natal declara epidemia de dengue e instala gabinete de crise

 

A capital Natal declarou que o município vive uma epidemia de dengue. A situação foi confirmada àInter TV Cabugi pelo departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) nesta quarta-feira (11).

No final de abril, o município havia reconhecido epidemia em apenas alguns bairros da cidade.

De acordo com o departamento de Vigilância em Saúde, para o reconhecimento do momento, é levado em referência o manual do Ministério da Saúde, que considera três pontos: a linha de incidência de casos por três semanas consecutivas, o alto número de notificações por 100 mil habitantes e o crescente número de busca e atendimento nas urgências.

Diante do atual cenário, o município instalou um gabinete de crise para lidar com a epidemia da doença e tomar decisões no combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, da chikungunya e da zika.

Além da Secretaria de Saúde, compõem o gabinete: a Companhia de Serviços Urbanos (Urbana), a Secretaria de Obras e Infraestrutura (Semov), a Secretaria Municipal de Educação (SME) e a Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb).

O Rio Grande do Norte também já havia confirmado epidemia de dengue no estado diante da alta de casos da doença, que em 4 meses de 2022 acumulou mais registros do que em todo o ano de 2021.

Crescimento acima de 1.000%

De acordo com o Boletim Epidemiológico das Arboviroses publicado no dia 10 de maio pela Secretaria Municipal de Saúde, Natal teve um aumento de 1.566% nos casos de dengue de janeiro a abril deste ano em comparação com o mesmo período de 2021.

Ao todo foram 2.966 casos registrados neste ano no período contra 192 em 2021. Os casos de chikungunya – 176 contra 39 – e de zika – 13 contra 9 – também cresceram nos primeiros quatro meses deste ano.

Ao todo, o aumento nos casos de arboviroses no período foi de 1.214%, sendo 3.155 casos notificados em 2022 contra 240 em 2021.

O mês de abril foi o que acumulou o maior aumento, tendo 2.225 casos de arboviroses confirmados apenas nos 30 dias. Em março foram 673, em fevereiro 179 e em janeiro 78.

Informações do G1

Saúde

Casos de dengue aumentam mais de 800% no RN e Natal vive epidemia

 

Natal vive uma epidemia de dengue, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. O aumento nos registros de casos da doença, que já chegou a 1.649 notificações em 2022, é suficiente para se caracterizar uma epidemia. O avanço também atinge os demais municípios do Estado. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, os dados apurados até 9 de abril de 2022 indicam aumentos um crescimento de 818% no número de casos de dengue em todo o RN em relação ao ano passado. No caso  da zika, o aumento foi de 970% e da chikungunya, 162%.

Em 2021, até a segunda semana de abril, foram registrados 435 casos prováveis de dengue, enquanto em 2022 são 3.995 no mesmo período. Os casos prováveis de chikungunya passaram de 570 para 1.494 casos prováveis, enquanto os de zika aumentaram de 39 casos prováveis no ano passado para 321 em 2022.

Em Natal, foram notificados 1.649 casos de arboviroses até o dia 22 de abril, contra 184 no mesmo período de 2021. Os números de dengue foram os que tiveram maior aumento de registros  (336,91%), seguidos pelo crescimento nas notificações de zika (266,67%) e chikungunya (75%).

De acordo com a Secretaria de Saúde de Natal (SMS), os bairros de Pajuçara e Lagoa Azul, na zona Norte, bem como Pitimbu, na zona Sul, apresentam a maior incidência de casos. Segundo Vaneska Gadelha, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde da SMS, atualmente pode-se dizer que Natal passa por uma epidemia de dengue.

A epidemia é decretada quando há um aumento significativo de casos acima de três semanas consecutivas dentro de um gráfico chamado diagrama de controle. A cidade do Natal apresenta uma visível tendência de aumento há dez semanas epidemiológicas consecutivas.

“Conseguimos detectar esse quadro por bairros ou por distritos sanitários da cidade. Tivemos uma situação que foi bem específica no bairro de Pitimbu, por exemplo, que houve necessidade de parceria com a Secretaria do Estado de Saúde. Agora, os bairros de Pajuçara e Lagoa Azul também demonstram bastante adoecimento da população”, explica.

Os distritos sanitários Norte I, Sul e Oeste apresentam as maiores incidências de notificações de casos por cada 100 mil habitantes, respectivamente 33,35%, 31,33% e 19,13% do total da cidade. Os dados compreendem casos notificados até o dia 22 de abril.

No bairro de Lagoa Azul, foram registrados 236 casos prováveis. Em Pitimbu, 158 casos e nos bairros do Planalto e Felipe Camarão, foram 113 e 112. Esse cenário, aliado a casos de gripe e covid-19, resultou na lotação das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), assim como nos prontos-socorros dos principais hospitais privados de Natal.

 

Com informações da Tribuna do Norte