Justiça

TUDO DOMINADO: Fachin anula condenação de ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto pela Lava Jato

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin anulou uma condenação do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto imposta pela Operação Lava Jato. Vaccari havia sido condenado a 24 anos de prisão. A decisão também atinge os marqueteiros João Santana e Mônica Moura. Eles foram denunciados pelo suposto recebimento de caixa 2 para o PT nas eleições de 2010.

Fachin determinou que o caso seja analisado pela Justiça Eleitoral do Distrito Federal. “Assim, diante dos indícios de que houve a arrecadação de valores, sob a coordenação de João Vaccari, para pagamento de dívidas de campanha do Partido dos Trabalhadores no ano de 2010, afigura-se necessário, conforme orientação da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, reconhecer a competência da Justiça Eleitoral para processar e julgar a persecução penal em apreço”, escreveu o ministro.

A decisão foi assinada pelo magistrado no dia 19 de dezembro do ano passado, mas só foi divulgada nesta quarta-feira (10). Fachin acatou o entendimento da Procuradoria-Geral da República (PGR), que defendeu a tramitação do caso na Corte eleitoral. Com isso, o processo deve recomeçar do zero. O ministro reconheceu a nulidade “somente dos atos decisórios”, assim, eventuais medidas cautelares pessoais ou patrimoniais contra o ex-tesoureiro do PT deverão ser analisadas pelo novo juiz do caso.

Fachin destacou que o novo juiz poderá avaliar também “questões trazidas pela defesa quanto à possibilidade, ou não, de trancamento da ação penal”, que solicitou a retirada “de todas as provas obtidas a partir dos sistemas Drousys e My Web Day B”, utilizados no acordo de leniência celebrado pela Odebrecht.

Em 2019, Vaccari foi beneficiado nesta ação pelo indulto natalino editado no ano anterior pelo então presidente Michel Temer (MDB). O ex-tesoureiro do PT foi condenado pelo então juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sergio Moro, a 10 anos de reclusão. A decisão foi referendada pelo Tribunal Federal da 4ª Região (TRF4), que aumentou a pena para 24 anos. Fachin considerou que a 13ª Vara Federal de Curitiba não tinha competência para julgar o caso.

Em nota, o advogado Luiz Flávio Borges D’Urso, responsável pela defesa de Vaccari, afirmou que a decisão “restabelece a legalidade de um processo viciado desde o início, eivado de incontáveis ilegalidades e abusos, o qual propiciou imensas injustiças, todas irreparáveis aos acusados, os quais foram condenados injustamente”.

Deu na Gazeta do Povo

Judiciário

STF forma maioria para manter suspensão de decreto de armas assinado por Bolsonaro

 

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou, nesta terça-feira, 20, para manter a decisão do ministro Luiz Edson Fachin que suspendeu trechos dos decretos sobre a facilitação da compra e do porte de armas assinados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em 5 de setembro, ao analisar as três ações, Fachin citou suposto risco de violência política nas eleições deste ano e estabeleceu restrições à aquisição de armas e munições.

Seguiram o voto de Fachin, nesta terça-feira, os ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Rosa Weber, presidente do STF.

O ministro Kassio Nunes Marques, por sua vez, discordou dos demais e votou para negar a suspensão dos decretos. “Em razão de não haver demonstração de urgência, pressuposto fundamental à tutela cautelar, nego referendo à liminar”, sustentou o magistrado.

As ações são julgadas no plenário virtual do Supremo, em sessão extraordinária, que teve início na sexta-feira 16 e está prevista para ser encerrada nesta terça-feira. Os demais integrantes da Corte, André Mendonça, Luiz Fux, Dias Toffoli e Cármen Lúcia, devem votar até o fim desta noite.

Deu na Revista Oeste

Judiciário

STF julga a partir desta sexta-feira decisões de Fachin que limitam compras de armas e munições

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) julgará, a partir da sexta-feira, 16, as decisões do ministro Edson Fachin que limitaram os decretos do presidente Jair Bolsonaro (PL) visando facilitar a compra de armas e munições e a posse de armamento no Brasil. O tema será debatido em plenário virtual, onde os ministros depositam seus votos, sem discussão entre si. O prazo para a apresentação dos votos vai até a terça-feira, 20 – o julgamento pode ser interrompido por um pedido de vista (mais tempo para análise) ou de destaque, quando a discussão é levada para as sessões presenciais.

Os integrantes da Corte decidem se irão manter ou não as decisões monocráticas de Fachin, ocorridas no último dia 5, que suspendeu trechos de decretos presidenciais que liberam a compra mensal de até 300 unidades de munição esportiva calibre 22 de fogo circular, 200 unidades de munição de caça e esportiva nos calibres 12, 16, 20, 24, 28, 32, 36 e 9.1 mm, e 50 unidades das demais munições de calibres permitidos.

O ministro alegou “risco de violência política”. “Conquanto seja recomendável aguardar as contribuições, sempre cuidadosas, decorrentes pedidos de vista, passado mais de um ano e à luz dos recentes e lamentáveis episódios de violência política, cumpre conceder a cautelar a fim de resguardar o próprio objeto de deliberação desta Corte. Noutras palavras, o risco de violência política torna de extrema e excepcional urgência a necessidade de se conceder o provimento cautelar”, disse.

Fachin determinou que a posse só poderá ser autorizada aos cidadãos que possuírem efetiva necessidade. A autorização não poderá ocorrer por interesse pessoal, mas sim visando a segurança pública ou defesa nacional e a quantidade de munições deve ser apenas a necessária e proporcional. O relator alertou ainda sobre a necessidade de indagar se a facilitação à circulação de armas, na sociedade, aumenta ou diminui a expectativa de violência privada”.

Fachin reforçou que este tipo de situação precisa obedecer “à necessidade à adequação e, por fim, ao triunfo inequívoco de determinado interesse juridicamente protegido sobre o direito subjetivo à vida”. O ministro também relembrou que o plenário do STF já havia começado a discutir se suspendia ou não parte dos decretos. A análise, no entanto, foi suspensa por um pedido de vista do ministro Nunes Marques. Desde então, o indicado por Bolsonaro à Corte não devolvou o caso para julgamento.

Deu na Jovem Pan

Economia

Bolsonaro promete derrubar “canetada” de Fachin sobre armas, se reeleito

 

O presidente da República e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), criticou, nesta terça-feira (6/9), a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin de suspender trechos de decretos presidenciais que flexibilizavam a compra de armas e munições por cidadãos comuns.

O magistrado citou o “risco de violência política” para embasar sua decisão, publicada na segunda-feira (5/9). Logo depois, o chefe do Executivo federal foi às redes sociais criticar “ações autoritárias” de “verdadeiros tiranos”, mas não citou Fachin nem a decisão do ministro diretamente.

Nesta terça, em entrevista à Jovem Pan, Bolsonaro citou Fachin nominalmente e disse que a decisão será revista após as eleições:

“Zero. Não concordo em nada com o senhor Fachin. E peço a quem está assistindo: acredite em mim. Acabando as eleições, a gente resolve essa questão dos decretos em uma semana. Porque todo mundo tem que jogar dentro das quatro linhas da Constituição. Encerrou por aqui o assunto dos decretos. Acabando as eleições, eu sendo reeleito, a gente resolve esse problema e outros problemas. Pode ter certeza disso. Todos têm que jogar nas quatro linhas da nossa Constituição.”

O mandatário ainda afirmou que a justificativa do ministro do STF não é válida, já que “inventaram a violência política” para “dar canetada”.

“A questão das armas. ‘Violência política’? O que é isso? Inventaram agora violência política para pegar os decretos que estão com o ministro Kassio, sob pedido de vista, dar uma canetada por fora e falar: não tem mais armas no Brasil. Todas as ditaduras foram precedidas por campanhas desarmamentistas”, concluiu.

Informações do Metrópoles

Judiciário

Fachin derruba todos os decretos de Bolsonaro sobre armas e usa “violência política” como justificativa

 

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu restringir nesta segunda-feira (5) a aquisição de armas e munições para o cidadão comum, até então autorizada em decretos editados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na decisão, o magistrado cita o perigo de aumento da “violência política”, por causa da proximidade das eleições de 2022, o que justificaria a necessidade de limitar o acesso às armas.

As ações foram ajuizadas por partidos de esquerda e entidades da sociedade civil e aguardam julgamento pelo plenário virtual da Corte desde o ano passado, mas o ministro analisou os pedidos citando urgência das eleições.

“Passado mais de um ano razão dos recentes e lamentáveis episódios de violência política. Noutras palavras, o risco de violência política torna de extrema e excepcional urgência a necessidade de se conceder o provimento cautelar”, diz o despacho.

A partir da decisão, o integrante do Supremo definiu que:

  • A posse de armas de fogo só pode ser autorizada às pessoas que demonstrem concretamente, por razões profissionais ou pessoais, possuírem efetiva necessidade;
  • A aquisição de armas de fogo de uso restrito só pode ser autorizada no interesse da própria segurança pública ou da defesa nacional, não em razão do interesse pessoal;
  • Os quantitativos de munições adquiríveis se limitam àquilo que, de forma diligente e proporcional, garanta apenas o necessário à segurança dos cidadãos.

Na liminar, Fachin também menciona o Estatuto do Desarmamento e lembra que é proibido o acesso a armas de fogo em todo o território nacional, salvo em algumas exceções.

“É preciso reafirmá-lo: a regra é a proibição. Isto significa que, nos termos da legislação vigente, e à luz do ordenamento jurídico constitucional, o caráter finalístico das normas de regulação de armas se orienta pelo desarmamento. Eventuais exceções, portanto, não podem se tornar regularidades sem ferir todo este sistema normativo”, escreveu.

“De qualquer modo, o uso de armas de fogo, quer seja por agentes públicos, quer seja por agentes privados, somente se justifica em casos de absoluta necessidade”, acrescentou.

Deu no Conexão Política

Política

TSE nega pedido das Forças Armadas para acessar documentos das eleições passadas

 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou nesta segunda-feira, 8, um pedido das Forças Armadas para que arquivos com informações sobre as duas últimas eleições – de 2014 e 2018 – fossem disponibilizados.

Através de um documento o qual a equipe de reportagem da Jovem Pan teve acesso, o presidente da Corte e membro do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, afirma que “entidades fiscalizadoras” – o caso das Forças Armadas – “não possuem poderes de análise fiscalização de eleições passadas” e que não compete a estes cumprir o papel de “controle externo” do TSE.

Segundo o magistrado, o período limite para apresentação de um pedido de acesso aos dados das eleições gerais de 2014 foi 13 de janeiro de 2015. Já sobre o pleito de 2018, o requerimento deveria ter sido apresentado até 17 de janeiro de 2019.

A escolha das duas últimas eleições por parte das Forças Armadas coincide com o período em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) manifesta dúvidas sobre a confiabilidade do resultado eleitoral.

Durante sua fala a embaixadores em 18 de julho, o mandatário argumentou que houve dúvidas sobre quem teria sido o real vencedor das eleições presidenciais de 2014 – disputadas entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) , no segundo turno – e que uma auditoria realizada pelo partido tucano concluiu que as urnas eletrônicas não são auditáveis.

Sobre o pleito de 2018, Bolsonaro afirmou que houve um invasor no sistema da Corte eleitoral e que as eleições do referente ano não foram “totalmente transparentes”. “Eu teria dezenas e dezenas de vídeos pra passar pros senhores por ocasião das eleições de 2018 onde o eleitor ia votar e simplesmente não conseguia votar. Ou quando ele apertava o número 1, e depois ia apertar o número 7, aparecia o 3 e o voto ia pra outro candidato. O contrário ninguém reclamou”, afirmou o chefe do Executivo federal.

Deu na Jovem Pan

Política

Após reuniões com advogados pró-Lula, Fachin vai receber grupo de advogados conservadores

 

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Edson Fachin, vai receber um grupo de 12 advogados de movimentos conservadores. A reunião está marcada para ocorrer às 14 horas, no TSE, na segunda-feira 8.

No pedido, os signatários falam em isonomia e livre debate de ideias.

O encontro ocorrerá alguns dias depois de o magistrado conversar com integrantes do Prerrogativas, grupo de juristas pró-Lula. Na ocasião, mais de mil advogados lançaram um abaixo-assinado para Fachin ouvi-los também.

“Este grupo preza por eleições limpas, transparentes e auditáveis, pelo respeito à liberdade de expressão e contra a censura, pela boa aplicação das leis, por segurança jurídica, pelo devido processo legal com respeito ao princípio constitucional acusatório”, argumentaram os signatários.

Adiante, os advogados sustentam que “os brasileiros têm o direito de criticar e questionar em um país livre e democrático, sem receio de sofrerem discriminação e preconceitos por pensar diferente e ter opinião crítica ao processo eleitoral, difamação ou injúria individual, ou coletiva incentivada inclusive por aqueles que se autodenominam ‘defensores da democracia’”.

Reunião com o Prerrogativas
Durante o encontro, Fachin repetiu que o TSE trabalha para realizar eleições seguras e que os eleitos serão diplomados. “O ataque às urnas eletrônicas como pretexto para se brandir cólera não induzirá o país a erro”, disse Fachin.

O presidente do TSE declarou ainda que “a Justiça Eleitoral não se fascina pelo canto das sereias do autoritarismo, não se abala às ameaças e intimidações”. “Somos juízes, e nosso dever é abrir os nossos ouvidos à Constituição e às suas cláusulas pétreas democráticas”, observou Fachin, no encontro.

Deu no Terra Brasil Notícias

Judiciário

Fachin afirma que não irá tolerar violência política

Edson Fachin

 

 

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, recebeu nesta terça-feira, 26, o grupo de Prerrogativas – coletivo formado por advogado, juristas, juízes, pesquisadores e professores de direito – e, durante a reunião, afirmou que a Justiça não medirá esforços para coibir a violência como arma política e classificou a prática da disseminação de informações falsas como uma “prática do caos”.

O magistrado, que também ocupa uma cadeira de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), ressaltou que o Tribunal não tolera o “negacionismo eleitoral”e voltou a assegurar a confiabilidade das urnas eletrônicas. “Não toleraremos violência eleitoral, subtipo da violência política”, disse.

Fachin aproveitou o encontro para elencar sete premissas que fundamentam a democracia e formam uma rede de proteção: a sociedade civil; a imprensa livre; o Parlamento, através de eleições periódicas; as forças de segurança; o entendimento de que a democracia deve ser uma ‘casa comum’ para todos; o Ministério Público; e a Justiça Eleitoral. “Vossas senhorias têm a relevante missão de contribuir para iluminar o tempo do porvir e para obstar que um grande ocaso novamente se abata sobre o Brasil“, declarou.

Política

Bomba: Advogados ligados a Lula vão se reunir com Fachin

 

Nesta terça-feira (26), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, recebe, em Brasília, advogados do Prerrogativas, grupo de juristas anti-Lava Jato que é próximo ao ex-presidente Lula (PT).

O encontro foi solicitado pelos advogados. Os juristas vão pedir que o Prerrogativas possa participar do grupo de trabalho criado por Fachin para esquematizar ações de enfrentamento à violência política no Brasil.

Os advogados também pretendem “prestar solidariedade” ao ministro pelos ataques que vem sofrendo por parte do presidente Jair Bolsonaro e se colocar à disposição para “atuar em defesa da democracia”.

O grupo deve ainda convidar Fachin a participar de um ato em defesa da democracia no dia 11 de agosto.

A manifestação acontecerá no prédio da Faculdade de Direito da USP, no Centro de São Paulo.

A reunião dos juristas com Fachin está marcada para as 15 horas. A previsão é de que pelo menos 12 advogados do Prerrogativas participem da conversa.

Deu no Terra Brasil Notícias

Judiciário

“RECEBA”: Fachin dá 5 dias para Bolsonaro se manifestar sobre críticas às urnas eletrônicas

Ministro do STF, Edson Fachin

 

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, deu cinco dias para que o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) se manifeste sobre os pedidos feitos por partidos da oposição para que sejam excluídos de redes sociais vídeos do mandatário que contenham ataque às urnas eletrônicas.

O pedido foi feito por siglas como PT, PDT, Rede e PC do B e é referente às falas do mandatário ditas durante reunião com embaixadores na segunda-feira, 18. Através de despacho feito nesta quinta-feira, 21, o ministro solicitou também a manifestação de todas as partes envolvidas no pedido, além do próprio presidente. “Antes, porém, de poder analisar o pedido formulado em caráter de urgência, faz-se necessária a aferição da regularidade do meio processual adotado. Isso porque embora a demanda tenha sido identificada como Representação, da leitura da petição inicial extrai-se da causa de pedir que os fatos retratados indicam que a aduzida prática de desinformação volta-se contra a lisura e confiabilidade do processo eleitoral, marcadamente, das urnas eletrônicas”, diz Fachin na peça.

No pedido feito na terça-feira (19), o PDT pede, além da exclusão, que o presidente e seu partido, o PL, sejam multados em “patamar máximo” por veiculação de propaganda antecipada negativa.