As vítimas assassinadas foram o motorista por aplicativo Marcelo Cavalcanti de Medeiros Silva, de 27 anos, morto por volta das 2h de sábado perto da Rodoviária de Natal, no bairro Cidade da Esperança; e o técnico em eletrotécnica João Victor Queiroz Munay Dantas, de 21 anos, baleado dentro de casa no conjunto Cidade Satélite, minutos depois.
A mãe de João Victor Munay também foi baleada no braço. O policial penal ainda é suspeito de outros crimes na sequência, como assalto e sequestro de um homem.
Em entrevista coletiva no início da tarde desta segunda-feira (11), a Polícia Civil afirmou que ainda apura o que teria motivado a série de crimes.
A delegada Michelle Porto disse que a polícia ainda não sabe se o suspeito conhecia o motorista por aplicativo, mas declarou que ele não tinha relação com as demais vítimas.
“Nos locais de crime, todas as pessoas que testemunharam e reconheceram a pessoa disseram que ele agiu com requintes de crueldade. Inclusive uma criança de 10 anos disse que ele ameaçava matar todos”, disse.
Sequência de crimes
Segundo a delegada, o primeiro crime aconteceu por volta das 2h da madrugada do sábado (9). O suspeito estaria em um carro com o motorista por aplicativo Marcelo Cavalcanti de Medeiros Silva, de 27 anos, quando teria atirado contra o profissional, jogado o corpo para fora e fugido com o veículo da vítima, modelo Ford Ka.
Cerca de 20 minutos depois, houve o segundo crime: após abandonar o carro, o homem invadiu uma casa no conjunto Cidade Satélite e roubou uma motocicleta. Nesse imóvel, ele baleou outras duas pessoas.
“Ele abandonou o veículo e foi atrás de outro automóvel para se evadir. Ele não conseguiu ligar a moto e já entrou na casa atirando e ameaçando matar todas as pessoas que lá estavam”, afirmou a delegada.
No local, o suspeito teria atirado três vezes contra João Victor Queiroz Munay Dantas, de 21 anos e uma vez contra a mãe do jovem, que foi atingida no braço. “Mesmo baleadas, as vítimas ajudaram ele a ligar a moto”, disse a delegada.
As vítimas foram socorridas ao Hospital Walfredo Gurgel, mas João Victor não resistiu. Depois da fuga, o homem ainda teria abandonado a moto e realizado outro assalto, fugindo com uma caminhonete.
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte ainda não esclareceu em que momento e onde o suspeito teria abordado um homem, feito refém de um sequestro e liberado pela polícia de Pernambuco na noite de sábado (9), no momento da prisão em flagrante.
Para a delegada, possivelmente o servidor público do Rio Grande do Norte buscou o outro estado nordestino para se refugiar. Ainda de acordo com ela, o Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) foi a todos os locais de crime para realização de perícia, que poderá ajudar nas investigações.