Judiciário

“Não vão nos calar”, diz Fernando Francischini após decisão do STF

 

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a decisão do ministro Kassio Nunes Marques e manteve a cassação do deputado estadual Fernando Francischini, condenado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por disseminação de fake news nas eleições de 2018. No julgamento, Nunes Marques reafirmou que o TSE equiparou a internet a meios de comunicação tradicionais para condenar o parlamentar.

No entanto, três ministros votaram contra o entendimento: Edson Fachin, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, formando maioria. Com a decisão, o deputado estadual volta a ter o mandato cassado e também fica inelegível por oito anos. Mesmo com o resultado negativo, Fernando Francischini afirmou que um recurso apresentado pela defesa ainda deve ser analisado pela Suprema Corte.

“Nosso recurso extraordinário ainda não foi julgado no STF. A nossa batalha pelo mandato de 427 mil paranaenses ainda não acabou, tornou-se uma causa muito maior. A luta pela liberdade de expressão de todo cidadão nas redes sociais. Não vão nos calar”, afirmou em vídeo.

O STF também começou analisar o recurso de um suplente de Francischini, sob relatoria da ministra Cármen Lúcia, contra a decisão de Nunes Marques. No entanto, nesta terça-feira, 7, o ministro André Mendonça pediu vista do caso e interrompeu o julgamento. A votação pode continuar quando o processo for liberado por Mendonça, mas há chances dos ministros considerarem que o processo foi prejudicado, porque a decisão de Kassio Nunes Marques que beneficiava o deputado estadual já foi derrubada.

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Bolsonaro diz que Francischini não espalhou fake news e questiona se ministros do STF querem uma ruptura

 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou nesta terça-feira, 7, do lançamento do programa Brasil pela Vida e pela Família no Palácio do Planalto e, em seu discurso, comentou sobre a decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que impediu a devolução do mandato do deputado estadual Fernando Francischini (União Brasil-PR).

O mandatário alegou estar “indignado” com o placar de 3 votos favoráveis e 2 contrários à decisão monocrática do próprio Nunes Marques e questionou punições baseadas na disseminação de notícias falsa. “Uma turma do STF, por 3 a 2, manteve a cassação de um deputado acusado em 2018 de espalhar notícias falsas. Esse deputado não espalhou fake news, porque o que ele falou na live, eu também falei para todo mundo. Não existe tipificação penal para fake news”, alegou o chefe do Executivo.

Bolsonaro também acusou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de querer criar jurisprudência para perseguir opositores. “Será que três no Supremo Tribuna Federal que podem muito, podem continuar achando que podem tudo? Tem de haver uma reação”, disse. O comandante do Planalto também classificou um “estupro” à democracia brasileira as falas de Edson Fachin de que, independente dos resultados nas eleições presidenciais em outubro, os candidatos não devem contestar o legitimidade do vencedor.

“Eu confio nas máquinas, não confio em quem está atrás das máquinas”, alegou o mandatário sobre as urnas eletrônicas. Fachin foi novamente citado no discurso após o presidente chamá-lo de “marxista-leninista, advogado do MST”. “Fui do tempo em que decisão do Supremo não se discute, se cumpre. Fui desse tempo, não são mais”, declarou.

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Por maioria de votos, STF anula liminar e mantém cassação de Francischini

 

Por maioria de votos, a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) anulou a decisão monocrática do ministro Kassio Nunes Marques que suspendeu a cassação do deputado estadual Fernando Francischini (UB-PR).

Finalizado nesta terça-feira (7), o placar do julgamento terminou em 3 a 2, prevalecendo a concordância dos ministros Edson Fachin, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski.

Ao votar para manter sua liminar, Nunes Marques mencionou a “falta de elementos probatórios” e o “ineditismo da interpretação adotada” pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O voto do relator foi seguido pelo colega André Mendonça, que escreveu em seu voto que o discurso do parlamentar, acusado de propagar fake news, “não teve o condão de alterar a lisura do pleito” em 2018.

Fachin, no entanto, abriu divergência e deu respaldo à determinação da Justiça Eleitoral. “A decisão proferida pelo TSE está correta e adequada à ordem jurídica”, alegou o magistrado, que foi acompanhado por Gilmar e Lewandowski.

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Mendonça pede vista e suspende julgamento que poderia derrubar liminar a favor de Francischini

 

O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu vista, na madrugada desta terça-feira (7), em julgamento de decisão do ministro Kassio Nunes Marques que permitiu que o deputado federal Fernando Francischini (União Brasil- PR) reassumisse seu mandato.

O pedido de vista é colocado em questão sempre que um dos julgadores não se sente apto a dar o seu voto na sessão de julgamento em curso. Sendo assim, é solicitado que o processo seja retirado de pauta para cumprir o direito de análise.

A medida de Kassio fez com que a cassação imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral contra o parlamentar fosse derrubada. A perda do mandato se deu, conforme decisão de 6X1 do TSE, por Francischini ter propagado o que os ministros classicaram como ‘fake news’.

A medida da Corte Eleitoral ocorreu em 2021. Na ocasião, Francischini publicou um vídeo falando em fraudes nas urnas eletrônicas durante o pleito de 2018.

A ministra Cármen Lúcia é a relatora de um mandado de segurança apresentado contra o parecer do magistrado.

No plenário virtual, Cármen votou contra a decisão de Kassio. O voto foi dela foi acompanhado pelo ministro Edson Fachin.